João Anatalino

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MESTRES DO UNIVERSO

ÍNDICE

INTRODUÇÃO

PRIMEIRA PARTE – INSTITUTOS MAÇÔNICOS

CAPÍTULO I- A ESSÊNCIA DA UNIÃO

• “Ser”
• Sartre e Schopenhauer
• Descartes e Rabelais
• A consciência universal
• A essência da união

CAPÍTULO II- O MUNDO ANTERIOR

• O equilíbrio cósmico
• Nietzche e a morte de Deus
• O dilema da religião
• A proposta da Gnose

CAPÍTULO III- O PENSAMENTO MÁGICO

• A linguagem universal
• A tradição hermética
• A herança das cruzadas
• A Maçonaria Especulativa
• O Manifesto Rosa-Cruz
• As Lojas londrinas e a Constituição
• Símbolos Maçônicos

CAPÍTULO IV- ARQUÉTIPOS MAÇÔNICOS

• Método iniciático
• Arquitetura
• Corporativismo
• Utopia
• Maat
• Karma
• Pedreiros morais
• Pedras brutas, cúbicas e lavradas
• Civilizações pré-adâmicas
• Iniciação
• Iluminação
• O homem primordial

SEGUNDA PARTE- AS ORIGENS DA MAÇONARIA

CAPÍTULO V – ISRAEL, A PRIMEIRA LOJA

• Moisés, o fundador
• Moisés, sacerdote egípcio
• A Maçonaria egípcia

CAPÍTULO VI- AS ORIGENS DO MONOTEÍSMO

• Moisés e Akhenaton
• O Santuário de Madian
• A Iniciação de Moisés
• O Inefável Nome de Deus
• Um povo iniciado
• As doze oficinas
• Os Land Marks

CAPÍTULO VII – O GRANDE ORIENTE DE ISRAEL

• Aarão, o primeiro Grão – Mestre
• Os Grão – Mestres Juízes
• Os Grão-Mestres Saduceus
• Alfaias e insígnias
• O sacrifício dos bodes
• Virtudes maçônicas
• Festas comemorativas
• As jóias

CAPÍTULO VIII- O TEMPLO DO REI SALOMÃO

• O rei Salomão
• A sabedoria de Salomão
• A construção do Templo
• A Maçonaria do Templo
• Aprendizes, Carpinteiros e Mestres

CAPÍTULO IX- LENDAS DA ARTE REAL

• As Colunas de Bronze
• A Palavra Perdida
• A Lenda de Hiram
• OS Jubelos

TERCEIRA PARTE- OS GRAUS FILOSÓFICOS

CAPÍTULO X- INICIAÇÃO AO FILOSOFISMO

• Os rosa-crucianos
• Areópago
• Kadosh
• O passo da reflexão
• A finalidade dos ensinamentos

CAPÍTULO XI- OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES

• O leão de Neméia
• A hidra de Lerna
• O javali de Erimanto
• A corça dos pés de bronze
• Os pássaros do Estínfale
• O tema da Arcádia
• O touro de Creta
• Os cavalos de Diómedes
• O cinturão das Amazonas
• As estrebarias do rei Áugias
• O filho da viúva
• O gigante Gericon
• O Jardim das Hespérides
• Descida ao Inferno

CAPÍTULO XII- O GRANDE PONTÍFICE

• A moral da lenda
• As alegorias do grau
• O Apocalipse
• A Jerusalém Terrestre
• A Árvore da Vida

CAPÍTULO XIII- RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO

• Colunas abatidas
• Objetivo do grau
• Conexão histórica
• O Aterzata
• O valor do ensino

CAPÍTULO XIV- O NOAQUITA

• A cidade consagrada
• Cavaleiro prussiano ou noaquita
• A lenda do grau
• O ensinamento do grau
• O super-homem e o homem maçônico

CAPÍTULO XV- O CAVALEIRO DO REAL MACHADO

• O mito da serpente
• Os cultos ofitas
• A valorização do trabalho
• As dores do parto
• Obreiros do universo
• O simbolismo do grau
• A lenda do grau

CAPÍTULO XVI- OS CHEFES DO TABERNÁCULO

• Conexões históricas
• A Cãmara do grau
• Os guardiões da lei
• A Magna Carta

CAPÍTULO XVII- PRÍNCIPES DO TABERNÁCULO

• Construíndo o Tabernáculo
• Modelo do universo
• A Câmara do grau
• O ensinamento do grau
• Césare Beccaria
• A Justiça maçônica

CAPÍTULO XVIII - O CAVALEIRO DA SERPENTE DE BRONZE

• História
• Outros significados
• A serpente de bronze
• Energia cósmica
• A Câmara do grau
• Os trabalhos do grau
• O Alfórbio e o Tau
• A Árvore da Vida

CAPÍTULO XIX- PRÍNCIPE DAS MERCÊS

• A origem do grau 26
• A Câmara do grau
• A filosofia do grau
• Alusão ao socialismo
• Socialismo utópico
• Socialismo marxista
• Marxismo e Maçonaria
• Justificativa do tema
• Karl Marx

CAPÍTULO XX- O GRANDE COMENDADOR DO TEMPLO

• Origem controvertida
• A Câmara do grau
• O Estado de Direito
• Montesquieu e o espírito das leis

CAPÍTULO XXI- O CAVALEIRO DO SOL

• A origem do grau
• A Câmara do grau
• Influências políticas
• O ensinamento do grau
• O Homem verdadeiro
• O Bom Pastor
• Os Mistérios de Mitra
• A simbologia do grau
• A pomba e o corvo
• O Selo de Salomão
• Aquisicão da Gnose

CAPÍTULO XXII- GRAUS TEMPLÁRIOS

• Grande Cavaleiro de Santo André
• Influências do grau 29
• Invocação inadequada
• Os doze bairros de Jerusalém
• A Cruz de Santo André

CAPÍTULO XXIII- O CAVALEIRO KADOSH

• O ensinamento do grau
• O simbolismo do grau
• A Escada Mística
• As Sete Artes Liberais

CAPÍTULO XXIV- A MAÇONARIA NEGRA

• Os graus 31, 32, e 33- Resumo histórico
• O Grande Inspetor Inquisidor
• O Tribunal de Osiris
• A Câmara do grau
• O tribunal da Santa Vehme

CAPÍTULO XXV- SUBLIME PRÍNCIPE DO REAL SEGREDO

• A Câmara do grau
• A Divina Comédia
• A Cripta dos Grandes Filósofos
• O Significado da Estrela
• A Rosa Mística

CAPÍTULO XXVI- O GRAU 33- GRANDE INSPETOR GERAL

• O Grau 33
• Tudo se revela no grau 33



INTRODUÇÃO AO LIVRO "CONSTRUTORES DO UNIVERSO", livro que trata da Maçonaria dos graus filosóficos, ainda não publicado.

Este trabalho é resultado de um exercício semiótico que fizemos somente pelo prazer de por em ordem nossos próprios pensamentos e opiniões a respeito da filosofia praticada pela Augusta Ordem dos Obreiros da Arte Real. Não pretende fumos de doutrina, nem tem o objetivo de orientar quem quer seja nos assuntos da Maçonaria. Para isso existem obras muito mais completas, documentadas, inatacáveis, técnica e literariamente, produzidas por autores mais autorizados.
O que fizemos foi apenas uma tentativa de organizar nossas idéias a respeito das fontes e influências que nortearam o desenvolvimento da prática maçônica, desde o seu inicio até os dias de hoje.
Veremos que essa prática se originou numa idéia, cultivada desde as mais remotas eras. Essa idéia é a de que um dia deuses e homens comungaram da mesma estrutura, convivendo pacificamente numa atmosfera de harmonia, paz e felicidade. Em certo momento essa unidade rompeu-se e o universo segmentou-se, separando o céu da terra e os homens dos deuses. Pouco a pouco essa ruptura foi se alargando e a própria humanidade veio a senti-la, resultado na estratificação que separou as pessoas em castas e classes sociais.
Mas o sonho do ser humano, de um dia voltar a viver num mundo harmonioso, onde a ordem, a justiça e a felicidade pudessem se tornar uma realidade, nunca deixou de habitar seu inconsciente. A memória celular da humanidade evoca esse lugar na forma de um paraíso terrestre, um Éden, um Jardim das Hespérides, um reino mítico, ou de uma utopia política idealizada por filósofos e poetas, ou mesmo uma sociedade justa e perfeita onde todos possam gozar de felicidade e paz.
Todas as práticas iniciáticas e doutrinas religiosas desenvolvidas pelas civilizações ao longo do tempo visam a concretização desse sonho. Seja em nível de espírito, ou até fisicamente, numa outra dimensão do universo, esse sonho sobrevive no inconsciente humano.Todas as utopias políticas e sociais também buscam o mesmo objetivo. Promessas de um Porvir maravilhoso estão no discurso de todos os políticos, nos sonhos de todos os “Messias” da causa pública e até nas intenções de todos os ditadores.
Nossa opinião é que a Maçonaria é algo que pode ser entendido nesse sentido. Como filosofia, ela busca desenvolver no individuo as virtudes necessárias para que ele possa ser o realizador dessa utopia; como atitude prática ela visa a própria construção dessa sociedade ideal através de ações sociais e políticas orientadas por uma moral e uma ética toda particular, adquiridas através de um aprendizado igualmente singular.
Como seus idealizadores pensaram que isso pode ser feito é o objetivo deste trabalho. Nele nós tentamos descrever como a Maçonaria, de uma forma geral, tem operado para realizar essa idéia.
Ora evocando a tradição iniciática, ora se utilizando dos recursos da filosofia, às vezes resvalando para a política e até para a prática revolucionária mesmo, a Arte do maçon reflete a crença de um espírito que foi expulso de um lugar de paz e tranqüilidade, de um Éden mítico, para um mundo que dele depende para ser construído, e cuja construção reflete sobre ele, melhorando-o ou destruindo-o.
Ontem como hoje, a tarefa da Maçonaria é construir. Ontem, os maçons operativos erguiam templos, fortificações, aquedutos, edifícios públicos, sacros e profanos. Hoje constroem “templos á virtude e cavam masmorras ao vício”, significando que agora suas construções são morais, porque se dirigem ao próprio caráter do homem.
É preciso entender a Maçonaria em seus objetivos e em sua estrutura. Se assim não for, poderemos confundi-la com uma religião e ficar sujeitos á mesma ambigüidade que existe em todas elas: ao mesmo tempo em que propugnam pela descoberta de um caminho que nos leve ao divino, dele nos afastam pela imposição de dogmas, que têm mais a ver com as próprias idiossincracias de seus seguidores do que com a verdade que buscam revelar.
Deus é, fundamentalmente, a infinitude na infinidade. E nesse sentido, Ele não pode ser entendido a partir de dogmas, de idéias preconcebidas, de imagens cristalizadas e princípios postos “a priori”. Deus é um conceito aberto que admite, inclusive, a possibilidade da sua própria inexistência como Entidade, embora não como realidade Ele não possa ser negado, pois então estaríamos negando o próprio universo e a nós mesmos. Por isso, nem a sua própria infinitude deve ser tomada como dogma ou obstáculo para as nossas especulações. Deus é o infinito, mas o infinito, tal como o pensamos, pode não ser tudo. Além do que nunca acaba, talvez exista alguma coisa mais. Nesse sentido é que o maçom, sem ser dogmático nem ateu, nem libertino religioso, como dizia Anderson, pode e deve especular sobre essa matéria, como aliás, faziam os antigos gnósticos e hoje fazem os modernos cientistas.
A Maçonaria, em nosso entender, não deve perder essa motivação, que é mística e cientifica ao mesmo tempo, se contentando com difusas elucubrações sobre sistemas políticos e mazelas sociais, que de resto são tão passageiras como os homens que as inspiram.
Se, como entendemos, a Augusta Ordem dos Obreiros da Arte Real se destina a perseguir, no tempo e no espaço, a realização de um sonho, tão antigo e perene quanto a própria humanidade, então é preciso que ela seja reconduzida ao seu destino histórico.
Hoje, como ontem, a Justiça precisa ser feita, o Crime precisa ser punido, a Ordem precisa ser mantida, a Felicidade geral da sociedade precisa ser garantida para que a Harmonia habite no seio da família humana. É para realizar esse objetivo que os homens de boa índole se reúnem, em todos os tempos.
É para isso, também, que os maçons se congregam em Lojas. Para todos os Irmãos da Arte Real, que tiverem tempo e disposição para nos seguir neste exercício, é que nós fizemos este trabalho. A primeira parte, que se refere às Lojas Simbólicas e os Graus chamados de Perfeição e Inefáveis, foram publicados pela Editora Madras, em 2007, com o título de Conhecendo a Arte Real. Esta segunda parte trata da filosofia estudada nos graus superiores do Escocismo.
Um tríplice e fraternal abraço para todos os Irmãos, iniciados ou não. 

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João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 21/01/2010
Alterado em 01/02/2010


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