João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

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AS QUATRO NOBRES VERDADES
                                                            
Sidarta Gautama, o mais conhecido e festejado Buda que já veio ao mundo, vivia caminhando pela terra da Índia, e em cada cidade em que entrava, procurava ensinar aos seus discípulos a sua doutrina. Ela era baseada nas Quatro Grandes Nobres Verdades da Vida que são: A Verdade Nobre sobre o sofrimento; a Verdade Nobre sobre como surge o sofrimento; A Verdade Nobre sobre como dar fim ao sofrimento; A Verdade Nobre sobre o Caminho que produz o fim do sofrimento. Assim, ele aproveitava tudo que lhe acontecia para mostrar aos seus discípulos que a maior de todas as sabedorias é aprender a controlar as paixões.
De certa feita ele entrou em uma cidade e uma linda mulher se encantou de tal maneira com seus ensinamentos que se apaixonou profundamente por ele e se propôs segui-lo por todos os cantos, como sua esposa ou amante. Sidarta elogiou os seus encantos e agradeceu todos os carinhos que ela lhe fez e as declarações de amor. Mas recusou os seus favores sexuais, dizendo que ele não podia deixar de pensar nela como mulher, mas tinha que se controlar em virtude dos votos de castidade que fizera. De outra feita, ele entrou em uma cidade e o sultão que a governava se propôs a pagar-lhe uma fortuna para que ele se tornasse preceptor dos seus filhos e conselheiro da corte. Sidarta recusou dizendo que ele não tinha nada contra possuir bens e acumular riqueza, mas precisava se controlar porque a vida que escolhera não lhe permitia acumular bens na terra. Sua doutrina pregava o total desapego por tudo. Numa outra oportunidade, quando entrava em outra cidade, um indivíduo, que odiava os seguidores de Sidarta (por que, na opinião dele, eles pervertiam a juventude, transformando jovens de grande futuro em monges mendicantes) atirou excrementos nele e nos seus discípulos. Nessa mesma ocasião, outro indivíduo que estava ouvindo sua pregação, convidou-os para irem á sua casa, (uma residência muito rica) e tratou dele e de seus discípulos, lavando-os e alimentando-os. Sidarta abençoou a ambos, tanto ao que o feriu quanto ao que o tratou com benignidade, dizendo que, mesmo sofrendo, sua doutrina o mandava amar da mesma forma aqueles que o amava e também quem o odiava.
Assim, dizia ele: a verdadeira sabedoria não consiste em matar nossas paixões, mas sim, em controlá-las. O homem, em seu corpo físico é pura paixão, mas em seu espírito, precisa ser tolerância e tranqüilidade. Só assim poderá alcançar o Nirvana, que é aquele estado em que sua mente se liberta definitivamente de todos os pesos que a chumbam á roda da vida. Essa era a verdadeira sabedoria e a única forma de se libertar para sempre de todo e qualquer sofrimento.    
 
HISTÓRIAS DE SABEDORIA- AS QUATRO NOBRES VERDADES


João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 21/07/2013
Alterado em 22/07/2013


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