João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


 DILMA, CRISTINA E MADURO- DE MÃOS DADAS PARA O ABISMO
 
Crises nas três principais economias da América Latina. Por coincidência, todas com regimes políticos e econômicos muito semelhantes. Conduzidos mais por inspirações ideológicas do que por resultados práticos. Brasil, Argentina e Venezuela parecem que se deram as mãos para caminharem juntos para o atoleiro.  
Na Argentina uma presidenta confusa, medíocre e sem nenhum carisma consegue ser até acusada de encobertar terroristas. Isso depois de destroçar a economia de um dos mais promissores países da região, que em outros tempos já rivalizou com a Europa em termos de qualidade de vida. Na Venezuela, um ridículo sindicalista metido a caudilho, com seu bigodão de machão latino-americano, impõe ao povo venezuelano uma ditadura de miséria, autoritarismo e cerceamento de liberdades, que está levando esses nossos simpáticos vizinhos do norte ao desespero. Por isso ele está saindo para as ruas pedindo a substituição do operesco ditador bolivariano. E na repressão ele manda prender jornalistas, militares e ativistas, num surto de autoritarismo que só se viu nos infelizes anos das ditaduras militares que mancharam a história dos países do Cone Sul.
                       

Por acaso, Nicolas Maduro e Cristina Kirchner, junto com Evo Morales, são os principais aliados da dupla Dilma/Lula na América Latina. Será que tudo isso não representa um conjunto de sintomas que pode indicar um diagnóstico bem claro da doença que está consumindo a nossa pobre América Latina?
Recentemente Dilma preferiu prestigiar a posse de Evo Morales na sua terceira gestão no governo da Bolívia ao invés de ir a Avos, na Suíça, onde os principais líderes do mundo desenvolvido e emergente discutiam soluções para a crise econômica que assola o mundo. Enquanto os países que já eliminaram a pobreza de seus territórios, e aqueles que estão em vias de fazê-lo se reúnem para discutir e buscar soluções, o Brasil da Dilma/Lula se reúne com outros pobres para ficar culpando os ricos pela sua miséria.
Tem sido muito comentada a inapetência da presidenta Dilma pela política externa. Parece que até o Lula anda preocupado com isso e aconselhou-a a cuidar melhor das nossas relações internacionais. Nesse quesito não se pode criticar muito o nosso sapo barbudo. Ele conquistou entre os seus pares internacionais um respeito poucas vezes outorgado a um político latino-americano. Antes dele Fernando Henrique Cardoso já havia sido bem sucedido nesse quesito. Mas a Dilma, com a sua inapetência, a sua incompetência e a sua falta de visão nesse setor, e o seu complexo de pobre, está jogando na lata de lixo o avanço conquistado pelos seus antecessores.
Agora, com o super escândalo da Petrobrás, o país caiu ainda mais no concerto internacional. Volta-se a citar a suposta frase do Marechal de Gaulle, que disse que o Brasil não era um país sério. Mas agora com uma conotação ainda pior. Pois De Gaulle disse isso em outro contexto. Ele se referia á nossa filosofia de vida. Levávamos tudo na maciota, não nos preocupávamos com nada a não ser futebol e carnaval. Agora a falta de seriedade tem outra interpretação. Trata-se de desonestidade, falta de caráter, corrupção, safadeza. É coisa bem pior.
Lula, um líder sindical, aprendeu muito no exercício da política. Principalmente que ideologia não enche barriga de ninguém. Ideologia sem resultados práticos, que ajudem o povo a viver melhor é só conversa de palanque e engodo filosófico de idealistas desempregados. E o PT sempre esteve cheio desses parasitas que só esperam uma vaga no serviço público para se servirem dele ao invés de servir o público. Lula trocou logo o macacão de operário pelo terno e gravata e a pituzinha do barzinho no final da tarde pelo Johnny Walker 12 anos nos gabinetes atapetados do Congresso. Aprendeu a negociar, a tergiversar, a fazer a boa e a má politica, pois logo viu que sem esse conhecimento ninguém sobrevive nesse mundo sombrio e pantanoso. De qualquer modo transformou-se em um político competente.
A Dilma não. Dilma, a guerrilheira, não aprendeu nada disso. Subiu degraus dentro do serviço público alavancada pelos sucessos do partido. E chegou ao posto máximo da nação, aproveitando os vazios de liderança que o PT sempre teve, pois quem nesse partido, além do Lula, tem alguma coisa mais na cabeça além da vontade de perpetuar-se no poder para poder se locupletar?
Mas a Dilma ainda pensa como a mesma menina que pegou em armas para defender a sua ideologia nos tempos da ditadura. Não se deu conta ainda que ideologia não põe comida na mesa de ninguém e que “país rico não é país sem pobreza”, mas sim país que produz riqueza. E como a Dilma pretende fazer o país produzir riqueza expulsando dele os que a produzem?
Argentina e Venezuela caminham a passos largos para o caos. Será que não é a hora de a Dilma largar as mãos dessa gente maluca, inconsequente e fracassada que está levando seus países para o atoleiro? Será que foi isso que o Lula disse para ela no encontro que tiveram? Deus permita que sim.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 14/02/2015


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