João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ
 
São sempre os mesmos. Renan, Lobão, Collor, Romero Jucá, o pessoal do PT, do PP, gente do Sarney, e por aí afora. Me espanta o fato de o nome do Maluff ainda não ter aparecido. Não acredito que conseguiram deixar ele de fora dessa. Toda essa gente já tem ficha no CNV (o cadastro nacional dos vigaristas), mas continua sendo eleita. O Renan então tem uma “capivara” que faria inveja a qualquer chefão do PCC. O Collor é o próprio escândalo ambulante. Só o povo de Alagoas não sabe disso e continua elegendo essa gente.  E os demais senadores, que fizeram dele o seu presidente? O que dizer dessa gente?  Bom, entre os senadores a gente entende. Lá são poucos os que sabem o que é ética, decência, moral, honradez; ali só se cultiva a esperteza, a chicana, a politica da sobrevivência. Na Câmara dos deputados ( ou dos de puta?) não é diferente. O Congresso é uma selva onde só sobrevive quem é mais esperto. Lembra o filme “ Onde os fracos não tem vez”, que no original em inglês se chama“ No country for old man”, que numa tradução livre poderia ser “Não é lugar para gente velha”.  Na analogia diríamos que o Congresso Nacional não é lugar para gente decente. Os poucos que se identificam com uma linha de decência e mantém uma conduta ética aceitável parecem tão velhos quanto Matusalém e se assemelham ao impotente xerife do filme, representado pelo ator Tommy Lee Jones.
O Congresso Nacional, na verdade, é como uma colônia de caranguejos. Internamente eles se trucidam uns aos outros, mas se alguém de fora fere um deles, eles se juntam para atacar o inimigo. É o que estão fazendo agora com o procurador Janot. Todos estão caindo de pau nele. Até quem não foi citado na roubalheira da Petrobrás está batendo no procurador por instinto de defesa. Ou complexo de culpa. Sabem que numa investigação dessa amplitude o nome dele pode aparecer numa falcatrua qualquer. Até porque a roubalheira, ao que parece, não está apenas na Petrobrás. Está em tudo que é obra pública, federal, estadual e municipal. O que não vai aparecer quando começarem a investigar a construção dos estádios para a Copa? No Amazonas já apareceram os primeiros indícios. Decididamente o Brasil virou um país onde os fracos não tem vez. Aqui fora é o PCC que manda. Manda as pessoas ficarem em casa, as lojas fecharem as portas, botam fogo em ônibus, impedem as famílias de irem aos estádios assistir uma partida de futebol, quebram bancos e assaltam supermercados e postos de gasolina. Lá dentro é o PCT (primeiro comando dos trambiqueiros). Pilham as empresas públicas, cobram propina para a prestação de tudo quanto é serviço público, superfaturam preços e engordam os cofres dos partidos para comprar os votos dos pobres diabos mal informados nas nossas “democráticas” eleições.
E o Cunha e o Renan, com as caras mais lavadas do mundo, abrem uma guerra particularcontra a presidenta como se a situação pessoal deles importasse mais que a situação caótica em que eles, junto com a própria Dilma, jogaram o país. Nessa briga de quadrilha entre o PT e o PMDB não tem inocente não. São todos culpados. Por isso, se houver um impeachement, ele deve se estender a todos os políticos que fazem parte dessa bandalheira que se tornou a política brasileira. Os fracos continuam fracos enquanto não se juntam para lutar. Está mais que na hora de dar um basta em tudo isso.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 09/03/2015


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