O CAVALO DE CALÍGULA
Que a dupla LulaDilma sempre admirou o estilo Hugo Chaves não é segredo para ninguém. Não fosse o fato de o Brasil ser um país bem mais difuso, politica e economicamente do que a Venezuela, nós já estaríamos curtindo uma espécie de bolivarianismo tupiniquim, com todas as suas consequências. A Venezuela, que nas mãos do Hugo Chaves se tornou uma ditadura caudilhista de esquerda, nas mãos do Maduro integrou as doutrinas sindicalistas e transformou o país em uma ditadura tipo “camisa parda” que lembra bem os dias de Mussolini na Itália. Só que a Venezuela não é a Itália nem fica na Europa. E sua economia vive praticamente da exportação de duas comodities, que são o petróleo e o café. Ambos com cotação em baixa no mercado mundial. Por isso, Maduro, o Mussolini latino-americano, incapaz de encontrar caminhos mais amenos para debelar a crise econômica e política que está levando a Venezuela para o caos, prefere botar a culpa das mazelas do regime bolivariano que ele comanda nos Estados Unidos da América, o grande opressor dos pobres países latino americanos. Maduro age como o comerciante que culpa o freguês pela bancarrota do seu negócio,porque ele deixou de comprar o seu produto, mas nunca atribui á sua própria incompetência o seu fracasso.
Bem, qualquer semelhança com o que está acontecendo no Brasil não terá sido mera coincidência. Isso porque a dupla DilmaLula não esqueceu as suas intenções bolivarianas. Não só não esqueceu, como continua, sorrateiramente, a agir para implementar o seu sonho de transformar o Brasil em uma grande Venezuela. Uma dessas ações ela acaba de completar, indicando para o Supremo Tribunal Federal mais um petista de carteirinha, o paranaense Edson Fachin, advogado ligado à CUT e aos movimentos sociais e principalmente sindicais.
Nada contra a pessoa do Dr. Fachin, que deve lá ter os seus méritos como jurista. Afinal, currículo ele tem. O que se contesta é o caráter descarado do ato, francamente ideológico e as intenções pouco confessáveis dessa nomeação, em um momento em que o país está passando por uma crise moral e cívica, que abala os alicerces das nossas instituições e coloca a nossa autoestima no mais baixo dos níveis.
A propósito, o Superior Tribunal Federal já é composto por vários juízes atrelados á cartilha petista, e presidido por um individuo que ficaria melhor como presidente do PT do que como juiz da Suprema Corte. Não é segredo para ninguém que no coração de Sua Excelência, o Dr. Lewandowski, pulsa, magnânima, a estrela petista. Aliás, ele que foi indicado pelo Lula, deixou isso bem claro no julgamento do Mensalão. E junto com ele tem também suas Excelências Drs. Dias Toffoli, Luis Fux, Teori Zavascki e Roberto Barroso, que também já deram boas provas sobre o time para o qual torcem. Com um quadro desses, o que se pode esperar do julgamento dos futuros réus da Lava Jato e das demais falcatruas cometidas pelos petistas no poder, que estão sendo descobertas? Será que a pizzaria do Congresso vai ser substituída de vez pela pizzaria do Supremo?
Ah! sim. O Dr. Fachin terá que ser referendado pelo Senado. O Senado presidido pelo grande Renan Calheiros. Seria engraçado se não fosse trágico. É mais uma palhaçada a que o povo brasileiro terá que assistir. Afinal de contas, já que citamos a Itália de Mussolini no começo deste artigo não custa lembrar da Roma dos Césares. O Imperador Calígula, certa vez, para humilhar o Senado, que ameaçava o seu poder, nomeou o seu cavalo Incitatus para o cargo de senador. Os senadores tiveram que engolir o confrade equino sem dar um pio e ainda foram obrigados a prestar-lhe as devidas homenagens. Alguém duvida que os nossos senadores farão diferente?
Afinal, sempre foi assim mesmo. Cavalo serve para trotar e carregar o príncipe. Burro serve para andar atrás e levar e carga. Viva nóis!
O CAVALO DE CALÍGULA
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 15/04/2015
Alterado em 15/04/2015
