Segunda-feira que vem será um dia D na recente história politica do Brasil. Será o marco Dilma fica ou Dilma vai. Se ficar vai ser uma desgraça. Pois teremos mais dois anos e meio de sangria desatada que o país dificilmente aguentará. Pois como ela espera governar contra um Congresso majoritariamente opositor e uma nação quase inteira contra ela? Como ela espera aprovar os projetos que, na cabeça torta dela e de seus aliados, o país precisa para sair da crise? E que tipo de gente será os ministros que ela vai nomear no lugar daqueles que já saíram e sairão? Se com mais da metade do Congresso a seu favor, como estava antes desse processo, o ministério já era ruim, como ficará depois disso? Seguramente, se Dilma conseguir vencer na votação de domingo, podemos esperar o caos de vez. Pois que empresário arriscará investimento num quadro político como esse? E os milhões de trabalhadores que já estão desempregados por conta da política econômica nefasta que a Dilma e o PT implantaram? A oposição, que já soma mais de setenta por cento do povo brasileiro vai continuar pressionando. E o país será empurrado cada vez mais para trás.
Por outro lado, se ela sair e entrar o Temer, como ficarão as coisas? Pessoalmente talvez ele até seja honesto. A Dilma também é. Pelo menos ninguém disse, até agora, que ela pegou algo para si. Mas politicamente o Temer se mostrou tão oportunista, irresponsável e aético quanto ela. Afinal de contas ele é o parceiro dela nessas maracutaias todas que foram feitas para se reelegerem. E o partido dele, o PMBD, sempre esteve ao lado do PT desde a primeira vitória. Aliás, nesse partido, o mais bonzinho bate na mãe quando ela não tem mistura para por na marmita. Entrando Temer podemos esperar muita confusão. Lutas nos campos com os desordeiros do Sem Terra; greves e confusões com as centrais sindicais; tumultos nos meios estudantis, cujas lideranças são, na maioria, ligadas á movimentos de esquerda.
E no meio de tudo isso ainda temos a Lava a Jato. Quantos escândalos mais ainda serão levantados pelas investigações? Pois ao que parece, nesse circo de horrores, que se tornou a política brasileira, não sobrou ninguém que não tenha sido contaminado.
Assim, podemos esperar mais alguns meses de tormentas e tempestades. Bom seria se o presidente do Supremo tomasse um pouquinho de coragem e colocasse logo na pauta de julgamento a cassação da chapa Dilma-Temer, e esta, em ocorrendo, ensejasse a convocações de novas eleições. Mas que fosse uma eleição em que nenhum dos atuais acusados pudesse participar. Nem Lula, nem Aécio, nem Temer, nem Renan, nem Cunha. E de quebra, que a eleição valesse também para renovar o Congresso todo. Pois do jeito que está, parece que o único que se salva é justamente o palhaço: o Tiririca.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 12/04/2016
Alterado em 12/04/2016
