João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


Finalmente a Câmara dos Deputados tomou uma decisão coerente e de acordo com que se espera de um colegiado, que se supõe, deveria estar representando e trabalhando para defender os interesses do povo. Votaram pela cassação do escroque Eduardo Cunha, indivíduo asqueroso, bandidão-mor, vigarista e saqueador dos cofres públicos, que por vias, as mais tortuosas que se possa imaginar, foi guindado á presidência da Câmara.
Até então os senhores deputados só se preocuparam em defender os próprios interesses. Mas agora, talvez pensando na própria sobrevivência, um grupo de parlamentares resolveu se lembrar que existe uma coisa chamada ética e decência e que elas devem fazer parte do comportamento de uma pessoa que se propõe a ter uma vida pública.
Ainda assim, um grupo desses patifes, travestidos de parlamentares, insistiu em escarnecer do povo, ficando ao lado do mafioso Eduardo Cunha. Com os argumentos mais estapafúrdios que alguém pode urdir, votaram contra o relatório que pedia a cassação do criminoso deputado.
Ao advogado que defendeu Cunha tudo se perdoa. Advogados não foram feitos para ter ética nem para falar a verdade nos tribunais. Ao contrário, eles são treinados para escamotear a verdade, inverter fatos, convencer pessoas de que o que elas estão vendo não é a realidade, mas apenas ilusão de ótica. O sucesso de um advogado depende desse poder ilusionista que eles têm de iludir a capacidade de raciocínio de quem julga um fato. Nesse sentido, o advogado do Cunha mostrou uma habilidade fantástica. Não obteve resultado porque, nesse caso, as evidências dos crimes praticados pelo seu cliente são tantas que nem se os julgadores fossem cegos, surdos e desprovidos de massa cerebral, eles deixariam de ver a culpa do criminoso.
Já os que votaram a favor do escroque Eduardo Cunha, eles não o fizeram por convicção da inocência do deputado, mas sim porque estão comprometidos com esse criminoso. Fazem parte da quadrilha dele, ou no mínimo, têm medo que ele, sentindo-se perdido acabe entregando todos os membros da quadrilha, como estão fazendo os demais pilantras que estão sendo processados na Lava a Jato.
E esses bandidos são, na maioria, da chamada Bancada Evangélica. Que tipo de evangelho eles seguem só o Diabo sabe. E o Cunha, que está mais para agente do capeta do que para pastor evangélico. Com certeza o deus deles se chama Mamon, ou seja, o dinheiro, não importa de onde venha e como seja ganho.
Espero que o povo brasileiro, normalmente desinformado e alienado esteja prestando bastante atenção no que está acontecendo em Brasília. E que tenha guardado em sua memória os rostos e os nomes desses bandidos, porque nas próximas eleições eles estarão de novo nas tela das nossas TVs pedindo o nosso voto.
PS. Um voto de louvor para a Deputada Tia Eron, que deu uma lição de moral no bando de corruptos do seu partido e não cedeu ás pressões para se prostituir como eles.  Ela mostrou que a Câmara dos Deputados ainda não chegou ao nível de Sodoma e Gomorra, pois ali ainda é possível encontrar pelo menos um justo.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 15/06/2016


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