João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

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DILMA E A MALDIÇÃO DOS TEMPLÁRIOS
 
Faz pouco mais de setecentos anos que os dois mais importantes líderes da Ordem  conhecida como Cavaleiros Templários, organização religiosa pára militar fundada pelo Vaticano para combater os sarracenos, encontraram a morte em uma fogueira erguida na Ilha dos Judeus, em frente á Catedral de Notre Dame, em Paris.
Jacques de Molay e Geoffrey de Charney, respectivamente, Grão-Mestre e Preceptor da Normandia, foram condenados a morrer queimados vivos, depois de um rumoroso processo que durou mais de sete anos.
Os Templários foram acusados de heresia, homossexualismo, idolatria, simonia e outros crimes que o direito medieval, amplamente ditado e controlado pelo Vaticano, condenava com penas capitais. Até hoje se discute se os Templários eram inocentes ou culpados. E por mais alguns milhares de anos sempre se trará á baila esse assunto, pois ele caiu no imaginário popular, e quando isso acontece, não há Cristo que consiga tirá-lo do catálogo das histórias mal contadas.
Aliás, é isso que acontece com todas as histórias mal contadas. Sempre haverá alguém para dizer que Getúlio Vargas não se suicidou, mas foi assassinado; que John Kennedy não morreu em Dallas, e continua vivo até hoje; que Hitler não teve seu corpo queimado no bunker onde se suicidou (Vicente Mateus dizia que ele estava vivo, morando em uma ilha em Minas Gerais), e por aí afora.
É o que acontece com a história da Dilma. Daqui a muitos anos ainda se discutirá se ela era inocente ou culpada. Afinal, ela também está se comportando como o Grão-Mestre Jacques de Molay. Reconhece que cometeu erros, mas jura inocência dos crimes de que é acusada. É bem possível que ela tenha razão. Afinal de contas, quem, entre os chefes de executivo neste país, já foi condenado por mascarar as contas públicas, mentir para os eleitores e fechar os olhos para a corrupção?  Ao que se sabe, todos os governantes, desde Tomè de Souza,  sempre fizeram isso. Basta ler os poemas de Gregório de Mattos Guerra (o Boca do Inferno) e os sermões do Padre Vieira, para ver que tudo isso já acontecia nos tempos da colônia.Como os Templários, Dilma vai ser condenada, não pelos crimes que dizem que ela cometeu, mas porque a necessidade politica assim o exige, e e ela, por ingenuidade ou incompetência, forneceu suficientes motivos para isso.   
A presidenta vai ser apeada do poder, não pelos crimes que foi acusada, mas pelo conjunto da sua malsinada obra. E por causa dos mal feitos que seus “companheiros” de partido cometeram. Exatamente como Jacques de Molay. Ninguém conseguiu provar que o velho Grão –Mestre templário era boiola. E que adorava o demônio. Ou que cuspia na imagem de Cristo. Mas é praticamente certo que muitos membros da Ordem faziam isso.  De Molay,  como ele mesmo confessou, deixou que tudo isso acontecesse. Foi omisso, incompetente e relapso. Desculpou-se de suas faltas confessando-se iletrado, ignorante e despreparado para o cargo.Mas a desculpa não o salvou.
Dilma não. Continua arrogante, autoritária e dizendo que tudo é golpe. E como Jacques de Molay nos estertores da agonia, ela também aponta o dedo para os seus algozes e pronuncia terríveis vaticínios contra eles. E espera que a sua mal contada história se torne lenda, como a dos Templários. Michel Temer,  Eduardo Cunha e Aécio Neves que se cuidem:  O Papa Clemente , o Rei Filipe IV e seu ministro Nogaret, todos morreram de morte misteriosa no mesmo ano que os líderes templários foram queimados. Maldição de mago e de bruxa costuma pegar. Principalmente quando morrem desse jeito.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 30/08/2016
Alterado em 31/08/2016


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