João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


CURSO DE PNL
PNL PARA A VIDA DIÁRIA – MÓDULO II

PLANO DE VIDA

Um plano, um método, uma crença.

Se você não tem um plano para sua vida, pode ter certeza de uma coisa: alguém certamente o terá. 
                                                        Por que 
                                                        assim são 
                                                        as coisas.

Conduzimos ou somos conduzidos. Você escolhe. Em todos os momentos, nas vinte e quatro horas do dia você está recebendo informações sobre o mundo. Sim, mesmo enquanto está dormindo, essas informações estão entrando na sua mente e formatando os programas que modelam a sua personalidade. E na maior parte das vezes essas informações são recepcionadas de forma inconsciente pela nossa mente e é nesses casos que mora o perigo. Quando a consciência não está vigilante, qualquer coisa pode entrar nela, e como o inconsciente não filtra, não julga, não valora, tudo pode acabar sendo verdadeiro e bom.
Só você pode saber como, onde e com quem quer viver. Só você pode saber o que é bom para você, pois o sentimento é seu e de ninguém mais. Todavia, desde que nasceu encontrou um monte de gente que parece saber dessas coisas mais do que você, pois estão sempre querendo guiá-lo para algum lugar.
Num mundo de hábeis programadores, como esse nosso, quem não tem um plano, um método e uma crença, acaba sempre como presa fácil de um deles. Nós os encontramos na mídia, nos palanques, nas igrejas, nas livrarias, nos clubes e nos grupos que freqüentamos e principalmente dentro das nossas próprias famílias.
Não há nada de errado nisso, em ser programado dessa forma, até porque, vivendo em comunidades como as nossas, não há como escapar disso. Toda vez que a sociedade, em blocos, toma consciência dessa fatalidade, ensaia-se um movimento de contracultura que normalmente acaba dando em nada. O movimento hippie dos anos 60\70 foi um exemplo disso.
O problema não é ser programado, mas sim, não ter consciência disso. É não saber para onde está sendo levado e perguntar: é isso mesmo que eu quero? É esse o caminho que eu quero seguir?
O objetivo deste curso é fornecer um método para que você possa começar a fazer um plano de vida. Por que de certo as crenças você já tem. E nisso não se deve mexer, a não ser que elas estejam atrapalhando a sua vida. Mas por enquanto vamos falar de planos e métodos e ver no que a PNL pode ajudá-lo nesse caso.


PRIMEIRA AULA: NESTA AULA VOCÊ APRENDERÁ O QUE É PNL E PARA O QUE SERVE

1. O QUE É PNL

A) Uma teoria acerca das possibilidades humanas
B) Uma atitude prática perante a vida
C) Um programa de aperfeiçoamento pessoal

 Criadores da PNL: Richard Bandler e John Grinder, professores da Universidade da Califórnia – Santa Cruz
 Premissa básica da PNL: A nossa mente funciona como um computador e é programada através da linguagem.

2. OS PRESSUPOSTOS DA PNL

• Atitude voltada para os resultados ao invés de para os problemas.

A PNL tem como objetivo descobrir o que nós e as outras pessoas queremos da vida, quais os recursos que temos para atingir esses objetivos e como podemos usar esses recursos.
Para isso nós não perguntamos a razão dos nossos problemas, nem de quem é a culpa, mas sim no que eles nos limitam e como podemos resolvê-los. Ao invés de perguntarmos por que isso aconteceu e quem errou, nós perguntamos, como poderemos resolver isso? Como isso nos será útil? Como transformar isso em um resultado bom? A razão dessa mudança de foco é a tendência da nossa mente em procurar justificativas para tudo que acontece. Ao perguntarmos para uma pessoa, ou para nós mesmos, por que ela, ou nós, realizamos determinado comportamento, o produto mental será sempre uma desculpa, uma justificativa, uma explicação, que não resolverá o problema e poderá implicar numa censura ou numa confissão de culpa. Em nenhum dos casos isso será útil.

• Não existem fracassos, apenas resultados, bons ou ruins.

Quando um resultado não é atingido, isso significa que a meta proposta não foi atingida por falta de algum recurso. É possível corrigir o rumo e continuar perseguindo o resultado. Quando assumimos um fracasso, isso significa que fomos incompetentes para atingir o objetivo. Nesse caso, a tendência é abandonar o projeto e assumir uma condição de derrotado, além de uma boa dose de culpa. Encarar nossas derrotas como resultados nos dão um bom feedback. Encará-los como fracassos nos colocam num beco sem saída.

• Levar em conta as possibilidades, não as dificuldades.

As nossas limitações devem ser colocadas num papel para que as tenhamos em conta e possamos eliminá-las. Mas não devem fazer parte dos nossos pensamentos diários. Nossa mente jamais nos levará a vencer um obstáculo que nem nós mesmos acreditamos que pode ser vencido. Em PNL um objetivo deve ser formulado de forma positiva, como se ele não pudesse não ser realizado. É um desejo sem reservas e sem dúvidas. A dúvida contamina a fé, é areia que trava a máquina da mente. Numa condição de dúvida, ela não consegue gerar soluções criativas, nem organizar informações de modo eficiente. Em face a um problema, perguntemos sempre o que pode ser feito, quais as opções disponíveis e fiquemos focados nas alternativas.

• Manter uma atitude de curiosidade e fascinação perante os acontecimentos.

Saber que não sabemos nos incita a procurar saber. Não é vergonha ignorar, vergonha é continuar ignorando por medo ou incapacidade de perguntar, de pesquisar, ou ainda por desinteresse em relação aos próprios objetivos. Jesus disse que se não nos tornássemos crianças não entraríamos no reino dos céus. Crianças não vêem as coisas no sentido de bem e mal. Elas as vêem como boas ou ruins. Como algo que satisfaz ou não satisfaz. Tudo para elas é resultado. A fascinação e a curiosidade nos permitem perceber que nada há de estático no mundo. Tudo está em constante movimento. A mudança é a única realidade que existe. Tudo é possível e verdadeiro ao mesmo tempo.

• Acreditar que temos os recursos que precisamos para atingir os nossos objetivos.

Nós somos o que as nossas crenças fazem de nós. Jesus acreditou que podia andar sobre as águas e o fez. Pedro duvidou e afundou. Alexandre acreditou que podia derrotar o império persa e o fez; Xerxes, com mais de cem mil soldados foi detido por um contingente de trezentos espartanos. Devemos agir como se essa afirmação fosse verdadeira. Acreditar que todos os recursos necessários estão à nossa disposição para realizarmos os nossos objetivos nos levará a adotar uma atitude confiante e positiva perante a vida.

3. COMO A MENTE APRENDE

a) Ondas cerebrais

Há quatro tipos de freqüências ou comprimento de ondas cerebrais: delta, teta, alfa e beta.
Delta: abaixo de 4 Hz. Repete-se quatro vezes por segundo. É a onda que o cérebro apresenta em sono profundo ou em inconsciência.
Teta: de 4 a 8 Hz. Repete-se de quatro a oito vezes por segundo, em estados de sonolência próximos à inconsciência. Pode ser alcançado através de meditação e hipnose.
Alfa: de 8 a 13 Hz.Ondas que se repetem de oito a 13 vezes em estados de relaxamento e afrouxamento da consciência. A consciência se desconcentra, mas não se ausenta. Ela está mais concentrada no mundo interior do que no interior.
Beta: Acima de 13 Hz. São ondas cerebrais que se repetem acima de trezes vezes quando a mente está ativa e bem concentrada no mundo exterior. É o estado normal da nossa mente em nossas atividades diárias. Essa freqüência é maior nos estados de tensão, ansiedade, medo e perigo.

b) Aprendizagem

Não existe aprendizagem perfeita a nível Beta. Ela só começa a acontecer a nível Alfa e se consuma em nível Teta ou Delta. Um “programa” só é efetivamente eficiente quando ele é processado a nível teta ou delta.
A PNL reconhece quatro níveis de conhecimento, que são:

a. Incompetência inconsciente: Eu não sei que não sei.( Isso não existe )
b. Incompetência consciente: Eu sei que não sei.( sei que existe, mas não conheço)
c. Competência consciente: Eu sei, mas preciso pensar para fazer.( Conheço mas não sei fazer (téorico)
d. Competência inconsciente: Eu faço sem precisar pensar. ( Sei fazer muito bem).

Dirigir automóvel ou aprender a ler e a escrever é o melhor exemplo desses níveis de conhecimento.

4. ATITUDES PNL

• Saber o que se quer
• Estar aberto e receptivo aos resultados para observar o que funciona e o que não funciona.
• Descobrir o que funciona e continuar aperfeiçoando a função; e
• Descobrir o que não funciona e ser flexível para ir mudando o comportamento até conseguir o resultado.

Para isso, é preciso

SER PRAGMÁTICO – o que importa é o resultado
TER ACUIDADE – Ver, ouvir e sentir mais
SER FLEXÍVEL – não se apegar a padrões, crenças e valores que não
dão os resultados que buscamos.

5. EXERCÍCIOS

A. Meditação: Sozinho, passeie pelo ambiente ou encontre um lugar sossegado, medite e responda as questões abaixo.

i. Como me sinto neste momento? Estou satisfeito com a minha vida, com o que faço, com o meu modo de viver?
ii. Como tenho enfrentado os problemas que surgem na minha vida? Tenho tendência para procurar culpados? Sempre quero saber o porquê dos meus problemas?
iii. Como me comporto quando as coisas não dão certo? Desisto do objetivo ou tento de novo, usando novos métodos?
iv. Quando quero fazer alguma coisa nova na minha vida, fico pensando mais nas dificuldades ou me concentro nas possibilidades?
v. Sou flexível e aceito com facilidade idéias novas, ou sair rotina e ter que mudar de hábitos me aborrece?
vi. Me irrito facilmente quando mexem nas minhas coisas e as tiram de lugar? Sou teimoso e não gosto de perguntar sobre coisas ou lugares que não conheço? Quando me perco paro para perguntar ou fico procurando achar as coisas sozinho?
vii. Que tipo de ambiente ou pessoas me deixam inseguro? Como isso acontece?
viii. Existe algum tipo de música, filme ou programa de televisão que eu não consigo suportar? O que aconteceria se eu resolvesse ouvir esse tipo de música ou ver esse tipo de filme ou programa?
ix. Como tem sido a minha vida em termos de atividades culturais? Tenho lido bastante, ido ao cinema, aos clubes? Tenho dançado e cantado o suficiente?
x. Tenho exercitado os meus sentidos? Tenho procurado ver, ouvir e sentir mais?

B. TREINANDO A PERCEPÇÃO.

- Demonstração

1. Três pessoas A,B,C. A fica em pé; B mostra cartas de baralho e perfumes de diferentes aromas para A ao mesmo tempo. A deve dizer o nome da carta e o tipo de aroma. Enquanto isso, ao mesmo tempo, C conta uma história ao ouvido de A e desenha números e letras nas suas costas. A deve repetir em voz alta a história contada por C e tentar adivinhar as letras e números que ela está desenhando nas suas costas. Revezamento. 5 minutos cada pessoa.
Tempo: 15 minutos

2. Duplas. Ler o texto de Edgar Alan Poe, abaixo. Depois acompanhar o colega, durante dez minutos, em absoluto silêncio, repetindo tudo que ele fizer, inclusive as posturas do corpo, o ritmo da respiração, a aparência do rosto, etc. No final tentar adivinhar sobre o que o colega estava pensando. Revezamento. Tempo: 10 minutos


Texto: Os Crimes da Rua Morgue.
Edgar Alan Poe

“ …Passeávamos uma noite por uma rua suja e comprida perto do Palais Royal. Ambos aparentemente mergulhados em pensamentos, nenhum de nós proferira palavra pelo menos nos últimos quinze minutos. De repente Dupin me disse estas palavras: – O tipo é muito baixo, é verdade, e ficaria melhor no Teatro de Variedades.
– Disso não tenho dúvidas – repliquei involuntariamente, não reparando, a principio, tão absorvido estava em meus pensamentos, na forma extraordinária como essas palavras se adaptavam às minhas próprias reflexões. No momento seguinte voltei a mim e meu espanto foi profundo.
– Dupin – disse eu gravemente –, isso ultrapassa a minha compreensão. Não hesito em dizer que estou intrigado e nem acredito no que ouço. Como é possível que tenhas sabido que eu estava a pensar em…? – Fiz uma pausa para me certificar sem sombra de dúvida que ele sabia realmente em quem eu pensava.
– …Em Chantilly – disse ele. – Porque te calaste? Estavas a dizer para contigo que aquela figura minúscula era imprópria para a tragédia.
Esse era precisamente o tema de minhas reflexões. Chantilly era um ex – sapateiro da rua de St. Denis, que atacado pelo bichinho do teatro, tinha desempenhado o papel de Xerxes na tragédia de Crébillon, com o mesmo nome e sido vítima de críticas mordazes do público.
– Diz- me, por amor de Deus – exclamei –, qual é o método, se é que há um método, que te permitiu entrar dessa forma no meu espírito. A verdade é que eu estava ainda mais surpreendido do que aquilo que conseguia exprimir por palavras.
– Foi o homem da fruta – respondeu o meu amigo – que te levou a concluir que o sapateiro não tinha estrutura bastante para representar o papel de Xerxes…
– O homem da fruta! Espantoso! Mas se eu nem conheço nenhum homem da fruta!
– O homem que te deu um encontrão à entrada da rua, talvez aí a um quarto de hora.
Lembrei-me então de um homem transportava a cabeça um cesto enorme de maçãs quase me atirara no chão quando passávamos da rua C… para aquela onde nos encontrávamos agora; mas eu ainda não conseguia ver qual a relação que tal fato tinha com Chantilly.
Já te explico – disse – e para que possas perceber tudo claramente vou começar por reproduzir o curso dos teus pensamentos desde o momento em que te falei até o encontro com o tal homem da fruta. (…………)

(…….) Estávamos falando de cavalos, se não me engano, quando saímos da rua C… Foi o último assunto que discutimos. Ao entrarmos nesta rua um vendedor de frutas, com um grande cesto à cabeça, ultrapassou-nos a correr e atirou-te para cima de algumas pedras amontoadas num sítio onde a rua está a ser calçada. Tropeçaste num calhau, escorregaste, feriste-te sem gravidade num tornozelo, pareceste ficar vexado ou aborrecido, resmungaste algumas palavras, viraste-te para olhar para o monte de pedras e depois continuastes a andar em silêncio. (….) Caminhavas com os olhos postos no chão, a fitar com ar irritado os buracos da calçada ( de forma que percebi que continuavas a pensar nas pedras) até que chegamos à Travessa Lamartine, que foi pavimentada, á guisa de experiência, com blocos unidos e justapostos.Aqui ficaste com ar bem mais disposto, e vendo seus lábios mexerem-se, percebi que tinhas pronunciado a palavra “estereotomia”, um termo pomposamente aplicado a esse tipo de pavimento. Sabia que não podias estar a dizer a ti mesmo “estereotomia” sem te lembrares dos átomos e das teorias de Epicuro. E quando discutimos esse assunto, ainda há não muito tempo, te fiz ver que as conjecturas desse nobre grego tiveram uma singular confirmação, nas recentes teorias sobre a origem das nebulosas; então senti que não poderias deixar de olhar para a grande nebulosa de Orion, e a verdade era que eu esperava que o fizesses. Tu realmente ergueste os olhos; e eu tive então a certeza que estava passo a passo seguindo os teus pensamentos. Ora, naquela violenta crítica a Chantilly, publicada no jornal de ontem, o crítico referiu-se a Oríon,(…..) Era evidente que não deixarias de associar os dois nomes, Chantilly e Orion, Bem vi que o tinhas feito pelo sorriso que passou pelos teus lábios. (…) Até então caminhavas um tanto curvado. Reparei que nessa altura te puseste muito direito, como se estivesses a medir tua altura com alguém. Tive certeza que estavas a pensar na minúscula figura de Chantilly. Neste ponto interrompi as tuas meditações dizendo-te que ele era de fato muito baixinho e faria melhor figura no Teatro de Variedades. (….)

SEGUNDA AULA


TREINANDO OBJETIVOS

a- Perfeição existe. Perfeição é quando se atinge o resultado.

PNL, como já se disse é uma prática de vida. É uma ferramenta eficaz para nos ajudar a escolher respostas mais eficientes para os desafios que a vida nos apresenta. Uma de suas funções mais úteis é nos ajudar a organizar e planejar os nossos objetivos. Então se você tem algum objetivo que ainda não conseguiu levar a cabo, ou que ainda não começou a executar por falta de confiança em si mesmo, de recursos psíquicos ou materiais, ou qualquer outra razão, então esta seção poderá auxiliá-lo (a) fazer isso.

1. REGRAS PARA FORMULAÇÃO DE UM OBJETIVO

• Faça-o de forma positiva

Isso quer dizer que em seu objetivo nada deve ser tratado em termos de se. Se isso acontecer eu farei aquilo; se eu puder, se eu tiver recursos, se eu conseguir passar no exame etc. Não. O objetivo deve ser traçado de forma positiva. Algo assim como: Objetivo: construir uma casa de 400 metros quadrados no bairro X. Ou: comprar um carro zero quilômetro modelo X, marca Y, com e tais e tais acessórios, cor ….,.
Outra coisa: não duvide que pode realizar seu objetivo. Faça uma tela mental bem grande, vendo seu objetivo já realizado. Pense no que você verá, no que ouvirá e o que sentirá quando o tiver concretizado. Não deixe a dúvida dispersar a energia que você vai colocar na concretização desse objetivo.

• Faça-o de forma específica

Estabeleça um prazo para ele ser cumprido, pois objetivo sem definição de tempo para ser alcançado não canaliza energia para a sua realização.
Quantifique também o seu objetivo. Objetivos gerais como quero ficar rico, quero comprar um carro luxuoso, quero obter um bom emprego, também desperdiça energia por falta de clareza na proposta. O que é ficar rico? Quanto dinheiro ou bens isso significa? O que é um bom emprego? A nossa mente não sabe trabalhar sem parâmetros definidos.

• Dependendo de você e não de outras pessoas

Objetivos que dependem de outras pessoas para serem realizados não são bem formulados. Ele deve ser algo que esteja sob o seu controle e não sobre o controle de outros. Quando envolver outras pessoas elas devem entrar nos seus cálculos como parceiros e colaboradores, nunca como gestores do projeto, com voz ativa de comando. Por exemplo: se você deseja um emprego melhor ( especifique o que, onde, quando). Em que contexto você quer realizar o seu objetivo? Há algum motivo para que esse objetivo não deva ser realizado? A quem mais a realização desse objetivo afetará?

• Crie um procedimento de verificação

Um procedimento de verificação é uma forma de medir o resultado obtido. Você precisa saber quando o seu objetivo está atingido. Determine que indícios lhe dirão que você o está alcançando. Não é só a materialização do resultado que lhe dará certeza que o objetivo foi atingido, mas também indícios sensoriais. O que você verá, ouvirá e sentirá quando ele se realizar?

• Divida-o em objetivos menores, ou submetas.

Se o objetivo for muito abrangente e vai exigir bastante tempo para ser concretizado, você poderá perder a motivação. Divida o objetivo geral em metas menores que você poderá atingir em menor tempo. Exemplo: Meta geral: construir uma casa de 400 metros no bairro X. Tempo: 3 anos. Submetas: a)) Adquirir o terreno – 3 meses ( b) Encomendar o projeto- 3 meses c) Preparar o terreno – 3 meses; d) Erguer os alicerces – 5 meses, e assim por diante. Dependendo dos seus recursos, você pode trabalhar a realização de duas ou mais submetas ao mesmo tempo.

Definição de recursos

Uma vez definido o que você quer, você precisará reunir recursos internos e externos. Recursos internos dizem respeito a motivação, crença e disposição. Por isso você deve desejar ardentemente a realização do seu objetivo, precisa acreditar que tem mérito e competência para realizá-lo e estar disposto a pagar o preço. Não pode estar contaminado pela dúvida nem deve perguntar o quanto lhe custará a sua realização.
Recursos externos dizem respeito aos comportamentos que você terá que adotar para conseguir reunir os elementos necessários para a realização dos seus objetivos. Esses elementos se referem especialmente à capital, trabalho e relacionamentos. Você terá que aprender a lidar com dinheiro, a trabalhar com eficiência e estabelecer uma boa rede de relacionamentos. Em ambos os casos a PNL pode ajudar. Com isso você pode construir a sua RODA.


* RODA quer dizer RECURSOS, OPORTUNIDADES, DEFICIÊNCIAS E AMEAÇAS
 
RECURSOS


Liste os recursos psíquicos e materiais que você já tem. Habilidades, Cursos, Experiências, Capitais, Relacionamentos, e as qualidades de personalidade que você tem e que acha que podem ajudá-lo a atingir o objetivo.

Liste todos os recursos psíquicos e materiais que você acha que ainda precisa adquirir para atingir o seu objetivo. Escreva o que você pode fazer agora para adquirir esses recursos;

Liste todas as oportunidades que você pode ver, ouvir e sentir neste momento para atingir o seu objetivo. Liste  todas as oportunidades que você pode imaginar para ajudá-lo a atingir seu objetivo.

Liste todas as fraquezas que você tem e que podem prejudicá-lo na realização do seu objetivo. Educação insuficiente, falta de capital, falta de confiança, etc. Liste o que você pode fazer neste momento para eliminar essas fraquezas.

Liste as coisas que podem impedir que você realize seu objetivo. Perda da liberdade, questões judiciais, problemas de saúde etc. Liste o que você pode fazer agora para afastar essas ameaças.

• Verificação ecológica

Verificação ecológica se refere ao desequilíbrio que você pode provocar no ambiente em que você vive com o seu objetivo. O que você terá que renunciar para realizá-lo? Como isso vai influenciar o grupo? Qual o preço que você terá que pagar por isso? Com quem você mexerá? Que tipo de conflito isso pode causar? Essa análise lhe dirá se o seu custo será superior ao benefício que você vai obter, ou não. Alguns objetivos podem nos trazer mais prejuízos do que valores. Você já deve ter ouvido falar do Rei Midas ou do Rei Pirro, cujos desejos realizados provocaram suas ruínas.


LEMBRE-SE; TODO PROBLEMA É SÓ UM OBJETIVO QUE AINDA NÃO FOI ALCANÇADO.


EXERCÍCIOS

1. Meditação

i. O que eu realmente desejo realizar neste momento? O que eu gostaria de ter ou ser? Ele é positivo, definido? O que me impede de alcançá-lo neste momento?
ii. Como tenho que pensar, sentir e fazer para alcançar esse objetivo?
iii. Como posso começar e conservar minha motivação?
iv. Onde, quando e como, especificamente, eu quero realizar esse objetivo?
v. Com quem eu gostaria de dividir os resultados desse objetivo?
vi. Como saberei que já atingi meu objetivo? O que verei, o que ouvirei e sentirei quando o tiver atingido?
vii. Que recursos psíquicos e materiais precisarei para atingir meu objetivo? Quais os que já possuo e quais preciso obter? Tenho dúvidas a respeito da minha habilidade?
viii. O que acontecerá às pessoas que eu amo se eu alcançar esse objetivo? A quem mais a realização do meu objetivo irá afetar?
ix. Qual será o custo benefício da realização desse objetivo? Ao que terei que renunciar?
x. Estou disposto a pagar qualquer preço para atingir esse objetivo? Ele é ético?

1- Estratégia Disney de Criatividade e Produção
 ( exercicio a ser realizado com acompanhamento do instrutor)



                *                               *                               *                              * 
        meta-posição          sonhador                realista                   crítico

Demonstração

i. Marque no chão quatro espaços, como no desenho acima. Identifique-os com as palavras, “meta posição”, “sonhador”, “realista” e ”crítico”.

Linha de recursos

ii. Entre no espaço meta-posição. Pense no objetivo, ou plano que você quer realizar. Analise os sentimentos que você tem a respeito. Suas dúvidas, seus receios, sua confiança, etc. Escolha uma âncora para cada uma das posições acima. Ex: um toque na ponta do nariz para o sonhador, um toque na orelha para o crítico, um toque no queixo para o realista.

iii. Pense em um momento da sua vida em que você foi capaz de sonhar sem nenhum limite, nenhuma inibição. Com essa imagem em mente, entre na posição do “sonhador” e reviva aquele momento mágico em que a sua fantasia teve plena liberdade. Ancore esse momento com um toque na ponta do nariz.

iv. Volte para a meta-posição e pense em um momento em que você foi capaz de arquitetar um plano real de ação, ou seja, um momento em que você agiu com muita eficácia para planejar. Com essa imagem em mente, entre no espaço “realista” e reviva essa experiência como se ele estivesse acontecendo nesse momento. Ancore-o com um toque na ponta da orelha.

v. Volte à meta-posição e pense em um momento em que você foi capaz de criticar com critério e isenção um plano (seu ou de outra pessoa). Com essa imagem em mente, entre na posição “crítico” e reviva essa experiência. Ancore-o com um toque no queixo.

vi. Volte à meta-posição e pense em um objetivo que você quer alcançar. Entre na posição “sonhador” e dispare a âncora do sonhador ( o toque na ponta do nariz). Sonhe à vontade com esse objetivo.. Solte as asas da sua imaginação. Aqui você é um super-homem que tudo pode. Se tiver dificuldade para fantasiar (algumas pessoas têm), imagine que você é o personagem de um filme que vai realizando o seu sonho por etapas. Fique nessa posição o tempo que achar necessário.

vii. Vá agora para a posição do “crítico” e dispare a âncora dessa posição (o toque na ponta da orelha). Analise o plano que você sonhou. Ele é exeqüível? Que recursos você precisa para concretizá-lo? O ambiente em que você vive é propício? Seus comportamentos atuais são adequados? Suas habilidades e capacidade são suficientes? Suas crenças e valores são compatíveis? Sua personalidade está de acordo? O sonho é “ecológico”? Fique nessa posição o tempo que precisar para fazer toda essa análise.

viii. Saia dessa posição e vá para a posição do “realista”. Dispare a âncora do realista (o toque no queixo). Analise o que está faltando no plano, o que pode falhar, os recursos que você precisa para realizá-lo, os custos e benefícios de tudo isso, etc.

ix. Volte à meta-posição e pergunte mentalmente ao “você” que está na posição do “sonhador” se ele “quer” mudar o plano, incorporando ao sonho as informações fornecidas pelo “crítico” e pelo “realista”.

x. Se a resposta for positiva, vá ao ponto futuro e imagine-se lá com o objetivo realizado. O que você vê, ouve e sente?

xi. Volte á meta posição. Como você está se sentindo agora? Há diferença entre o que você sentia antes e o que está sentindo agora?

TERCEIRA AULA


III- COMUNICAÇÃO

VENDER\COMPRAR\ CONVENCER\ SER CONVENCIDO\PERSUADIR\SER PERSUADIDO


PRESSUPOSTOS DA BOA COMUNICAÇÃO

1. Não é o que dizemos que convence, mas a forma como dizemos.
2. Nosso comportamento é gerado pelas reações internas ao que vemos, ouvimos e sentimos; o do outros também (pelo vêem, ouvem e sentem).
3. Nossos sentidos externos são captores de mensagens (informações); nossos sentidos internos são codificadores de informações.
4. Como podemos saber que aquilo que estamos informando é exatamente o mesmo que a outra pessoa está recebendo?
5. Como saber se a nossa comunicação está sendo eficiente?

Exemplo: dizer uma frase simples pensando em três conteúdos diferentes.

a) Olá! Você parece estar muito feliz hoje! ( realmente estou achando que você está muito feliz).
b) Olá! Você parece estar muito feliz hoje! ( feliz o cacete! Você está com cara de quem levou o maior ferro!).
c) Olá. Você parece estar muito feliz hoje! ( como se você merecesse ser feliz….).


II- COMUNICAÇÃO EFICIENTE

1. O significado da sua comunicação é a resposta que você recebe.

Essa resposta pode ser dada verbalmente ou não verbalmente. Geralmente a resposta é não verbal, expressa pela postura corporal, movimento dos olhos, movimentos faciais, labiais, etc. Aprenda a observar essas respostas. Por mais educado que o seu ouvinte seja, a mente dele denunciará a forma pela qual ela está recebendo a sua comunicação. Não há como esconder isso.

2. É preciso compreender e respeitar o modelo de mundo dos outros

Isso que dizer que não há diferenças entre as pessoas, mas sim na forma em que elas vêem o mundo. Nesse sentido não existe uma verdade absoluta, pois todas as idéias, todas as premissas, todas as proposições, todas as crenças e leis são expressas de um ponto de vista, cujo único critério de valoração é a utilidade que elas têm para a felicidade humana.

3. Com que intenção e finalidade eu estou me comunicando?

Eu acredito realmente no que estou transmitindo? Isso foi bom para mim? De que forma isso vai beneficiar os outros? O que espero obter com isso? Que bem estou fazendo ( aos outros e a mim mesmo) ao transmitir isso?

III- FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO

Rapport

Palavra francesa que quer dizer harmonia, empatia, confiança. Entrar em rapport é estabelecer confiança e receptividade, onde as pessoas encontram prazer em participar do circuito de comunicação. Estabelecer rapport com as pessoas é entrar em sintonia com elas, entrar no mapa mental delas. A ausência do rapport pode ser fatal para a boa comunicação.

Técnicas para estabelecer rapport

a) Espelhamento: acompanhar a linguagem corporal da pessoa. Reproduzir sua maneira de sentar, de franzir a testa, seus movimentos de olhos, meneios de cabeça, ritmo respiratório, tom de voz, postura corporal, etc, são técnicas eficientes para estabelecer rapport. Virar as costas a pessoa que está falando, começar a rabiscar, levantar-se repentinamente, desviar o olhar, bocejar, mudar de assunto sem a devida preparação, demonstrar impaciência, etc. são atitudes que quebram o rapport.

b) Acompanhar e conduzir:

“ Se alguém quer te fazer andar com ele uma milha, vai com ele duas milhas” disse Jesus. Em comunicação é importante saber acompanhar primeiro para depois conduzir. Siga a comunicação da pessoa conscientemente durante um tempo até que um adequado rapport se estabeleça entre você e ela. Depois será mais fácil conduzir a comunicação. Isso significa que não devemos tentar impor nosso ponto de vista logo de início; aliás a imposição de pontos de vista é a pior forma de criar rapport. O acompanhamento é uma técnica que nós já praticamos inconscientemente. Ninguém mostra alegria em um velório, não falamos palavrões diante de um padre ou uma freira; quando falamos com crianças nós adotamos uma postura apropriada a eles, quando vamos para uma entrevista de emprego procuramos usar uma roupa adequada e usamos uma linguagem apropriada, etc. Tudo isso é acompanhamento.

c) Linguagem verbal

Uma das ferramentas mais eficientes para estabelecer e manter o rapport com as pessoas é saber usar adequadamente a linguagem verbal. O mais importante na linguagem verbal é o tom em que a voz é colocada. Se mudamos o tom ou o ritmo de uma conversa, o inconsciente da pessoa percebe imediatamente essa mudança, e se havia uma boa sintonia na comunicação, ela desaparece. Outra importante ferramenta é usar o menos possível as conjunções adversativas, não, mas, contudo, todavia, no entanto, muito embora, só que, etc., que indicam oposição ás idéias que estão expressas. Podemos substituí-las por conjunções aditivas, que podem ser usadas para colocar uma nova idéia sem contradizer ou opor-se à que foi manifestada. Ex: O que você está dizendo é interessante e a nossa opinião a respeito é que no momento temos que buscar outra solução…. Acho que podemos registrar essa proposta, e por agora as possibilidades que temos são de que….

IV- EXERCÍCIOS

1. Ande pelo ambiente durante uns 10 minutos e medite a respeito das seguintes questões:

i. Qual a sua opinião sobre a premissa: o resultado da minha comunicação é a resposta que ela recebe?
ii. Como tenho me comunicado? Tenho me preocupado em saber se os outros estão recebendo bem a minha comunicação?
iii. Tenho tentado impor o meu mapa mental aos outros sem se preocupar com o ponto de vista deles? E no sentido contrário, tenho deixado que outros imponham seus mapas mentais sobre mim?
iv. Tenho me preocupado com a minha linguagem corporal? A minha imagem passa confiança, credibilidade, presença?
v. Como tenho usado a minha linguagem verbal? Procuro usar o tom e o ritmo apropriado para o local, o contexto e as pessoas? Procuro compatibilizar a minha linguagem verbal com os sentimentos que estou experimentando?
vi. Como tenho me comportado em relação à harmonia na comunicação? Importo-me se há receptividade ou acho que as pessoas têm obrigação de me ouvir?
vii. Irrito-me quando sinto que não estão dando atenção à minha comunicação ou procuro mudar a forma de me comunicar para ganhar essa atenção?
viii. Quando estabeleço contato com alguma pessoa vou logo tentando “vender o meu “peixe” ou espero que ela mostre desejo de comprá-lo? Sei praticar um bom acompanhamento e consigo detectar a hora certa para passar a conduzir?
ix. Entendo que as pessoas, independente do ambiente e do contexto, devem me aceitar do jeito que eu sou? Penso que o mundo deve adequar-se a mim ou sou eu que devo adequar-me ao mundo?
x. Tenho consciência de quando estou influenciando? E de quando estou sendo influenciado?

2. Trio: A,B,C. A deve expressar alguma preferência, uma crença ou um conceito. B deve acompanhá-la em sua comunicação, e depois discordar dela sem quebrar o rapport. C deverá acompanhar o diálogo tentando perceber se o rapport foi quebrado e o que foi que o quebrou. ( linguagem verbal ou não verbal). Revezamento. Tempo para cada um: 5 minutos. Tempo total: quinze minutos.

QUARTA AULA

IV. LINGUAGEM NEUROLÓGICA

1. Visual, auditivo e cinestésico

-Teste dos cartões

1. Território e Mapa.


                                               E o mapa não é o território.

1. Premissas básicas

• Recepcionamos as informações que nos vêm do mundo através dos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. São os nossos sentidos externos ( periféricos)
• Organizamos as informações que nos vêm do mundo através de três canais perceptivos: visual, auditivo e sinestésico.
• As informações são organizadas através de códigos neurolingüísticos – a linguagem da mente. A essa linguagem a PNL chama de submodalidades.

2. Sistema receptor e sistema orientador

Sistema receptor é aquele que nós utilizamos com preferência sobre os demais para recepcionar as informações. Algumas pessoas prestam mais atenção no que vêem, outras no que escutam, outras no que sentem ( tato, paladar e aroma).
Sistema organizador é aquele que a nossa mente utiliza mais para organizar a informação. Algumas pessoas tem mais facilidade em montar imagens de suas recordações do que lembrar-se de sons ou sensibilidades. Outras lembram-se com mais facilidade dos sons, ou dos sentimentos. A nossa mente tem tendência para trabalhar mais com um sistema do que outro.
Pessoas preferentemente visuais são aquelas que têm facilidade para “ver” as coisas. São observadoras ao extremo, nada escapa da sua vista. Exemplo: pintores, arquitetos, decoradores, modistas, desenhistas, profissionais de artes cênicas, etc.
Pessoas auditivas são aquelas que têm muita acuidade auditiva. Músicos, cantores, advogados, radialistas, lingüistas, psicólogos, psiquiatras, tradutores, etc.
Pessoas sinestésicas são aquelas que têm facilidade para “sentir” a informação. Cozinheiros, perfumistas, escultores, motoristas, esportistas, etc.

Sistema receptor (preferido) Sistema Organizador ( Orientador)

Identifica Organiza
Vê imagens visuais
Ouve imagens sonoras
Sente imagens sinestésicas

Teste sensorial: De olhos fechados, em estado de relaxamento, procure verificar se a sua mente tem mais facilidade para formar imagens, para ouvir os sons ou recuperar aromas, tatos ou paladares.

3. Sistema de representação sensorial

Os sistemas de representação sensoriais se referem à forma como a mente remonta a informação envidada pelos sentidos. Essas formas são auditivas ( pensamentos sonoros) visuais (pensamentos em forma de imagens) e sinestésicas (pensamentos em forma de sensações).
Dificilmente pensamos no que pensamos. Já imaginou a revolução que você faria na sua vida se apenas aprendesse a perguntar a si mesmo, cada vez que tem um sentimento: por que não estou gostando disso ou daquilo? Por que estou sentindo isso ou aquilo? O que realmente me agrada ou desagrada nessa experiência?
A PNL procura chamar a atenção para o que vemos, ouvimos e sentimos e propõe que pensemos no que pensamos e não sobre o que pensamos. A importância desse comportamento está no fato de que para a mente tudo que vemos, ouvimos e experimentamos com nossos sentidos sinestésicos tem o mesmo valor que aquilo que apenas imaginamos.
Nossos sentidos externos batem a fotografia; nossos sentidos internos dizem o que ela é. Isso significa que:

AS PESSOAS NÃO SÃO DIFERENTES, O QUE AS FAZ DIFERENTES É A FORMA COMO ELAS USAM SEUS SENTIDOS INTERNOS.

4. Linguagem e sistemas representacionais

A forma pela qual uma pessoa usa a sua linguagem verbal e não verbal indica a preferência que ela tem por um determinado sistema representacional. Quer dizer: é possível descobrir se a pessoa está pensando visualmente, auditivamente ou sinestesicamente. Para isso é preciso aprender a observar as pistas de acesso que ela dá em sua linguagem verbal e não verbal.

a) Linguagem verbal

Mapear os verbos, predicados e palavras processuais que as pessoas usam em suas linguagens cotidianas. Ex:

Formulação 1
“ Um passarinho cantava lindamente no alto de uma árvore. Uma raposa faminta, querendo transformá-lo em almoço, começou a elogiar-lhe a voz, pedindo para vir cantar mais perto para que ela pudesse ouvi-la melhor. Ao passarinho, isso soou como um embuste. Então fez cair uma folha da árvore, e a raposa, pensando ser o pássaro que caíra, pulou imediatamente em cima dele. O passarinho, rindo, disse à ela: “comigo não violão.” “Essa voz eu já conheço de longa data”.
Formulação 2
“ Imaginem um passarinho com sua plumagem colorida, vistosa, no alto de uma árvore. Eis que aparece uma raposa faminta, que fica à espreita dele, escondida, esperando que a avezinha desça da árvore para procurar alimento no chão. De repente uma folha cai do chão. A raposa, enganada pela visão da folha caindo, sai das sombras onde estava e pula em cima dela. O passarinho, do alto da sua árvore, viu o perigo que corria e voou mais que depressa para bem longe dali.”
Formulação 3
“ Passarinhos são aves cujo canto mavioso nos fazem sentir muito bem. É também uma ave de carne tenra, muito apreciada por predadores, que quando sentem sua presença por perto, logo se põem à espreita, para pegá-los. Certa vez um deles estava em cima de uma árvore, quando uma raposa faminta, quis fazer dele o seu almoço. E ficou escondida num arbusto, tensa, pronta para agarrar a avezinha. De repente o vento derrubou uma folha da árvore e a raposa, enganada em seu instinto, saltou sobre ela. O passarinho, assustado com a presença do predador, voou para longe”.
Eis a mesma metáfora, uma fábula contada por Esopo, narrada de três formas diferentes. Ela vem descrita como uma experiência auditiva na primeira formulação, visual na segunda e sinestésica na terceira. Conforme você tenha preferido uma delas, possivelmente você tenha tendência para organizar seus pensamentos e sentimentos – seu mundo interno, de forma visual, auditiva ou cinestésica.




5. Exemplos de verbos, predicados e frases visuais, auditivas e cinestésicas


Sistemas Verbos Predicados frases
Visual Olhar, Mostrar,
Ver, Observar,
Notar, Clarear,
Iluminar, Brilhar
Ilustrar,Verificar,
Refletir, Projetar
Relampejar Brilhante,
Observador
Iluminado
Ilustrado
Transparente
Arguto
Cromática
Colorida
Vistoso
Obscuro
Desfocado
Escondido Eu vejo que as coisas estão mais claras agora.
O sujeito é brilhante. Ele é iluminado.
Note como as coisas se aclaram quando você mostra gráficos e tabelas.
Eu preciso refletir um pouco mais sobre isso. Tudo ainda é meio obscuro para mim.

Auditivo
ouvir, dizer, soar,
falar, entoar, cantar,
silenciar, aquietar,
compassar, ressonar,
vibrar, compassar, Falador,
Ouvidor,
Silencioso
Quieto
Compassado
Sonoro
Vibrante
Ressonante
Melodioso
Monótono
Agudo
Alto, baixo
Surdo, quieto
Gostaria de ouvir um pouco mais sobre esse assunto.
Fale mais devagar para que eu possa entender o que você está dizendo.
Essa conversa não me soou muito bem.
Vamos deixar quieto esse assunto por enquanto.

Cinestésico sentir, tocar, bater,
esfriar, esquentar,
cheirar, remoer,
abraçar, provar.
correr, morder,
pegar, fazer,
aplainar,suavizar,
acalmar, andar,
agir
Sentimental
Insensível
Meloso
Áspero
Suave
Pegajoso
Calmo
Agitado
Rápido
Lento Remoer mágoas passadas deixam meu coração muito agitado.
Sinto que esse negócio está cheirando mal
Gosto de abraçar causas que me dêem o prazer de fazer o bem
Sou calmo por natureza mas quando tenho que bater firme eu não suavizo.


6. Movimento dos olhos


                                                       
Vc: Memória visual- recordando o que já viu
Vr : Imaginação visual – imaginando o que não viu
Ac : Memória auditiva – recordando sons que já ouviu
Ar: Imaginação auditiva – imaginando sons que não ouviu
C: Memória sinestésica – sentindo de novo
A: Audição interna – falando consigo mesmo

7. Exercícios

1. Caminhe durante dez minutos sozinho (a) meditando e respondendo para você mesmo (a) os seguintes questionamentos;

i. O que mais me chama atenção em uma pessoa que acabo de conhecer? O tom e voz e a forma como ela fala? O aspecto físico e o modo de se vestir? Ou as expressões faciais e a postura corporal?
ii. Quando eu quero chamar a atenção para a minha pessoa, o que eu costumo fazer, de preferência? Aumento o meu tom de voz? Faço gestos para chamar a atenção? Toco nas pessoas?
iii. Quando eu falo, que tipo de verbos eu costumo usar mais para chamar a atenção das pessoas? Verbos visuais (Olhe, veja, repare, note, preste atenção, focalize, imagine, etc.) verbos auditivos ( escute, ouça, diga, fale, explique, etc) ou verbos sinestésicos ( sinta, pegue, segure, meça, encaixe, prove, etc).
iv. Quando eu entro em um lugar, qual é a primeira coisa que me chama a atenção? Se o som está apropriado para aquele lugar e pessoas? Se a decoração, a luminosidade, as cores e a aparência das pessoas combinam? Se as pessoas estão se sentindo bem naquele ambiente ou não?
v. Quando compro artigos de uso pessoal, qual o meu critério de escolha? Por que ouvi alguém falar bem do produto? Por que o produto tem boa aparência e combina bem comigo? Por que ele me faz sentir-se confortável?
vi. Quando assisto uma apresentação, uma palestra, uma aula, o que me atrai e conserva mais minha atenção? As palavras e o tom de voz do apresentador? As posturas corporais que ele faz, a sua presença no palco? Os exercícios que ele propõe?
vii. Como eu compreendo melhor uma informação que me é dada? Quando a pessoa me explica tudo minuciosamente? Quando me apresenta por escrito ou através de desenhos e gráficos? Quando, de alguma forma me faz “sentir” a informação?(transcrevendo, tocando, fazendo?)
viii. Como eu me comunico melhor? Através da minha linguagem verbal, da minha linguagem corporal ou da minha linguagem sinestésica ( toque, aroma e paladar).
ix. Costumo pensar no que eu penso? Pergunto por que gosto ou não gosto das coisas que experimento e das pessoas que convivem comigo?
x. Quando estou me comunicando com uma pessoa que não concorda comigo eu tenho consciência de que ele está vendo, ouvindo ou sentindo as coisas de uma perspectiva diferente da minha? Como me sinto nessas ocasiões?

2. Duplas: A e B. A entrevista B e B entrevista A. Ambos deverão falar de si mesmos, do que fazem profissionalmente, nas horas de lazer e dos sonhos para o futuro. Incluam conceitos sobre como acham que o mundo está hoje e como deveria ser. O entrevistador deverá mapear verbos, predicados e frases usados pelo entrevistado para descobrir em que sistema representacional ela está trabalhando. Tempo: 10 minutos para cada entrevista.


( Saiba mais sobre PNL lendo o nosso livro “ Procura da Melhor Resposta – Ed. Biblioteca 24x 7, 2º Ed. 2009)

O NOSSO PRÓXIMO CURSO DE PNL SERÁ DADO NO MÊS DE NOVEMBRO
DIAS 14 E 15. INFORME-SE PELOS TELEFONES 11- 47 96 1046 E 11- 82 05 70 95










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João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 25/10/2009
Alterado em 26/10/2009


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