COMO ACESSAR O SEU ARQUÉTIPO VISIONÁRIO
RESENHA DA PARTE TEÓRICA DO NOSSO CURSO DE ACESSO AOS ARQUÉTIPOS FUNDAMENTAIS DA NOSSA PERSONALIDADE.
I- CARACTERÍSTICAS DO VISIONÁRIO
O VISIONÁRIO
Características, Habilidades e Virtudes
1- Dizer e fazer o que pensa e sente, sem culpar nem julgar.
-Autenticidade
-Intuição
-Criatividade
- Imaginação
2- Capacidade de visualizar possibilidades ao invés de deter-se nas dificuldades
O Visionário é o primeiro arquétipo que se manifesta em nós. É a criança, o sonhador, o mágico, o artista, enfim tudo aquilo que trabalha o sonho, a quimera, a possibilidade. Ele é sinônimo de liberdade, intuição, autenticidade e criatividade.
A principal característica do Visionário é dizer a verdade sem julgar nem culpar
Dizer a verdade sem julgar nem culpar não significa dizer que nós temos a verdade ou que somos donos dela. A verdade não é propriedade de ninguém. Significa sermos autênticos e saber expressar essa autenticidade sem ferir a personalidade alheia. Com essa atitude estaremos compartilhando com os outros o nosso mundo interior sem medo nem constrangimento.
Essa é a forma correta de honrar as quatro maneira de ver, que a nossa mente utiliza: Intuição, percepção, discernimento e visão exterior. Dizer a (nossa) verdade, aqui, é operar além dos conceitos de certo e errado. É ter coragem, em qualquer situação, para dizer como nós pensamos ou nos sentimos em relação a qualquer assunto. Uma forma eficiente de fazer isso é expressar sempre o nosso pensamento evitando usar quantificadores universais, operadores modais de necessidade e comparações.
a) Quantificadores universais são conceitos expressos por palavras que denotam generalizações e omissões de sujeito ou verbo. Ex: O mundo está perdido. (quem disse isso e por quê?); Os artistas são depravados. Pergunta desafio. Todos? Você não sabe de nenhum que não seja?) As pessoas que disseram isso tem autoridade para tanto? Merecem crédito?
b) Operadores modais de necessidade: São conceitos expressos pelas palavras pode, deve, tem que, não pode, não deve, não tem que: Ex; Mulheres podem (ou não podem) ser delicadas, homens não (ou sim). Você tem (ou não tem) que ser mais atencioso com as pessoas. Fulana (o) devia (ou não devia) ser mais educada.(o) Pergunta desafio: O que aconteceria se não fossem? Ou se fossem? Quais as consequências?
c) Comparações: São conceitos expressos pelas palavras melhor, pior, mais, menos, mal, bem, etc. Ex: O chefe organizou mal a reunião (mal em comparação com quem?) Antônio é mais qualificado para esse trabalho. (comparado com quem?)
Propósito e missão de vida
A finalidade do arquétipo Visionário é nos manter ligados aos nossos sonhos de vida, à nossa missão, ou o próprio significado da nossa existência, pois ninguém pode ser inteiramente feliz se sentir que não está alcançando esse propósito. Além disso, sem uma clara compreensão da nossa missão na vida não é possível dar plena vazão aos nossos dons, talentos e recursos, e enfrentar com sucesso os desafios que a vida nos coloca.
Autenticidade
Ser autêntico é lembrar-se de quem somos, é respeitar a própria personalidade. Falar a verdade não quer dizer impor um ponto de vista nem significa saber algo que outra pessoa não sabe. Significa dizer o que pensamos e sentimos sem querer fazer os outros pensarem e sentirem da mesma maneira. O Visionário sabe que a verdade é relativa e que pode ficar sozinho em sua visão. Mas ele perde força quando se deixa envolver pelos dois padrões de negação que existem em seu aspecto sombra: o padrão da negação e o padrão da indulgência.
a) O padrão da negação nos leva a evitar determinadas pessoas ou problemas e a ver as coisas como queremos que seja ao invés de como elas são realmente. É um padrão que induz temor e ilusão.
b) O padrão da indulgência nos leva a dramatizar e a exagerar as nossas experiências e qualidades. É um padrão que induz insegurança e vulnerabilidade.
2- FERRAMENTAS DE PODER DO VISIONÁRIO
Produzir sons e canções de poder
Quem canta seus males espanta. Fazer o indivíduo “cantar” é sinônimo de extrair a verdade, na gíria policial. Assim, o primeiro passo para acessarmos o Visionário é começar a cantar. Nossas canções favoritas são nossas melodias de cura. Elas estão ligadas aos aspectos mais marcantes da nossa personalidade, aos momentos mais emocionantes que vivemos. Não existe povo na terra que não tenha desenvolvido uma forma de canto ou de dança. Essas manifestações estão, de alguma forma, ligadas às nossas raízes mais profundas. Os compositores de música sacra dizem que existe uma relação entre os sons das letras I,O,A com as três forças fundamentais da vida: o dinamismo, o magnetismo e a integração. Esses três sons são sagrados. O dinamismo é a força que impulsiona as experiências, facilitando a expansão e a criação. O magnetismo é a força que impulsiona a abertura e a recepção de novas experiências. A integração é a força que sintetiza, organiza e consolida a experiência. Todas as formas de canto religioso ( hinos, salmos, mantras, canto gregoriano, o som dos tambores indígenas e nos terreiros de umbanda) são exemplos de experiências com esses três sons sagrados para alinhar e capturar esses padrões energéticos capazes de intensificar a energia espiritual. Da mesma forma, hinos e marchas são canções compostas para comover e dirigir as pessoas para um determinado fim. Os hindus tem na sílaba OM um mantra para acessar as partes mais profundas do inconsciente, onde se situam as raízes da nossa ligação com a divindade.
Trabalho com sinos
O sino é o instrumento da espiritualidade por excelência. Está ligado ao arquétipo do Visionário pela sua capacidade de despertar os nossos aspectos espirituais. Não foi a igreja Católica que inventou o sino como instrumento para chamar os fiéis. Ela descobriu que os fiéis atendem melhor ao chamado de um sino do que de outro instrumento qualquer. O som de um sino abre caminho à visão interior.
Meditação e contemplação
A meditação abre as três portas da percepção: a porta dos símbolos, das lembranças e das associações. Meditar é diferente de raciocinar. Trata-se de deixar a mente livre para que ela, sem direcionamento nem controle, acesse os símbolos, as memórias e faça livremente as associações. É nesse momento que as intuições, a criatividade e as iluminações ocorrem. O Visionário medita, de preferência, caminhando. Outras formas de meditação praticada pelo Visionário: cozinhando, fazendo trabalhos de arte manual, jardinando, nadando, etc. Importa o movimento, pois ele facilita a liberação do nosso espírito criativo.
Prece
Meditar é ouvir o que diz o nosso inconsciente. Orar também é uma forma de falar diretamente com ele. E isso significa falar com Deus por que Ele está em nosso inconsciente. Em nossa consciência está o que pensamos que Ele falou e nem sempre sabemos interpretamos essas mensagens de modo correto. Há três tipos de oração: a de pedir, de venerar e a de agradecer. A de pedir é quase sempre uma prece dirigida, formulada pela consciência, pois se refere a um objeto definido e específico que temos em mente. É um desejo ou uma aspiração que queremos ver realizada, ou que já se realizou. A prece não dirigida não visa um resultado específico. Ela é um pedido para que o inconsciente (ou a divindade) nos ofereça uma orientação. O Pai Nosso dos cristãos é uma prece não dirigida, pois embora haja um conteúdo específico na sua formulação – o pão nosso de cada dia – ela deixa a forma e o quantum de atendimento para a decisão da divindade. (seja feita a tua vontade).
Busca de visões
Jung acreditava que o nosso arquétipo Visionário pode ser acessado com mais facilidade quando nos entregamos a atividades lúdicas ou infantis. Construir castelos de areia, casinhas, brincar com coisas que nos façam regredir aos nossos “eus” anteriores é uma boa maneira de fazer isso. Uma de suas práticas terapêuticas era fazer o cliente regressar aos primeiros anos da sua infância para recuperar a criança que havia dentro dele. Nos anos sessenta a cultura hippie cultivou a prática de viver o máximo possível junto à natureza, na tentativa de recuperar a inocência e a criatividade que eles achavam que o ser humano havia perdido com seu exagerado amor pela tecnologia, pela lógica e pela materialidade. Hoje, os campings, as caminhadas na mata, os retiros solitários no campo e nas praias desertas, os passeios por lugares inóspitos, etc. são muito eficientes para abrir o acesso ao nosso arquétipo Visionário.
3-O VISIONÁRIO E SUAS RELAÇÕES COM A NATUREZA.
A direção atribuída ao Visionário é o Leste, por ser ali a morada do sol nascente. Lá, segundo as tradições xamânicas, foram geradas também as criaturas do deserto, as serpentes, os lagartos (criaturas sem pernas) e as tartarugas, que são os seus animais de poder. Assim, é para o Leste que devemos nos voltar quando estivermos em busca de visões, sonhos, intuições, orientação espiritual. A estação do Visionário é o verão, pois esta é a estação em que a natureza atinge o seu apogeu. Seu elemento é o fogo.
4- SOMBRA E PERSONA
Como todos os arquétipos anteriores, o Visionário também tem o seu lado sombra. O sombra do Visionário se manifesta pela autonegação de si mesmo, através dos mecanismos do falso eu, da abnegação e a projeção nos outros.
O falso eu manifesta-se pelo ato de fingir, ou tentar mostrar o que não somos. É apresentar uma falsa fachada quando a nossa personalidade está a exigir uma atitude inequívoca.
A abnegação é quando renunciamos a ser nós mesmos em função de um interesse qualquer. Por amor, para evitar conflito, para manter equilíbrio, para obter aprovação e aceitação de alguém. Há ocasiões em que a abnegação é necessária, mas quando esse aspecto começa a ser predominante em nós, é sinal que o nosso Visionário está sendo dominado pelo seu lado sombra. Isso é fraqueza de coração, é não ter coragem de mostrar quem realmente somos e o que queremos. Quando isso acontece ocorre a negação total do Eu e ninguém pode ser feliz na obscuridade.
Projeção acontece quando refletimos aspectos de nós mesmos nos outros, aspectos que não queremos admitir em nós mesmos, ou com os quais não estamos sabendo trabalhar. Há cinco estágios numa projeção, que são:
a- Idolatria: tendência a idealizar em outras pessoas as qualidades que achamos que não temos. Vemos as pessoas, não como elas são, mas como queremos que sejam.
b- Deslocamento : O nosso ídolo pode ter pés de barro, mas nós racionalizamos o defeito por que o que queremos é, na verdade, encontrar uma justificativa para uma possível deficiência nossa.
c- Desprendimento : O ídolo desmorona. Não encontramos mais nenhuma justificativa para continuar idolatrando a pessoa. Raiva, desapontamento, critica, condenação é o que sobra da idolatria anterior. Nesse estágio, ou procuramos outra pessoa para idolatrar ou entendemos que na verdade estávamos nos projetando-nos no outro.
d- Reconhecimento. Ao entendermos que estávamos nos projetando no outro, passamos para o estágio do reconhecimento. Ao reconhecer que estávamos projetando nos outros os nossos próprios aspectos indesejáveis adquirimos capacidade para lidar com eles de forma objetiva. Não haverá mais ídolos para projetarmos as nossas qualidades nem demônios de quem precisamos fugir. Só restam em nosso inconsciente pessoas muito hábeis e outras não tão hábeis. Só pessoas dignas de admiração e outras não tão dignas. Dessa forma reconhecemos e convivemos melhor com elas e conosco mesmos.
Aspectos Sombra e Persona do Visionário.
1. Persona: o aspecto que transparece no comportamento habitual do individuo. É a manifestação inconsciente do Arquétipo Visionário, que se incorpora ao seu comportamento social.
2. Sombra: o aspecto inconsciente do Arquétipo do Visionário que geralmente é escondido no comportamento social do individuo, mas que se manifesta quando ele não está exposto aos olhos da sociedade.
Sombra
Não brinca nem tem senso de humor
É aferrado aos seus pontos de vista. É taciturno e introspectivo
Odeia ser tachado de infantil
Aferrado a regras e convenções sociais
Aferrado a rotinas e protocolos
Não confia em intuição
Persona
Gosta de brincar e tem senso de humor
Tem flexibilidade de opiniões
Gosta de rir, cantar e dançar
Ama o que lúdico, divertido
Admite uma boa dose de irreverência
É flexível e adapta-se com facilidade a
mudanças
É intuitivo e crê em inspiração
5 - ACESSO AO ARQUÉTIPO DO VISIONÁRIO
1- Forma principal de acesso: caminhando
Outras formas de acesso: cozinhando, correndo, nadando, dançando, dirigindo, fazendo algum tipo de trabalho manual, jardinando. Toda ação que promove movimento pode ser uma boa forma de acessar o Visionário, desde que sua mente esteja relaxada e a ação esteja sendo praticada como forma de lazer.
2- Prática de acesso
a) Procure lembrar-se de seus sonhos e registre-os em um diário sem procurar interpretá-los.
b) Exercite dizer sempre a verdade sem julgar, criticar ou culpar. Anote com quem, onde e quando isso lhe parece mais fácil ou difícil.
c) Cante, dance e brinque pelo menos meia hora todo dia. Se puder, crie suas próprias canções de poder.(canções de poder são aquelas que lhe fazem sentir-se bem, que levam a acessar estados de excitação e prazer, propícios á geração ideias criativas.)
d) Em cada estação do ano reveja seus objetivos e as crenças que dão suporte ao seu ideal de vida.
e) Duas vezes por ano tire pelo menos um dia para ficar sozinho, em contato com a natureza, sem fazer nada, apenas refletindo e divagando.
f) Faça uma prece diária pelas outras pessoas,
g) Reserve pelo menos dez minutos diários para ficar em silêncio e ouvir a sua intuição.
h) Mantenha seus sentidos atentos para as suas fontes de intuição. O que parece lhe tornar mais intuitivo (a) e criativo (a)?
6- EXERCÍCIOS DE ACESSO AO VISIONÁRIO
Exercício 1- 15 minutos
Caminhe sozinho (a) durante uns quinze minutos. Enquanto caminha, responda para você mesmo as perguntas abaixo.
i. Qual é sua capacidade de dizer a verdade sem julgar nem culpar? Quando é que isso acontece?
ii. Com quem você se sente mais à vontade para agir dessa forma? Quem o inibe de agir assim?
iii. Quando, onde e com quem você se aparentando o que não é? (o falso eu). E quando e por que você foi abnegado (a)? Quando deixou que seus interesses, ou do seu grupo, fossem prejudicados por medo de ser criticado (a) ou perder o amor ou a amizade de alguém?
iv. Onde, quando e com quem você já praticou projeção?
v. Quais as suas músicas prediletas de agora? Quais as músicas prediletas da sua infância? Alguma vez já criou uma música original? Como era ela?.
vi. O que mais você gostava de fazer aos dez anos de idade em termos de brincadeiras? Você conseguia ficar horas brincando sozinho (a)?
vii. Quando foi que você deu vazão a toda a sua criatividade? Em que situações isso acontece com mais frequência?
viii. O que é que lhe faz rir de verdade? O que é engraçado para você? Quando você faz alguém rir de verdade? Como isso acontece?
ix. Que experiências místicas já teve em sua vida? Como foram essas experiências? Como foi que que você se sentiu em relação a essas experiências?
x. Que rumos espirituais você está dando à sua vida? Que tipo de experiências espirituais você gostaria de ter e em que tipo de trabalho humanitário gostaria de se engajar? (Se ainda não está engajado (a) em algum, pergunte-se o que o (a) impede de fazer isso?)
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Nota: os exercícios práticos só podem ser feitos com orientação de instrutor. São exercicios(rituais) desenvolvidos pela PNL para acesso do arquétipo criativo, do tipo Padrão de Criatividade Disney, Ancoragem de Recursos, Linha Temporal. etc.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 05/11/2010
Alterado em 06/11/2010