CÓDIGOS DE VIDA
MANUAL DE LIDERANÇA E QUALIDADE DE VIDA
SUMÁRIO
Códigos de Vida 7
Introdução 8
CAPITULO I
A TEORIA
A teoria 11
Pressupostos fundamentais 12
A tradição xamânica 13
Pressupostos da PNL 13
O que é um arquétipo 16
CAPÍTULO II
ESPÍRITOS DA NATUREZA
Espíritos da Natureza 21
Antropologia dos arquétipos 22
O Caminho Quádruplo 28
O Espírito da luta 29
O Espírito da cura 30
O Espírito do Sonho 31
O Espírito da Sabedoria 33
Simbolismo 34
CAPÍTULO III
O GUERREIRO
O Guerreiro 36
Características do Guerreiro 38
As virtudes do Guerreiro 40
Os três pressupostos do Guerreiro 43
Os três poderes do Guerreiro 44
Ferramentas de poder do Guerreiro 45
Relação com a natureza 46
Sombra e Persona 47
Os três vícios do Guerreiro 50
Acesso ao Guerreiro Interior 52
Liderança guerreira 52
O Guerreiro Equilibrado 53
Acesso ao Guerreiro Interior 53
Exercício de Acesso 54
CAPÍTULO IV
O CURADOR
O Curador 61
Características do Curador 65
O Coração do Curador 66
Os seis tipos de amor universal 68
Os nove princípios de cura 67
Bálsamos universais de cura 69
Relação com a natureza 71
Sombra e Persona 72
Os quatro vícios do Curador 74
O Líder Curador 74
Acesso ao Curador interno 76
Exercícios de acesso 79
CAPÍTULO V
O VISIONÁRIO
O Visionário 83
Características do Visionário 85
Verdade sem culpa 87
Propósito e Missão de Vida 89
Os dois vícios do Visionário 90
Ferramentas de poder do Visionário 91
Relações com a natureza 95
Sombra e Persona 96
O Líder Visionário 98
O Visionário Equilibrado 98
Acesso ao Visionário interno 100
Exercício de Acesso 100
CAPÍTULO VI
O MESTRE
O Mestre 107
Característica do Mestre 108
A Questão do Desapego 108
Os seis tipos de perda 109
Ritualização da perda 111
Espíritos ancestrais 112
Ferramentas de poder do Mestre 113
Relação com a natureza 115
Sombra e Persona 116
Os cinco vícios do Mestre 116
Equilibrando o Mestre 117
Liderança magistral 118
Acesso ao Mestre interior 119
Exercícios de Acesso 120
CAPÍTULOS VII
APÊNDICES
Orações dos Quatro Espíritos 125
Discursos dos Quatro Arquétipos 128
Carta do Chefe Seatle 130
Bibliografia Recomendada 136
CAPÍTULO I
A TEORIA
GERREIRO
Função: Conquistar
Característica :Mostrar-se; Optar por estar sempre presente
LUTAR
Habilidades
Presença
Poder
Liderança
Comunicação
Confiabilidade
Virtudes
Coragem para lutar pelo que acredita estar certo
Congruência entre o que diz e o que faz
CURADOR
Função: Curar
Característica :Prestar atenção ao que tem coração e significado
CURA
Habilidades
Amor
Gratidão
Respeito
Admiração
Reciprocidade
Virtudes
Tratar as pessoas dedicando-lhes amor ao invés de competir com elas.
VISIONÁRIO
Função: Sonhar
Característica :Diz e faz o que pensa sem culpar nem julgar
CRIA
Habilidades
Autenticidade
Intuição
Criatividade
Imaginação
Jovialidade Virtudes
Capacidade de visualizar possibilidades ao invés de dificuldades
MESTRE
Função: saber
Característica :Estar aberto aos resultados e não preso a eles
SABER
Habilidades
Sabedoria
Objetividade
Desapego
Objetividade
Flexibilidade
Virtudes
Aprender com tudo o que lhe acontece e estar sempre disposto a compartilhar o que aprendeu.
Pressuposto fundamental da teoria
O pressuposto fundamental da teoria trabalhada neste livro é o de que a nossa mente mais profunda ― onde está, em toda a sua integridade, a base de dados que informa todas as nossas ações ─ é formada por quatro arquétipos básicos que fornecem as raízes da nossa personalidade. Eles nos inspiram os comportamentos que adotamos face aos desafios que a existência nos coloca. Se somos pacatos ou brigões, proativos ou passivos, resistentes ou frágeis em situações de doenças e dificuldades, conservadores empedernidos ou sonhadores contumazes, calmos e confiantes por habitualidade, ou daqueles que se desesperam em face de qualquer adversidade, tudo isso depende de como trabalhamos os nossos quatro arquétipos fundamentais.
Esses arquétipos são aqui chamados de espírito de luta (guerreiro), espírito de cura (curador), espírito de criação (visionário), espírito de sabedoria (mestre).
Essa teoria foi arquitetada a partir de pesquisas feitas em tradições cultivadas por todos os povos que mantém ligações estreitas com a Mãe Natureza. Sua base é o trabalho desenvolvido pela professora, antropóloga e escritora Angeles Arrien, da Universidade da Califórnia e aplicada com êxito em vários cursos e workshops sobre liderança e aperfeiçoamento pessoal, ministrados por ela nos Estados Unidos e em outros países.
Fundamenta-se, portanto, na sabedoria natural dos povos que tem a natureza como única e verdadeira fonte de sabedoria universal. Essa sabedoria tem sido amiúde confirmada por pesquisas científicas feitas por estudiosos das diversas áreas da psicologia e outras ciências humanas.
Os exercícios constantes deste livro foram desenvolvidos segundo as técnicas da PNL (Programação Neurolinguística), disciplina criada pelos professores Richard Bandler e John Grinder, professores da Universidade de Santa Cruz, Califórnia, nos inícios dos anos setenta.
A Tradição Xamânica
O estudo realizado pela professora Angeles Arrien mostra que esses arquétipos, na verdade, são modelos de comportamento pessoal que assumimos em diferentes momentos da nossa vida. Eles estão consolidados como facetas da personalidade humana e são cultuados na tradição dos povos mais próximos à natureza como “espíritos” que presidem nossas ações em relação aos diversos desafios que a vida nos oferece.
Por isso é que na tradição xamânica essas “entidades” precisam ser normalmente honradas através de preces, rituais e comportamentos, para se manifestarem nos momentos apropriados. Assim é que quando se trata de lutar, o Espírito Guerreiro é invocado através dos ritos próprios; da mesma forma, existem rituais apropriados para chamar o Espírito Curador, o Espírito Visionário e o Espírito Mestre, quando deles se precisa.
Dessa forma, a tradição xamânica busca na própria natureza suas razões de luta, sobrevivência, religiosidade e sabedoria, o que torna sua cultura tão peculiar e digna de respeito, e justifica a revalorização que ela vem encontrando neste limiar do século vinte e um, quando a natureza começa, efetivamente a devolver, na forma de cataclismos e mudanças climáticas, o desrespeito com que a espécie humana a tem tratado.
Na verdade, ela sempre respondeu a esses maus tratos, mas nos últimos tempos, face ás sistemáticas agressões que tem sofrido, ela vem devolvendo esses agravos de uma forma inequívoca e vigorosa, o que nos leva a repensar, com mais carinho e atenção, a nossa relação com ela. Nesse sentido, talvez possamos aprender alguma coisa com os costumes dos povos mais ligados à natureza.
O estudo que nós nos propomos a fazer aqui mostrará também que a tradição xamânica encontra paralelos na moderna psicologia e tem estreitas relações com os pressupostos da Programação Neurolinguística, razão pela qual nós desenvolvemos este trabalho de integração entre essas duas disciplinas, já que ambas tem suas raízes no inconsciente coletivo da humanidade e compartilham praticamente da mesma linguagem, que é aquela que se escreve com símbolos, posturas, rituais e comportamentos.
Os pressupostos da PNL
A PNL – Programação Neurolinguística – é um conjunto de técnicas que tem como objetivo a pesquisa sistemática da experiência subjetiva humana, com o propósito de identificar e mapear os processos segundo os quais ela é construída dentro da nossa mente. Isso pressupõe que todo comportamento tem um “programa” que o alimenta. Como é construído esse programa? Como é que aprendemos a fazer as coisas? Como é que adquirimos habilidades e hábitos? Como é que adquirimos determinadas competências? O que nos leva a níveis excelentes de desempenho em algumas coisas e nos mantém em níveis medíocres em outras?
Estudando essas questões, os professores Richard Bandler e John Grinder, o primeiro um psicoterapeuta com estudos avançados em informática e o segundo professor de lingüística, ambos trabalhando na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, desenvolveram um interessante método de estudo e aplicação das habilidades humanas. Eles estudaram a forma de atuar de alguns profissionais muito competentes, muito hábeis em suas profissões, e descobriram que havia um padrão nesses comportamentos que podia ser aprendido. Chamaram a esse aprendizado de Modelagem, e a partir da descrição desse modelo criaram a PNL, sigla da disciplina hoje conhecida como Programação Neurolinguística.
Nesse sentido acabaram transformando uma prática filosófica ─ o pensamento positivo ― que antes era tratada apenas empiricamente, numa interessante forma de investigar como se geram comportamentos eficientes e melhor que isso, como se pode ensiná-los ás pessoas.
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Ainda com fulcro nas descobertas realizadas em seus estudos junto a esses profissionais, Bandler e Grinder verificaram que a mente humana é capaz de registrar a totalidade das informações recebidas pelos sentidos, mas só utiliza uma pequena parte delas para formatar o conhecimento que temos do mundo.
Isso significa que ela suprime uma grande parcela da informação que os sentidos enviam ao cérebro, razão pela qual há sempre uma defasagem entre o mundo real e o que pensamos a respeito dele. Essa defasagem ocorre em razão da incapacidade que a nossa linguagem tem para representar para nós mesmos a experiência, tal qual ela ocorre na realidade.
A partir dessa descoberta, eles deduziram que a mente humana funciona como se fosse uma espécie de biocomputador, que é programado pelos resumos que ela faz das experiências vividas pelo organismo. Esses resumos são semelhantes a programas de computador, ou seja, são “mapas” que ela elabora para orientar as respostas que damos ao mundo.
Quer dizer, a mente recebe a informação completa, mas só utiliza uma parte dela para desenhar o seu “mapa” de sabedoria. Dai o famoso axioma de Korzibsky “o mapa não é o território”, o que significa que o conhecimento racional que temos do mundo nunca é completo porque a mente consciente perde partes importantes da informação quando ela as processa e transforma em conhecimento.
Isso significa que tornar o nosso “mapa” do mundo mais real e completo, nós precisamos ampliar a nossa visão, a nossa audição e nosso sentimento do mundo, que é o mesmo que melhorar a nossa capacidade de recepção de informações; e ao mesmo tempo aprender a recuperar as parcelas perdidas da informação através do enriquecimento dos nossos modelos lingüísticos. Por isso a PNL desenvolveu modelos de linguagem apropriados, que se destinam a recompor as omissões, as generalizações e os cancelamentos que a mente faz quando ela transpõe para a mente racional a informação recebida pelos sentidos. Daí o nome dado á disciplina: Programação Neurolinguística.
Isso tudo implica numa melhor utilização dos nossos sentidos externos e internos, os primeiros para aprender a captar a informação com qualidade e os segundos para representá-la em nossas mentes com bastante acuidade.
A idéia que está embutida nesse processo sugere que se soubermos trabalhar adequadamente as informações que a mente recebe, poderemos modificar a nossa forma de ver o mundo e formatar “programas” capazes de nos dar respostas mais compatíveis com as situações que vivemos no mundo real. Então poderemos aprender mais e executar melhor as habilidades que nos são ensinadas, o que significa uma aprendizagem mais eficiente; poderemos também nos comunicar melhor com as pessoas, pois teremos adquirido a competência de viajar com mais conhecimento dentro do “mapa interno” delas; e finalmente seremos capazes de viver com mais qualidade as nossas próprias vidas porque então teremos adquirido as ferramentas necessárias para desenvolver estratégias mais adequadas para enfrentar os problemas que a vida nos coloca.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 01/03/2011