Teu nome recupero, escrito num velho muro,
Dentro de um coração, sem arte, rabiscado.
Mas é nessa âncora que afinal eu asseguro,
A referência fundamental do meu passado;
Que espero nunca ter passado de verdade,
Por que dentro do meu coração guardado,
Esta experiência da mais completa felicidade,
Ainda é sonho que simplesmente foi adiado.
Como aquele tronco, agora velho e ressequido
Do antigo pessegueiro que parece adormecido
O nosso amor, no inverno da vida se recolheu;
Mas por um tempo só, ainda que não medido,
Que jamais será eterno, nem sequer definitivo,
Pois não fraquejou, não diminuiu e não morreu.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 13/06/2011