Lixo entra, lixo sai
Nossa capacidade de resposta é uma conseqüência direta das crenças, valores e critérios que compõem o mundo que temos em nossas mentes. E estes, por sua vez, são o resultado da maneira como nós representamos, para nós mesmos, as informações que recebemos. Se você se habituar a representar em sua mente um mundo de coisas erradas, falhas e fracassos, tudo o que você terá para acessar serão imagens de barreiras e dificuldades. Se aprender a representar um mundo de ações que atingiram os resultados desejados, ela aprenderá a acessar oportunidades.
A mente funciona assim. Lixo entra, lixo sai; entre com informações relativas a dificuldades e ela representará para você todo tipo de barreiras; entre com informações que se refiram a oportunidades e ela representará para você todos os tipos de caminhos que ela puder compor.
Esse é o circuito sistêmico de feedback que alimenta a nossa atividade neurológica. Você nunca viu pessoas que parecem “habituadas ao fracasso?” Aposto que já. Para elas nada parece dar certo, nada está bom, nada tem possibilidade de êxito. Muitas vezes, deixam de fazer as coisas com medo de fracassar. Encasulam-se em si mesmas, evitam qualquer envolvimento com as coisas mais difíceis, permanecem sempre na defensiva, temem tanto o mau resultado, que nem pensam que não obter resultado nenhum é, na verdade, o pior de todos os resultados! Se você quiser fazer uma experiência interessante com esse tipo de pessoa, faça o seguinte: peça-lhes que imaginem alguma coisa, projetem algum sonho, ou mesmo um objetivo que gostariam de alcançar. Depois pergunte- lhes de que cor é essa cena, como ela é em termos visuais, sonoros e cinestésicos. Pela resposta dela você compreenderá por que se costuma dizer que o mundo de algumas pessoas é negro, opaco, embaçado, silencioso, insípido, inodoro etc., enquanto que o de outras é colorido, brilhante, nítido, próximo, cheio de luz e de sons, perfumado, saboroso, etc.
Das pessoas que parecem estar habituadas ao sucesso, costuma-se dizer que “têm sorte na vida”. Mas se você quer saber que tipo de sorte elas tem, procure descobrir como elas pensam. Se você se acha uma pessoa sem sorte, esteja certo de uma coisa: você não pensa como elas, não acredita nas mesmas coisas, não comunga de visões semelhantes às delas, não compartilha de iguais crenças nem julga o mundo pelos mesmos valores. As submodalidades com as quais você constrói seu mundo interno não são as mesmas com as quais elas constroem seus pensamentos e sentimentos. Com uma estrutura neurológica dessa não pode mesmo pretender ter resultados semelhantes.
É bom repetir: o resultado, bom ou ruim, da resposta dada, é função das escolhas que nós fazemos. E essas escolhas dependem da forma como nós estruturamos o nosso “mapa” interno, ou seja, como representamos para nós mesmos o mundo em que vivemos. Pense bem: como é que o mundo aparece na sua cabeça? Ele lhe parece um lugar cheio de perigos, um campo semeado de armadilhas, emboscadas, traições? Ele se assemelha a um mar de lágrimas, um balcão de desespero, onde as pessoas brigam para obter um lugar onde encostar o umbigo e ouvir um não? O seu mundo se parece com um saguão de repartição pública, cheios de gente nervosa, irritada, impaciente? Você acha que a maioria das pessoas que você conhece é traiçoeira, falsa, mentirosa, egoísta, preguiçosa, corrupta, indigna de confiança?
Se for essa a representação interna que você faz do mundo e das pessoas que nele vivem, então que tipo de orientação você acha que o seu sistema neurológico vai lhe inspirar para responder aos desafios da vida? Eu lhe digo: medo, desconfiança, insegurança, egoísmo, mágoa, mau humor, estresse, desconforto, pois que esses são os estados reflexos dessas representações. Se, por outro lado, você se acostumar a representar o mundo como um lugar de oportunidades, onde pode realizar os seus sonhos e conviver com pessoas boas, honestas, solidárias, solícitas, respeitosas, então, com certeza, seus sentimentos a respeito serão de coragem, segurança, entusiasmo, esperança, alegria, solidariedade, etc.
Pense nisso e comece por imaginar um mundo diferente desse que você vive, se por acaso não estiver gostando dele.
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DO LIVRO- Á PROCURA DA MELHOR RESPOSTA- ED.BIBLIOTECA 24X7- SÃO PAULO-2009
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 17/12/2011