O VISIONÁRIO
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Princípio Orientador
Dizer a verdade sem culpar nem julgar
Habilidades
Autenticidade
Intuição
Criatividade
Imaginação
Jovialidade
Modo de agir
Capacidade de visualizar possibilidades ao invés de deter-se nas dificuldades.
FRASE DE ANCORAGEM
“Em verdade vos digo, que se não vos tornardes como crianças não entrareis no reino dos Céus. Pois aquele que se tornar humilde como esta pequena criança, essa será a maior no reino dos Céus.” Mateus XVIII, 3:4
O cérebro humano é o útero do mundo. Não existe realização que não tenha sido engendrada nessa maravilhosa incubadora natural que Deus colocou dentro de nossa cabeça.
A imaginação é a semente de toda realização. Alimentada pelos adubos da coragem, regada pelas águas da determinação, podada e protegida contra as pragas do desânimo, da preguiça, do medo e da irresponsabilidade, a semente se torna planta, cresce e produz os frutos do sucesso, na medida certa e desejada por nós.
Nossas idéias são visões internas de um Porvir. São imagens de uma realidade que ainda não se manifestou no mundo dos fatos, ou seja, retratos de ações ainda não encetadas.
Por isso, jamais devemos temer os frutos da nossa imaginação. Ao contrário, devemos dar a eles a chance de se tornarem verdadeiros projetos.
A parte da mente que é responsável pelas nossas grandes idéias é aquela que nós chamamos de Espírito Visionário. Todos os insighs, iluminações, as „eurekas” que fazem os gênios e os homens de sucesso são inspiradas por esse Espírito.
O Visionário tem a sua estrutura alicerçada nas duas faces da mente : a inconsciente e a consciente. Por isso, costumamos dizer que o Sucesso tem duas mães. Uma que pare, outra que cria. A que pare é a mente inconsciente. A que cria é a mente consciente. Isso porque enquanto a mente inconsciente gera, a mente consciente organiza, revisa e transforma a idéia num plano exeqüível e prático. Uma não realiza nada sem a outra. Por isso, a razão deve andar de braços dados com a imaginação. O arquétipo Visionário sabe disso e não negligencia nenhuma dessas duas condições.
Todos os planos, as arquiteturas mentais, os raciocínios ― o manancial da inteligência humana ― de início, são projeções da mente inconsciente. Isso quer dizer que quimeras, fantasias, sonhos, são feitos da mesma matéria prima que os produtos da nossa mente consciente.
Para a mente inconsciente as coisas que imaginamos são tão reais quanto os raciocínios e as vivências externas que o organismo experimenta diariamente. Ela simplesmente não distingue o que são fantasias ou verdades já comprovadas pela mente racional.
Afinal de contas, são os mesmos neurônios que processam umas e outras. Por isso, o que acontece dentro de nós é tão importante quanto o que se passa na vida real, pois é no interior da mente que as batalhas da vida começam a ser ganhas e não apenas nas ações do dia a dia.
Estados internos ricos de recursos podem ser canalizados através da nossa capacidade de imaginação. Afinal, tudo que faze-mos na vida tem como objetivo alcançar um estado interno agradável, o mais próximo possível do ideal. A felicidade, nesse sentido, pode ser entendida como um estado físico e mental no qual nós nos sentimos um Ser no nível mais alto do seu desempenho.
Da mesma forma que nos modelos mentais que adotamos estão traçados os caminhos que podem levar uma pessoa ao mais terrível destino, o mapa do tesouro e a estrada da felicidade nele também estão assinalados. Por isso, é sempre bom ter cuidado com os nossos sonhos. Devemos dar-lhes a devida importância, pois eles podem se transformar em realidade quer a gente queira ou não. De repente, nós podemos sonhar tanto com determinada coisa que a nossa mente acaba transformando o sonho em um plano ou um objetivo que precisa ser alcançado. Ela interpreta esse sonho como um desejo, uma necessidade do organismo. É assim que saímos correndo atrás de uma miragem, de uma quimera, de uma utopia.
Mas também pode ser real. Nós só saberemos o quanto as coisas que sonhamos podem ser reais se tentarmos alcançá-las. Como bem observam Bandler e Grinder, a diferença entre um indivíduo normal e um esquizofrênico é que o primeiro tem uma estratégia para diferenciar o que é real e o que não é, e o segundo não. Da mesma forma, a diferença entre uma pessoa bem sucedida na vida e outra que não é, está exatamente nas estratégias que uma e outra se utilizam para realizar os sonhos que têm.
Há outra coisa interessante em tudo isso: normalmente aquilo que nós sonhamos, ou desejamos ardentemente, acaba se tornando um comando para a nossa mente inconsciente. E ela ordena aos nossos nervos e músculos que cumpram esses comandos. Quando não os obedecemos, por falta de coragem ou por não acreditam que eles possam ser realizados, ou mesmo falhamos em realizá-los, em razão das nossas limitações, o que sobra dessa expe-riência é estresse, frustração, sentimento de culpa ou outro desequilíbrio psicológico qualquer que sempre acaba nos causando alguma moléstia.
O responsável pelos nossos sonhos é o nosso Espírito Visionário. Ele existe justamente para isso: para produzir idéias. Para gerar a essência que formata o nosso Eu. Respeite-o e ele será o seu mais leal e firme aliado. Despreze-o e ele fará de você um indi-víduo povoado de tristeza, frustração e insatisfação. Nos textos que se seguem vamos mostrar como se constitui a estrutura desse arquétipo, como ele se comporta socialmente e também sugerir algumas técnicas para acessá-lo com mais eficiência e qualidade.
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CÓDIGOS DA VIDA- CLUBE DOS AUTORES- 2011
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 27/06/2012