João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


Características do Visionário

Como os demais arquétipos, o Visionário também apresenta características que são reconhecíveis como elementares do tipo: essas características são a autenticidade, a intuição, a criatividade, a imaginação e a jovialidade.

Ser autêntico é lembrar-se de quem somos, é respeitar a própria personalidade. Falar a verdade não quer dizer impor um ponto de vista nem significa saber algo que outra pessoa não sabe. Signi-fica, sim, dizer o que pensamos e sentimos sem querer obrigar os outros a pensar e sentir da mesma maneira. O Visionário sabe que a verdade é relativa e que pode ficar sozinho em sua visão se insis-tir nela contra a verdade dos fatos e a opinião já cristalizada dos outros. Ele expõe o que pensa e sente acerca das informações que lhe chegam, mas sabe que a sua opinião é apenas isso: mera opinião.
A verdade é aquela que se cristaliza em resultados. É o comportamento que promove felicidade. É a ação cujo resultado satisfaz a maioria das pessoas envolvidas. Fora disso são visões particulares, preconceitos, idiossincrasias que são reflexos do nosso ego-centrismo e não imagens geradas a partir de informações sólidas e confirmadas.
Ser intuitivo é ter disposição para consultar suas visões interiores e respeitar as visões alheias. Isso mostra a presença de uma aguda inteligência emocional, uma vez que revela aceitação e apre-ço pelo mundo interior próprio e alheio. Essa disposição também é fundamental para o estabelecimento de um bom rapport, que é condição necessária para o estabelecimento de uma boa e frutífera comunicação.(1)

Criatividade, aqui é a visualização interna de soluções para os problemas que a vida nos coloca. Provém de uma mente livre de preconceitos, atavismos e padrões rígidos de julgamento. Em outras palavras, trata-se de uma mente acostumada a exercer flexibilidade. Isso só acontece quando deixamos o nosso arquétipo Visio-nário vagar livremente pelo território das possibilidades sem colocar barreiras de impossibilidades às suas visões. Deixá-lo sonhar à no exercício da criatividade.(2)

Imaginação é conseqüência dessa liberdade concedida ao arquétipo Visionário para sonhar. Imaginar, aqui, é usado no sentido de criarmos imagens mentais das possibilidades, figurando-as como idéias, filmes, estórias, personagens, exeqüíveis ou não, porém sempre buscando dar solução a um problema real. Trata-se, outrossim, de fazer representações mentais da imaginação, como se elas fossem retratos da realidade. Nesse sentido, é como a nossa mente fosse uma prancheta de desenhista de figuras de desenho animado. Tudo pode, tudo vale. Nada é proibido, nada deve ser descartado por inverossímil ou impossível.
Tudo isso resulta num impressionante estado de jovialidade. Pode-se dizer que o nosso arquétipo Visionário nunca envelhece. Se lhe damos liberdade para criar, ele se conserva uma eterna criança, sonhando e produzindo criativas soluções para a nossa vida. Esse é o segredo das pessoas que parecem conservar pela vida toda um eterno estado de motivação e entusiasmo. Elas estão sempre ativas, sempre buscando novos caminhos. A fonte da juventude, (3)

Rapport é a palavra francesa que significa sintonia. Estabelecer rapport é entrar em sintonia com a pessoa com quem estamos nos comunicando. (4 ) Nos treinamentos de PNL é comum a execução de um exercício chamado Padrão Disney de criatividade. É um exercício desenvolvido a partir dos hábitos de trabalho do famoso desenhista e diretor de cinema Walt Disney, onde ele assumia quatro posturas diferentes para realizar um trabalho.nesse caso está dentro da nossa própria mente e ela se revela na nossa capacidade de sonhar.

Verdade sem culpa
O Visionário é o primeiro arquétipo que se manifesta em nós. É a criança, o sonhador, o mágico, o artista, enfim tudo aquilo que tem a ver com o sonho, a quimera, a possibilidade que normalmente não é vislumbrada com facilidade. Por isso ele é sinônimo de liberdade, intuição, autenticidade, criatividade e jovialidade.
A principal característica do Visionário é dizer a verdade sem julgar nem culpar. Nessa qualidade está a sua autenticidade.
Dizer a verdade sem julgar nem culpar não significa dizer que nós temos a verdade. Que nós sabemos o que é certo e os outros estão errados.
A verdade não é propriedade de ninguém. Autenticidade significa sermos sábios o suficiente para expressar o que pensamos e sentimos sem ferir a personalidade alheia. Com essa atitude estaremos compartilhando com os outros o nosso mundo interior sem medo nem constrangimento, da mesma forma que estaremos dividindo a verdade alheia sem a necessidade de aceitá-la ou refutá-la como informação necessariamente verídica ou falsa, mas sim como uma possibilidade que merece ser examinada.
Essa é a forma correta de honrar as quatro maneiras de ver, que a nossa mente utiliza para se comunicar com o mundo: Intuição, percepção, discernimento e visão exterior.

Intuição significa correspondência com o mundo exterior do outro. Em PNL é praticar acompanhamento.
Percepção é procurar ficar na mesma freqüência do outro. É praticar Rapport.
Discernimento é saber interpretar corretamente a mensagem que vem do outro. É saber contextualizar.
Visão exterior é saber usar todos os sentidos para captar a informação que o outro nos está transmitindo. É saber recepcionar.

Dizer a verdade, aqui, é operar além dos conceitos de certo e errado. É ter coragem, em qualquer situação, para dizer como nós pensamos ou nos sentimos em relação a qualquer assunto e explicitar o que entendemos acerca das informações que recebemos.
Uma forma eficiente de fazer isso é expressar sempre o nos-so pensamento evitando usar quantificadores universais, ope-radores modais de necessidade e comparações ou então, quando na presença de um desses modelos de linguagem, saber desafiar as suas proposições.
 Quantificadores universais são conceitos expressos por pala-vras que denotam generalizações e omissões de sujeito ou verbo. Ex: O mundo está perdido. Os artistas são depravados. (5)
Desafiar o modelo lingüístico é fazer perguntas-desafio, cujas respostas levam a pessoa a pensar em contra exemplos para o modelo limitante de pensamento que ela está expressando. Exemplos:
De generalização: Se alguém diz: “todos os artistas são depravados”, a pergunta desafio é: Você não sabe de nenhum que não seja?
Se a frase contiver uma omissão de sujeito como: “O mundo está perdido”, a pergunta-desafio pode ser: “Quem disse is-so? Como ele sabe disso?
Comparações são conceitos expressos pelas palavras melhor, pior, mais, menos, mal, bem, etc. Exemplos: Se alguém diz: “O chefe organizou mal a reunião.” A pergunta-desafio pode ser: mal em comparação com quem? (6) Essas são proposições opinativas. Se as aceitarmos como verdades absolutas instalamos em nossas mentes crenças limitadoras.
“Antônio é mais qualificado para esse trabalho.” Pergunta-desafio: comparado com quem?(7)
 Operadores modais de necessidade são conceitos expressos pelas palavras pode, deve, tem que, não pode, não deve, não tem que: Ex: Mulheres podem (ou não podem) ser delicadas, homens não (ou sim). Você tem (ou não tem) que ser mais atencioso com as pessoas. Fulana (o) devia (ou não devia) ser mais educada (o). A pergunta desafio deve evocar um contra exemplo da informação que está sendo veiculada.
Exemplo: Mulheres devem ser delicadas.
Pergunta desafio: O que aconteceria se não fossem? (8)
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Notas:

1.Rapport é a palavra francesa que significa sintonia. Estabelecer rapport é entrar em sintonia com a pessoa com quem estamos nos comunicando.
2. Nos treinamentos de PNL é comum a execução de um exercício chamado Padrão Disney de criatividade. É um exercício desenvolvido a partir dos hábitos de trabalho do famoso desenhista e diretor de cinema Walt Disney, onde ele assumia quatro posturas diferentes para realizar um trabalho. 
3.
"Quem passou pela vida em branca nuvem/ E em plácido repouso ador-meceu/ Quem não sentiu o frio da desgraça/ Quem passou pela vida e não sofreu/ Não foi homem, foi espectro de homem/ Só passou pela vida, não viveu." Francisco Otaviano
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 30/06/2012


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