Deus criou a Justiça
Os homens inventaram o Direito.
Os dois deveriam se casar
E se tornar um par perfeito.
A Justiça era uma mulher piedosa
E pensava com o coração,
Mas o Direito era um homem austero
E só dava ouvidos á Razão.
A Justiça buscava ver quase tudo
O Direito só via o que estava perto.
Ela queria fazer pessoas felizes
Ele queria somente estar certo.
Como todo filho do homem
O Direito foi um dia “educado”,
E passou a servir a quem manda
Deixando a Justiça de lado.
A desprezada esposa Justiça,
Do Direito hoje está divorciada.
Aborrecida, de nome trocou,
Filosofia ela hoje é chamada.
O Direito também mudou de nome
Lei é o nome que ele adotou.
Ele não tem coração nem entranhas
Pois só faz o que quem manda ditou.
Hoje o Direito é um produto,
Que se compra nos tribunais
Mas a Justiça sobrevive altaneira
No coração de quem tem ideais.
O Direito é mortal como os homens,
A Justiça tem o dom da imortalidade.
O Direito morre com quem o ditou
A Justiça vive por toda a eternidade.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 01/02/2013
Alterado em 03/02/2013