A MADRUGADA EM HAICAIS
Noite, solidão
Uma janela aberta
Observando.
Vento que sopra
Pura melancolia
Madrugando.
Gotas de chuva
Lágrimas de estrela
Virgem chorando.
Névoa lá fora
Suor de terra molhada
Evaporando.
Raios na noite
Flamejantes espadas
Dilacerando.
As ruas desertas
Prostitutas exaustas
Descansando.
O dia já chega
Sua luz vem na frente
Anunciando.
Em noites assim
Meu coração não bate
‘tá apanhando.
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João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 08/02/2013