O HOMEM DE NAZARÉ
Há muito tempo atrás, um rapaz
Com pouco mais de trinta anos,
Mas na cabeça muitos planos,
Subiu numa colina, e lá em cima
Como se fosse um professor
Começou a falar de amor.
Uma enorme multidão, no chão,
Se sentou somente para ouvi-lo;
E ele disse justamente aquilo
Que todo mundo queria ouvir, e sentir;
Ou seja, num mundo de dor e ilusão
Como se pode manter contente o coração.
Mas havia naquela terra, uma guerra,
Entre homens que queriam a liberdade
E homens que defendiam a comodidade.
Os segundos eram os fariseus e os saduceus
Os primeiros eram os essênios e o zelotas,
Estes, no espírito ou na matéria,eram patriotas.
Os primeiros queriam lutar, os segundos negociar,
E entre a cruz e a espada o jovem Rabi ficou,
Pois a nenhum grupo ele então se filiou,
Pois o que queria era algo novo, para o povo,
Que não fosse liberdade pela espada conquistada,
Nem a escravidão de uma mente programada.
Mas como todo sonhador, esse pregador,
Da liberdade, igualdade e fraternidade,
Acabou colidindo contra a autoridade;
E como acontece em casos assim, por fim,
O sujeito que para o sistema é um perigo
Geralmente acaba sendo tratado como inimigo.
O jovem professor acabou preso, e indefeso,
Foi julgado e sentenciado á uma triste morte
Sem que ninguém se importasse com sua sorte.
Mas foi esse ato de covardia, que um dia,
Abriu para toda a sofredora humanidade
Uma porta para a verdadeira eternidade.
E hoje quem nele crê, nunca se vê,
Em situação de constrangimento ou dificuldade,
Pois tudo que ele ensinou é a verdade.
Uma vida de verdadeira alegria, todo dia,
É o prêmio para quem nele põe sua fé;
Ele é conhecido como o Homem de Nazaré.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 26/02/2013
Alterado em 10/03/2013