João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


CAPÍTULO I
                                       A TEORIA
GERREIRO
 
Função: Estimular a vontade e a determinação para a luta.  
 
 
Liderança
Principio orientador
 
Estar sempre presente e comprometido com uma causa.
 
 
Virtudes do Guerreiro
 
Honra e respeito
Congruência
Responsabilidade e disciplina
Autoconfiança
 
Os Poderes do Guerreiro
 
Presença
Comunicação
Posicionamento
 
CURADOR
 
 
Função: Conservação da vida e da saúde.
 
 
Saneamento
Princípio Orientador
 
Demonstrar amor e consideração pelas coisas e pessoas
 
Virtudes do Curador
 
Comprometimento
Entrega
Credibilidade
Solidariedade
 
Os Poderes do Curador
 
Equilíbrio

Coragem
 
 
 
VISIONÁRIO
 
 
Função: Estimular o poder criativo da mente.
 
Criação
Principio Orientador
 
Dizer e fazer o que pensa sem culpar  nem julgar
 
Virtudes do Visionário
 
Autenticidade
Ludicidade
Jovialidade
Liberdade
Os Poderes do Visionário
 
Intuição
Percepção
Visão Interior
 
    MESTRE
 
Função: Aprender e ensinar a sabedoria da natureza.
 
Educação
Princípio Orientador
 
Estar aberto aos resultados e não preso a eles
 
Virtudes do Mestre
 
Clareza
Objetividade
Discernimento
Desapego
 
Os Poderes do Mestre
 
Acuidade
Confiança
Flexibilidade
 
 
Pressupostos fundamentais da teoria
 
O pressuposto fundamental da teoria trabalhada neste livro é o de que a nossa mente mais profunda – onde se encontra, em toda a sua integridade – a base de dados que informa todas as nossas ações, tem seus alicerces em quatro arquétipos básicos que fornecem as raízes da nossa personalidade. Esses arquétipos nos inspiram os comportamentos que adotamos em face aos desafios que a vida nos coloca. Assim, se somos pacatos ou brigões, proativos ou passivos, resistentes ou frágeis em situações de doença e dificuldades, conservadores empedernidos ou sonhadores contumazes, calmos e confiantes por habitualidade, ou pessoas que se desesperam em face de qualquer adversidade, tudo isso depende de como trabalhamos esses quatro modelos psicológicos fundamentais que temos dentro da nossa estrutura neurológica.
Esses arquétipos são aqui chamados de Guerreiro, Curador, Visionário e Mestre.
Essa teoria foi arquitetada a partir de pesquisas feitas em tradições cultivadas por todos os povos que mantém ligações estreitas com a Mãe Natureza. Sua base é o trabalho desenvolvido pela professora, antropóloga e escritora Angeles Arrien, e da sua aplicação com êxito em vários cursos e workshops sobre liderança e aperfeiçoamento pessoal, ministrados por ela nos Estados Unidos e em outros países.[1]
Fundamenta-se, portanto, na sabedoria natural dos povos que têm a natureza como única e verdadeira fonte de sabedoria universal. Essa sabedoria, embora empírica, tem sido amiúde confirmada por pesquisas científicas feitas por estudiosos das diversas áreas da psicologia e outras ciências humanas, especialmente as desenvolvidas pelo cientista brasileiro Antonio Damásio e o americano Daniel Goleman, acerca das propriedades e funções das camadas neurais no desenvolvimento dos nossos processos emotivos. Os exercícios constantes deste livro foram desenvolvidos segundo as técnicas da PNL (Programação Neurolinguística), disciplina criada pelos professores Richard Bandler e John Grinder, professores da Universidade de Santa Cruz, Califórnia, nos inícios dos anos setenta.
Esses exercícios são aplicados em nossos treinamentos, onde os princípios da liderança natural são desenvolvidos com base nas teorias aqui demonstradas e nas técnicas da PNL.
 
                     A Tradição Xamânica
 
 O estudo realizado pela professora Angeles Arrien mostra que esses arquétipos, na verdade, são tradições que os povos mais próximos da natureza cultivam. Na cultura desses povos eles são identificados como “espíritos” que presidem as ações humanas nas quatro funções básicas da nossa existência, que são as de lutar, curar, criar e educar.
Na tradição xamânica essas “entidades” precisam ser normalmente honradas através de preces, rituais e comportamentos, para se manifestarem nos momentos apropriados. Assim é que quando se trata de lutar, o espírito da luta é invocado através dos ritos próprios; da mesma forma, existem rituais apropriados para eliciar o espírito da cura, o espírito das visões e o espírito da sabedoria, quando deles se precisa.
     Dessa forma, a tradição dos xamãs busca na própria natureza suas razões de luta, sanidade, criatividade e sabedoria, o que torna sua cultura tão peculiar e digna de respeito. E justifica a revalorização que ela vem encontrando neste limiar do século vinte e um, quando a natureza começa, efetivamente a devolver, na forma de cataclismos e mudanças climáticas, o desrespeito com que a espécie humana a tem tratado.
Na verdade, ela sempre respondeu a esses maus tratos, mas nos últimos tempos, face ás sistemáticas agressões que tem sofrido, ela vem devolvendo esses agravos de forma tão inequívoca e vigorosa, que nos leva a repensar, com mais carinho e atenção, a nossa relação com ela. Nesse sentido, talvez possamos aprender alguma coisa com os costumes dos povos mais ligados à natureza. 
O estudo que nós nos propomos a fazer aqui mostrará também que essa milenar tradição encontra paralelos na moderna psicologia e tem estreitas relações com os pressupostos da Programação Neurolinguística, razão pela qual desenvolvemos este trabalho de integração entre essas duas disciplinas. Entendemos que ambas tem suas raízes no inconsciente coletivo da humanidade e compartilham praticamente da mesma linguagem de profundidade, que é aquela que se escreve com símbo-los, posturas, rituais e comportamentos.
 
  • Linguagem de profundidade é o termo utilizado por Bandler e Grinder para identificar a forma pela qual o inconsciente revela os seus conteúdos. Ele se expressa por meio de uma linguagem verbal (metáforas, símbolos, parábolas) e uma linguagem não verbal (posturas, comportamentos, movimentos de olhos etc.) . A PNL trabalha com a idéia de que a nossa mente é “programada” muito mais por essa linguagem interior do que pela linguagem de superfície( a linguagem cotidiana) pois esta última é limitada pela “censura” feita pela mente racional. Isso quer dizer que os sinais que o nosso organismo emite (cor da pele, suor, franzidos de testa, movimento de olhos, postura corporal, expressões faciais etc.) são informações muito mais completas e verdadeiras sobre o que a pessoa realmente está pensando do que aquelas que são veiculadas pela linguagem verbal.   Já os símbolos são depósitos de informações que a linguagem verbal, muitas vezes, tem dificuldade de traduzir para os códigos usados em nossos alfabetos. Por isso ela os representa na forma de imagens carregadas de sentido, que muitas vezes a mente racional não consegue explicar, mas instintivamente nós sabemos o que significa e por elas somos influenciados. [2]


[1] Angeles Arrien, O Caminho Quádruplo, Ed. Agora, São Paulo, 1997. O conteúdo deste livro resume principalmente as nossas próprias experiências com esse tema, resultante dos treinamentos por nós ministrados em nossos cursos, utilizando os pressupostos dessa teoria e as ferramentas da PNL.
[2] Bandler e Grinder- A Estrutura da Magia- Summus Editorial, 1976 


DO LIVRO "CÓDIGOS DA VIDA"- CLUBE DOS AUTORES-2012
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 18/04/2013
Alterado em 18/04/2013


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