SONETO PARA UMA PAIXÃO PROIBIDA
Pudesse eu por esta minha vida afora,
fazer desta uma noite que não termina
e ver-te como estou te vendo agora,
toda entregue à paixão que nos domina
Eu odeio a claridade que vem vindo
e esse sol que desponta no horizonte.
ela me tira o que tenho de mais lindo,
ele estanca na origem a minha fonte.
Quisera agora me perder no teu olhar
e derramar-me na tua pele por inteiro,
não ser mais eu no contigo misturar.
Se esta for a última vez que te vejo
e este o nosso encontro derradeiro,
que vá contigo também o meu desejo.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 25/04/2013
Alterado em 09/06/2013