João Anatalino

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O GUERREIRO E SUAS RELAÇÕES COM A NATUREZA

Relação com a Natureza
                            
  1. Animais aliados
 
 Invocação de animais protetores. Animal protetor é aquele com o qual o nosso inconsciente se identifica. Ele costuma aparecer em nossos sonhos ou quando estamos em estado de transe. Ele guarda e protege o nosso corpo físico. É o símbolo natural do arquétipo guerreiro. Devemos sempre prestar atenção nessas manifestações do nosso inconsciente. Quando sonhamos demasiadamente com um determinado animal, isso é um sinal de que aquele arquétipo em particular está se manifestando. Ele está sendo estimulado ou oprimido. Significa que o nosso Espírito de Luta está precisando buscar uma postura de equilíbrio.
 Os animais de poder do Guerreiro estão entre as criaturas aladas. São o símbolo da liberdade e do poder de atacar. Não é sem razão que muitos povos costumam representar suas insígnias de poder através de pássaros agressivos como a águia, o falcão, o gavião, etc.[1]
Por isso o Zaratustra de Nietzsche, ao olhar para o céu e ver uma águia carregando no bico uma serpente diz: “são os meus animais.
[2]
  1. Direção e posicionamento
 
     Sua direção é o norte, seu elemento é o ar, sua estação preferida é o inverno. Essas relações são deduzidas a partir do contato do homem com a natureza. Isso quer dizer que existe uma correlação entre esses aspectos naturais e o espírito humano em suas reações. Assim, o espírito Guerreiro está associado com o ar (grandes espaços abertos), com o inverno, no sentido de que ele se manifesta com maior intensidade no frio. Daí as expressões sangue-frio, sangue quente etc., típicas do Guerreiro, uma para incitá-lo à ação, outra que o leva a fazê-la conscientemente. A posição norte se relaciona com a metáfora de um verdadeiro lutador se conservar em pé (simbolicamente sempre com a cabeça para cima, para o norte). Na tradição xamânica, o norte (as alturas, o céu) é também o território das criaturas aladas e a residência do Grande Pai-Céu.
[1] Nos tempos medievais esse também era um símbolo muito amado pelos belicosos senhores feudais, que gostavam de representá-los nos seus escudos e brasões de família. .           
[2] Frederick W. Nietzsche- Assim Falava Zaratustra, Ed.Hemus, 1979

DO LIVRO "CÓDIGOS DA VIDA"- ED. CLUBE DOS AUTORS-2011
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 25/06/2013


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