PNL- AJUSTE DE SENSIBILIDADES
Vivemos no mundo que construímos dentro da nossa cabeça e não no mundo que existe fora dela. Esse pressuposto pode parecer absurdo, mas não é. Na verdade, nós vivemos em um mundo de crenças, valores, padrões e conhecimentos, que condicionam todas as respostas que damos á vida. Todos os nossos comportamentos, todas as nossas palavras, nossos pensamentos são condicionados por esse mundo de informação construído dentro de nossa mente, mundo esse feito de cores, sons e cinestesias, construídas com suas submodalidades.
Já vimos que o efeito que uma determinada experiência de vida tem sobre nós depende das submodalidades que o nosso cérebro escolhe para representá-la em nossas mentes. O quanto de cor, luz, brilho, volume, movimento, suavidade, aspereza, extensão, peso, temperatura, etc., nós colocamos na imagem interna da experiência, são elementos fundamentais para determinar o que sentiremos com respeito á ela. Assim, saber que tipo de sistema de representação sensorial e quais submodalidades nós escolhemos para representar o mundo para nós mesmos é de extrema utilidade para o estabelecimento de uma comunicação eficiente com ele.
Quem nunca ouviu falar de pessoas que só acreditam vendo? E de pessoas que “se emprenham pelos ouvidos”, ou de pessoas que só reagem se forem postas diante da obrigação de agir? Ou de pessoas que não suportam tais cores, ou determinado aroma, ou adoecem ouvindo determinado som ou palavra? Pois é, os “São Tomés” da vida, são pessoas predominantemente visuais, da mesma forma que aqueles que dão enorme importância ao que ouvem são orientados preferencialmente pelo sistema auditivo, ao passo que os cinestésicos precisam de algo “sensível” para se comoverem.
Aprender a distinguir como uma pessoa se orienta na construção dos seus pensamentos e sentimentos é saber o que mais a interessa, no que ela presta mais atenção, o que realmente a comove, ou irrita, ou sensibiliza. É possível deduzir a enorme importância que esse tipo de informação pode assumir no campo das relações humanas em geral, onde a recompensa mútua das aspirações internas das pessoas exerce papel preponderante.
Em termos de comunicação, por exemplo, se soubermos que uma pessoa é orientada predominantemente pelo sistema visual, o uso de imagens quando estivermos em contato com ela será mais eficiente. Pessoas assim gostam de conversar usando analogias, comparações, descrições que empregam imagens. Se ela for preferencialmente auditiva, a mensagem sonora será mais eficiente, pois esse tipo de pessoa se orienta pelo som. E se ela for orientada mais por estímulos cinestésicos, privilegiaremos os recursos que estimulem sua sensibilidade, como o toque, o aroma e o paladar. Metaforicamente, cinestésicos são aqueles que são “pegos pelo estomago”, que querem fazer “teste drive” com tudo, etc
Tanto para o emissor da mensagem quanto para o receptor, essa questão é de extrema importância. Se para o emissor se trata de estabelecer qual é o melhor meio de transmiti-la, para o receptor se trata de descobrir por qual meio ele a recepciona melhor.
Em se tratando de aprendizagem, por outro lado, também é possível verificar se uma pessoa aprende melhor através da palavra falada, da visualização, de imagens com movimento, ou realizando experiências práticas com a informação adquirida. Isso por que a memória, a imaginação e as sensibilidades, de uma maneira geral, que constituem a parte conhecida (ou codificada) da nossa relação com o mundo, são feitas de imagens, sons e sensações, recordadas ou construídas.
Nenhuma informação será entendida pela nossa mente, se não for construída com imagem, som ou cinestesia. Tente pensar ou sentir alguma coisa e verifique se consegue fazê-lo sem incluir um desses três elementos. E ao fazer essa experiência, você verá que em cada um deles, o que se destaca são as submodalidades sobre as quais são construídos. Haverá sempre uma qualidade de imagem, som ou cinestesia a predominar dentro da sua representação mental da informação. Assim podemos dizer que as submodalidades são a linguagem que a nossa mente usa para codificar o mundo, por isso, tudo o que sabemos dele é expresso através desse sistema de linguagem. Assim se quisermos entender melhor o mundo em que vivemos, seria bom começarmos a indagar do nosso cérebro quais são as submodalidades que ele usa para representar os nossos pensamentos e sentimentos.E se quisermos entender melhor o mundo dos outros é preciso saber qual a cor que ele ele tem, o ritmo em que ele anda, que textura, gosto, cheiro, temperatura etc. ele tem. Se tivermos essa informação poderemos fazer um ajuste na nossa sensibilidade, para combinar com a deles, e assim encontrarmos a harmonia que o mundo, em geral, tanto procura e nunca encontra.