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Sonhei viver como um pássaro marinho, Numa ilha deserta fazendo o meu ninho, Continuando a espécie em local ignoto, Longe das angústias deste mundo roto.
As suas mãos de seda grudada à minha, Eis que planamos até ultrapassar a linha, Onde o mar exausto na praia descansa, E a onda nervosa fica calma e mansa.
E foi nesse território de fantasia e lenda
Onde o sol se deita no seu crespúsculo, Que juntamos estrelas para fazer a cama.
Ali, sob o céu azul a nos servir de tenda, Sem falso pudor para tolher o músculo,
Fundimos os corpos numa única chama..
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 25/04/2014
Alterado em 25/04/2014
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