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PNL- PREDISPOSTO PARA O SUCESSO
“Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo,E com cinco ou seis retas eu posso fazer um castelo.Com um lápis em torno da mão eu me dou uma luva,E se faço chover num instante eu tenho um guarda-chuva.Um pinguinho de tinta a boiar no fundo azul do papel,Num instante eu tenho uma linda gaivota a voar no céu.Vai voando, contornando a imensa curva, norte/sul .” ......
Aquarela- Toquinho
Programas de comportamento
A forma como respondemos aos desafios que a vida nos apresenta é resultante de um “programa de comportamento’ que foi instalado em nosso sistema neurológico pelas informações que o nossos sentidos recebem do mundo. Se agimos com calma ou com nervosismo, se somos cautelosos ou açodados, se somos confiantes ou desconfiados, ciumentos, comprometidos, desapegados, medrosos ou corajosos, enfim, tudo é resultado de um “programa” que nos manda se comportar dessa forma. Personalidade não é atributo intrínseco de uma pessoa; é resultado de educação. Nenhuma pessoa é; toda pessoa se torna. Assim, tudo pode ser feito e desfeito em nossas vidas, pois todos os nossos sentimentos, as nossas crenças, os nossos valores, são estados internos de maior ou menor riqueza neurológica, ou seja, informação bem ou mal processada. A maior parte dos nossos “programas de comportamento” é instalada em nosso sistema neurológico de forma inconsciente. Crenças, critérios de julgamento, conceitos, hábitos de consumo, etc. são padrões de processamento neurológico induzidos por hábeis “programadores”. Comumente os encontramos entre os nossos pais, professores, amigos, lideres religiosos, profissionais de mídia, artistas etc. Alguns desses “programas”, se pudéssemos escolhê-los conscientemente, certamente recusaríamos. Esses “programas de comportamento” são instalados em nosso sistema neurológico através de um alfabeto todo peculiar. Em PNL nós o chamamos de submodalidades. Submodalidades são os estímulos que os nossos sentidos reconhecem e codifica, para apresentar ao cérebro a informação. Esses estímulos são dados em forma de informações visuais(cor, brilho, movimento, contraste, luminosidade, etc.); informações sonoras (tonalidade, nitidez, duração, modulação, etc); informações cinestésicas (textura, temperatura, peso, movimento, extensão, cheiro, paladar, etc.). Essas informações visuais, auditivas e cinestésicas são os “blocos de construção” com os quais construímos nossos pensamentos e sentimentos. Como os nossos “programas” são instalados através de resumos linguísticos que a mente faz das informações recebidas, e estes dependem da forma como estruturamos as submodalidades sensoriais sobre as quais eles se apoiam, é importante aprender a trabalhar com esses “blocos de construção” de pensamentos para podermos exercer algum controle sobre os “programas” que instalamos em nosso sistema neurológico. Ajuste de submodalidades é exercício usado em PNL para ajudar a nossa mente a aprender a estruturar uma informação de maneira que ela se torne um “programa de comportamento” útil e eficaz, ao invés de inspirar uma limitação. Em PNL, “programa limitante” é toda crença, hábito, valor ou informação sensorial que impede a pessoa de fazer uma coisa que lhe traria bons resultados. Mágoas, medo, timidez, desconfiança sem motivo, racismo, preconceitos, apego mórbido a coisas e pessoas, são exemplos de programas limitantes. Tolhem nossas decisões por conta de ideias preconcebidas, e isso, muitas vezes, faz com que percamos muitas oportunidades de bons resultados.
A estrutura do fracasso e do sucesso
É comum concentrarmos nossa atenção sobre as coisas que nos aborrecem. Com isso, sentimos com mais intensidade os acontecimentos ruins do que os bons. Geralmente pensamos mais vezes naquilo que nos faz sofrer do que nas coisas que nos trazem alegria. Pensamos que os motivos de felicidade são coisas que devem acontecer normalmente e por isso, prestamos pouca atenção neles. A educação moderna nos trata como se nós tivéssemos nascidos para ser eternamente felizes, como se a felicidade fosse uma rotina, um direito adquirido e de repente, quando algo de ruim acontece, percebemos que a coisa não é bem assim e a decepção nos desequilibra. Com isso, a nossa estrutura neurológica fica despreparada para enfrentar obstáculos. Desde os nossos primeiros passos na vida, quando algo interrompe a nossa marcha em busca de um resultado, sempre surge alguém para ajudar-nos. Afinal, quem aguenta, impassivelmente, a reação de uma criança pequena frente a um obstáculo? Pense nisso na próxima vez que seu filho pequeno começar a gritar e a espernear por causa de uma porta que ele não consegue abrir, um brinquedo que ele não consegue pegar, um degrau que não consegue descer sozinho etc....
O maior inimigo do sucesso pode ser o próprio sucesso. Quando aprendemos a fazer alguma muito bem e obtemos bom resultado a tendência é a cristalização do processo. É que a mente se acostuma a estruturar a representação mental de uma informação sempre da mesma forma quando o resultado é bom. E se os modelos se repetem, as respostas também tendem a ser sempre as mesmas. Quando alguma coisa diferente aparece na informação, a mente tem dificuldade para encaixá-la no modelo e é então que ocorre o bloqueio. Aprender a trabalhar com as submodalidades sensoriais pode ser uma boa forma de eliminar bloqueios, eliciar estados internos cheios de recursos ou mudar nossos próprios sentimentos a respeito de alguma coisa. Em outras palavras é como se estivéssemos escolhendo e instalando nós mesmos os nossos próprios “programas”. Aliás, isso é o essencial que toda pessoa devia aprender: como construir seus pensamentos e sentimentos. Não há maior nem melhor liberdade do que essa. Ignorar a forma como esse processo é organizado nos deixará sempre sujeitos a operar através dos programas alheios. E essa é a grande servidão observada em nossos dias, servidão essa que pode ser pior do que aquela que existia em épocas passadas: a submissão do espírito. Para treinar esse aprendizado experimente o seguinte exercício:
- Pegue uma folha de papel em branco e desenhe uma tabela como a que segue:
Submodalidades |
Características do bom desempenho |
Características do mau desempenho |
Submodalidades visuais |
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Cor |
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Contraste |
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Brilho |
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Claridade |
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Movimento |
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Localização |
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Associação |
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Submodalidades auditivas |
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Tonalidade |
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Localização |
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Duração |
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Modulação |
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Timbre |
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Ritmo |
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Associação |
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Submodalidades sinestésicas |
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Pressão |
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Temperatura |
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Distância |
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Textura |
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Movimento |
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Forma |
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Localização |
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- Identifique uma situação em que você teve ou sabe que tem um bom desempenho. Por exemplo: digamos que você sabe cozinhar muito bem. Imagine que você está exercendo essa habilidade exatamente agora. Faça a sua mente percorrer todo o processo que o leva a exercer essa habilidade. Verifique que tipo de submodalidade sua mente usa para estruturar as experiências bem sucedidas.
- Observe como a representação mental dessa informação se estrutura em sua mente: observe você cozinhando, como se estivesse se vendo em um filme. Veja se as imagens estão longe ou perto, se as cores são brilhantes ou opacas, se estão paradas como numa fotografia ou movimentadas como num filme, onde elas se localizam (perto ou longe de você), se você as vê de forma associada ou dissociada, etc. (associada você se sente dentro da imagem, dissociada, você se vê fora dela).
- E quanto aos sons que ouve? São graves ou agudos? Altos ou baixos? Compassados ou descompassados? Contínuos, espaçados? Desordenados, ritmados? De onde provém? Você os ouve dentro de você ou vindo de fora de você?
- E quanto às sensações: está quente ou frio? Longe ou perto? Pesado ou leve? Os objetos são ásperos, suaves, curtos, longos?
- Anote as informações obtidas na tabela acima, na coluna do bom desempenho. Isso quer dizer que quando você faz bem uma coisa o seu sistema neurológico estrutura o “programa” que o faz eficiente com determinados tipos de submodalidades sensoriais. Você precisa saber quais são elas.
- Depois de anotar essas informações saia desse “programa”, cantarole uma música para quebrar o estado.
- Passe agora a pesquisar o processo neurológico do mau desempenho. Pense em uma experiência na qual você teve um mau resultado. Algo que você fez e não saiu como você queria. Exemplo: tentou falar em público e foi um vexame. Verifique como você a representa internamente as experiências mal sucedidas. Que códigos neurolingüísticos você usa para representar os maus resultados? Que submodalidades visuais, auditivas e cinestésicas ela apresenta? Use a tabela acima para anotar os resultados.
- Saia desse “programa” mal sucedido, dê um tempinho, faça alguma coisa para quebrar o estado. Depois volte à experiência mal sucedida e vá substituindo gradativamente os códigos da experiência mal sucedida pelos da experiência bem sucedida. Verifique o que muda em seus sentimentos quando você troca as cores, o brilho, a distância, a posição das imagens, a localização delas etc. Verifique se quando você muda a cor, por exemplo, o tamanho da imagem varia, ou se alguma característica do som fica diferente. Pesquise qual é a cor, o brilho, a distância, a modulação de som que mais o (a) agrada.
Em PNL esse tipo de exercício é usado para treinar a mente a trabalhar, preferencialmente, com as informações do sucesso. Assim, toda vez que formos submetidos a uma experiência nova, poderemos imaginá-la acontecendo em nossa mente de uma forma positiva. Dessa forma, quando formos executar a tarefa na prática, o nosso sistema neurológico eliciará um estado mental e físico predisposto ao sucesso. Carpe Diem.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 02/05/2014
Alterado em 03/05/2014
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