CAPÍTULO 1
O QUE É PNL
“Acredita em ti: todo coração ressoa em consonância com essa corda de ferro. Aceita o lugar que a providência divina te designou, a convivência com teus contemporâneos, a correlação de acontecimentos. Os homens ilustres sempre agiram assim e confiaram, à maneira das crianças, no gênio de sua época, revelando sua percepção de que o absolutamente digno de confiança encontrava-se assentado em seus corações, trabalhava pelas suas mãos, predominava em todo seu ser.”
Ralph Valdo Emerson
Pedagogia do comportamento eficiente
Utilizando as técnicas da PNL é possível entender e descrever, de maneira detalhada, a estrutura segundo a qual as atividades humanas são desenvolvidas em nosso sistema neurológico. Esse conhecimento nos permitirá, conscientemente, interferir nesse processo e realizar, rápida e eficientemente, mudanças profundas e duradouras em nossos comportamentos.
A cura rápida de fobias, a eliminação de hábitos indesejáveis, como fumar, beber, comer em excesso, roer unhas, insônia, procrastinar obrigações, etc. bem como eliminar conflitos entre casais, famílias e grupos de trabalho, melhorar a interação entre os colaboradores de uma organização, para que funcionem com mais harmonia e atinjam maiores níveis de produtividade, eliminar o estresse, eliciar motivação e construir estados positivos e propícios à atividade criativa são alguns dos resultados visíveis e prováveis alcançados pelos praticantes de PNL.
Como disciplina acadêmica, a PNL começou a ser desenvolvida no início dos anos setenta por Richard Bandler, psicoterapeuta interessado em informática, e John Grinder, professor-assistente de lingüística na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. A partir de uma análise sistemática da forma de atuar dos famosos terapeutas americanos, Fritz Perls, Virginia Satir e Milton Erickson, cujos resultados nessa área eram considerados excepcionais, eles construíram um modelo para estudar as experiências humanas bem sucedidas. Com base nesse estudo, desenvolveram um método capaz de detectar e reproduzir as estratégias neurológicas que estão na base das habilidades das pessoas talentosas.
Com fulcro nas descobertas realizadas em seus estudos junto a esses profissionais, Bandler e Grinder verificaram que a mente humana, embora seja capaz de registrar a totalidade das informações recebidas pelos sentidos, só utiliza uma pequena parte delas para formatar o conhecimento que temos do mundo. Isso significa que na construção daquilo que nós chamamos de sabedoria, ela suprime uma grande parcela da informação recepcionada pelos sentidos, razão pela qual há sempre uma defasagem entre o mundo real e o que pensamos a respeito dele. Essa defasagem ocorre em razão da incapacidade que o nosso sistema de linguagem tem para representar, para nós mesmos, a experiência tal qual ela ocorre na realidade.
A partir dessa descoberta, Bandler e Grinder deduziram que a mente humana funciona como se fosse uma espécie de biocomputador, programado pelos resumos que ela faz das experiências vividas pelo organismo. E que esses resumos são semelhantes a programas de computador ( ou mapas),que ela elabora para orientar as respostas que damos ao mundo. Em conseqüência, concluíram que quanto maior for o número de alternativas de resposta que desenvolvermos para a solução de um problema, mais amplo será o nosso “mapa” e maior será a probabilidade de respondermos com eficiência aos problemas que a vida nos coloca.
E mais: para tornarmos o nosso “mapa” de resposta mais amplo e exato, é preciso ampliar a capacidade de representar o mundo em nossas mentes. Isso implica numa melhor utilização dos nossos sentidos externos e internos, os primeiros para aprender a captar a informação com mais qualidade, e os segundos para representá-la em nossas mentes com maior acuidade.
A idéia que está embutida nesse processo sugere que se soubermos trabalhar adequadamente as informações que a mente recebe, poderemos modificar a nossa forma de ver o mundo e formatar “programas” capazes de nos dar respostas mais eficientes aos desafios que a vida nos apresenta. Fundamentalmente, abriremos a nós mesmos a possibilidade de assumir o comando das nossas próprias vidas, escolhendo as ações mais eficazes, os caminhos mais seguros e os modelos mais apropriados para orientar os nossos comportamentos e as nossas decisões.
Isso pode ser feito por meio de uma utilização mais eficiente dos nossos sentidos e do aperfeiçoamento dos nossos modelos lingüísticos. Daí o nome dado à técnica: programação neurolingüística.
Com o sucesso obtido nas experiências realizadas nos campos da terapia e da comunicação principalmente, a PNL desenvolveu-se e passou a ser utilizada em vários ramos da atividade humana, tais como a informática, a psicologia, a filosofia, a saúde, a medicina, a pedagogia, o esporte, a religião, etc. Pela eficácia dos resultados obtidos, ela pode ser considerada hoje uma espécie de pedagogia do comportamento eficiente, isto é, uma forma prática e segura de ensinar pessoas a gerar comportamentos novos e criativos, e também eliminar aqueles cujos resultados não interessam à sua felicidade. Em outras palavras, trata-se de ensinar as pessoas a descobrir e usar suas habilidades de forma eficiente e habitual.
Hoje em dia, uma plêiade de esportistas, artistas, comunicadores e profissionais de todos os ramos de atividade se utilizam das técnicas desenvolvidas pela PNL como ferramentas para aperfeiçoar suas habilidades e melhorar seus rendimentos como pais, professores, amigos, parceiros, ou simplesmente como seres humanos, já que nada tem sentido, se nessa qualidade, não obtivermos bons resultados.
Paciência, moderação, confiança e um sólido conjunto de crenças bem formuladas, são as únicas exigências prévias para que alguém se inicie nesse programa de aprendizagem. Temos fortes razões para acreditar que Deus já colocou á disposição de todos os seres humanos os recursos necessários para eles sejam eficientes na arte de viver. Isso não somos que estaosm dizendo, mas sim o maior de todos os mestres: “O reino de Deus já o tendes dentro de vós”, afirmou ele, e isso nós sabemos que é a mais pura verdade, porquanto esses recursos já fazem parte da herança conferida à espécie humana. Pertence ao acervo conhecido como Direito Natural, o direito que todos temos à auto-estima, à realização profissional, ao amor, à reprodução, à qualidade de vida, e fundamentalmente à escolha do próprio caminho. Isso tudo é igual ao que chamamos de felicidade.
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DO LIVRO "Á PROCURA DA MELHOR RESPOSTA- ED 24X7- 2010
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 11/08/2014
Alterado em 11/08/2014