João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


DE VOLTA AO JURÁSSIC PARK
 
Na série de filmes com esse nome, que o cineasta Steve Spielberg dirigiu, um cientista visionário isola o DNA de várias criaturas do passado e consegue reproduzir uma fauna extinta há milhões de anos. Dinossauros de todos os tipos, herbívoros, mamíferos, carnívoros, e outras criaturas monstruosas, de repente, ganham vida e passam a ameaçar a civilização que foi tirá-los do seu sono eterno.
Não sei por que cargas d’agua os autores desse apocalíptico script foram localizar a ilha dos jurássicos animais justamente nos trópicos, em algum lugar que se parece com a América Latina. Será que é porque lugares com clima semelhante ao do nosso continente são propícios ao surgimento e á manutenção desse tipo de animais? Deve ser, porque na África e na Ásia equatorial, não raras vezes, essas aberrações também aparecem constantemente.
Isso é sintomático. Pelo menos na política, os dinossauros sobrevivem melhor em lugares assim do que em qualquer outro lugar do mundo, onde o clima é temperado e mais propício á razão do que á emoção, pura e simples. Volta e meia temos surtos dessas criaturas jurássicas que parecem saltar de uma máquina do tempo para o meio das nossas grandes aglomerações urbanas, provocando medo, caos e uma síndrome de pânico que acaba levando populações inteiras á beira da loucura.
É o que está acontecendo na Venezuela e na Argentina, por exemplo. Aliás, a Argentina nem clima tropical tem. Mas como faz parte do continente, os dinossauros migram com facilidade para este outro lado da cordilheira e acabam causando confusão no país dos “hermanos”. Os Peron, os Videlas, os Kircheners e outras tranqueiras que a bela terra de Borges, Maradona e Gardel produziram são exemplos dessa fauna que deveriam estar extintas há milhões de anos, mas de vez quando ressurgem como a fênix da lenda para encher de pesadelos os sonhos dos nossos vizinhos.
E a Venezuela então... Pobre Venezuela! Lá, uma perigosa raça de tiranossauros predadores foi acordada recentemente e ocupou o governo do vizinho país. O rex(chaves) pioneiro morreu, mas teve tempo de reproduzir um herdeiro. Esse herdeiro, ainda mais sanguinário e rapinante que seu antecessor, está levando o nosso simpático vizinho ao caos. Já destruiu a economia, já censurou a imprensa, limitou a liberdade de ir e vir, já mandou bater em estudantes e trabalhadores, esvaziou as gôndolas dos supermercados e sua última proeza foi mandar prender o prefeito de Caracas, sem mandato e sem culpa formada, sob a desculpa de que ele estava planejando um golpe.
Ditadores de opereta, como o bigodão Maduro na Venezuela e a rainha maluca, Cristina da Argentina, são criaturas redivivas como os dinossauros do Jurassic Park. Basta um aumentozinho na temperatura e eis que eles retornam á vida, embora, aos olhos do mundo (e da ciência política) eles já estivessem extintos há milhões anos. Nós também temos os nossos e volta e meia eles se levantam das brumas do passado(da era Marx) para provocar pesadelos e pânico, como os que estamos começando a viver agora. Aliás, eles são amigos e se comunicam. O Maduro e a Cristina, como o velho Chaves o foi, são os principais aliados dos atuais "dinos" que estão infernizando o nosso país. 
Aos nossos irmãos da Argentina e da Venezuela enviamos as nossas condolências e ofertamos publicamente toda a nossa solidariedade. Esperamos sinceramente que vocês, como o cientista maluco do Jurassic Park logo percebeu, tomem consciência do perigo que estão correndo com esses predadores á solta e consigam fechar a tempo esse parque maluco em que esses dinossauros transformaram os seus belos países. É só isso que podemos ofertar a vocês, porque nós aqui também já estamos lidando com os nossos. E eles estão á solta, devorando tudo, quebrando tudo, espalhando o medo, o desconforto e o caos. São duros na queda e aprenderam a trabalhar com a principal ferramenta da civilização moderna, que é a corrupção. Boa sorte para vocês. A nossa, nós mesmos vamos ter que procurar.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/02/2015
Alterado em 20/02/2015


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