João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

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 O RATO QUE RUGE
 
O Rato que Ruge é uma saborosa comédia estrelada por Peter Sellers e Jean Seberg, dirigido por Jack Arnold, lançado em 1959.  Nesse hilariante filme a duquesa e o primeiro ministro de um pequeno ducado falido bola um extravagante plano para sair da crise.  Eles botam a culpa da crise nos imperialistas ianques e declaram guerra aos Estados Unidos. A estratégia é fazer com que os americanos invadam o país e depois os ajudem a resolver seus problemas econômicos e políticos. Talvez até se tornando um estado americano. Com essa proposta, os hilários governantes mandam uma força de 20 homens, armados de arco e flecha  atravessar o oceano em uma barcaça e invadir o território americano.  Quando o rocambolesco exército chega na América, os americanos estão comemorando a sua data nacional e completamente despreparados e desmobilizados, incapazes de repelir a invasão. Consequência: O poderoso  Estados Unidos da América se rendem ao invasor.  O problema então passa a ser o que fazer com a vitória. É possível imaginar a confusão que se formou.
Lembrei-me desse velho filme ao ver o que o igualmente rocambolesco ditador da Venezuela está fazendo. Parece que ele encarnou o espírito do primeiro ministro do Rato que Ruge. Aliás é o que ele está fazendo com o belo e promissor país vizinho: está transformando a Venezuela em uma republiqueta de opereta. Pois essa mania de jogar em cima dos ianques todos os problemas pelos quais a Venezuela está passando lembra a estratégia do personagem de Peter Sellers. Com isso ele engambela o povo venezuelano e joga para cima dos americanos a culpa pela corrupção, pela incompetência, pela enganosa política que o seu partido bolivariano vem aplicando á Venezuela desde que a tragédia chavista atingiu o país.
Ele agora simula a possiblidade de uma possível invasão americana à Venezuela, incentivada pela infeliz atitude de Barack Obama, declarando a Venezuela como um potencial perigo para os Estados Unidos. E aí o burlesco ditador venezuelano bota nas ruas o seu aparato militar, como que a desafiar o seu grande desafeto do norte. Ópera burlesca, que seria até engraçada se não fosse trágica. E com isso consegue do seu Congresso de marionetes mais poder para reprimir, prender e matar os opositores do seu regime.
Não sei se o Maduro assistiu o Rato que Ruge. Mas que ele está copiando a estratégia do filme, isso está. Talvez ele queira que os Estados Unidos ocupem a Venezuela e a transforme no 51º primeiro estado americano como queria a hilária dupla de governantes do Rato que Ruge.
Enquanto isso, mais ao sul do Equador, um outro país tem uma presidenta que exalta a democracia e saúda o fato de a população poder sair ás ruas para reclamar do seu próprio governo. Mas não diz uma única palavra de repúdio ao que o ridículo ditador de opereta do país vizinho está fazendo com seu povo.
 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 16/03/2015
Alterado em 17/03/2015


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