Esplêndidos sóis habitam nos teus olhos lindos,
Astros que projetam longe as luzes da sedução,
Levando promessas e sonhos de amor infindos,
Em que deuses bacantes se matam de paixão.
Nos teus cabelos, as estrelas, doidas de ciúmes,
Competindo com a luz que o teu olhar captura,
Acendem tochas como exército de vagalumes,
Em marcha célere por uma longa noite escura.
Mas foi nas mãos que um deus artista esculpiu,
No seu toque mágico no meu rosto afogueado,
Que eu soube a fonte da verdadeira felicidade.
Sinto-me agora como um Lázaro que ressurgiu,
Daquela fria cripta na qual um dia foi sepultado,
Para uma vida, onde tudo é uma doce novidade.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 14/04/2015
Alterado em 14/04/2015
