A minha amada é filha do sol ardente
Das caatingas, onde a flora ressecada
É como a mulher sofrida e resistente,
Que só nessa terra ainda é encontrada.
Em suas mãos trás o cetro da realeza,
Feito de coragem e sabedoria natural;
Virtudes muito maiores que a beleza,
Que para elas nunca foi fundamental.
Os seios da minha amada são divinais,
Redondos como o cone de um vulcão,
Firmes, mornos, vibrantes e passionais.
Assim como a matéria prima do cristal,
Vão assumindo a forma da minha mão,
Se transformando no meu Santo Graal.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 13/06/2015