João Anatalino

A Procura da Melhor Resposta

Textos


E o Eduardo Cunha é evangélico. Evangélico é o termo atual para designar o antigo “crente”. Como se católico, budista, muçulmano, espírita, não fosse crente. Resta saber no que o Cunha acredita além de fazer mutreta e se dar bem.
Religião nunca foi sinônimo de bom caráter. Pelo contrário. No geral tem sido usada para encobertar carreiras tão criminosas que competem, com muitas vantagens comparativas, com os chefões do crime organizado. O Edir Macedo que o diga. E vários outros líderes evangélicos também.
Parodiando o Lula, que é um dos principais culpados por essa crise que o país está vivendo, nunca antes na história deste país, tivemos lideranças tão fracas, incompetentes e mal intencionadas quanto agora. Renan na presidência do Senado, Cunha na presidência da Câmara, Dilma a presidenta da República, Lewandowisky na presidência do Supremo Tribunal Federal. Que mais nos resta, com tais atores, nesta verdadeira peça de tragédia política que estamos vivendo? Parece até o enredo do poema do João Cabral de Mello Neto, “Morte e Vida Severina”. O poema inteiro é uma tragédia. E o país está vivendo “Morte e Vida Severina” em tempo real. Só que no poema a vida triunfa no fim. E a esperança renasce e brilha em meio á lama dos mangues do Recife. E é isso que a gente espera que aconteça também com o nosso país.  
Do que menos precisamos neste momento de crise politica, econômica, social e de autoestima, que está devastando o país de norte a sul, é uma briga de ratazanas para ficar com o pedaço maior do queijo. O país não pertence a esses pilantras. Não podemos ficar apenas assistindo á essa briga pelo poder, protagonizada pelos renanzistas, cunhistas e petistas pelo poder, enquanto o país agoniza na UTI. E do lado de fora os tucanos torcendo para todos se ferrem e eles possam colher as sobras do país devastado. Está na hora de tomarmos uma atitude para sair desse impasse.
Está certo que todos nós somos culpados. Por ideologia, má informação, ignorância ou até interesse pessoal, como é o caso de muitos eleitores que votam em determinados candidatos porque são diretamente beneficiados por eles, fomos nós que botamos essa gente aí. Se botamos, podemos também tirá-los. Talvez não precisemos esperar mais três anos e meio para isso. A democracia nos oferece meios para corrigir esses erros. É hora de discutirmos o impeachement da Dilma sim. Mas não só dela. Também do Temer, do Cunha, do Renan e de todos os canalhas que estão empurrando o país para o buraco.
 A Dilma perdeu a capacidade para governar. Mas se ela for apeada do poder, não pode ser para colocar o Temer no lugar dela. Ele, com o seu partido, é tão culpado quanto o PT, a Dilma e o Lula por toda essa vergonha que estamos vivendo. E o Cunha é um dos principais líderes do PMDB. O Renan também. Trocar a Dilma e seus cúmplices pela turma do Cunha e do Renan equivale tirar a Máfia do poder e entregá-lo ao PCC.
Está na hora de procurar uma solução que não passe pelas mãos dessa gente.

 

 
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/07/2015
Alterado em 20/07/2015


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