OTELO ARREPENDIDO
Meu ciúme se escondeu como espião,
Pelos becos da cidade e nas esquinas,
Te espiando como se fosses o ladrão,
Que acabou de levar a sua autoestima.
Porque naquela noite havias recusado
Um amor que armazenei o dia inteiro,
Achei que talvez tivesses encontrado
Maior prazer com outro companheiro.
E á noite inteira dei corda incessante,
Á desconfiança de quem o rival seria,
Que me vencera no ofício de amante;
Que alívio descobrir que tinha errado!
Porque o rival com quem eu te dividia,
Era o fruto do nosso amor consumado.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 23/07/2015