O seu nome escrevi em um velho muro,
Inscrito dentro d’um coração rabiscado.
Essa é a memória que eu nunca descuro,
Referência fundamental de um passado;
Espero que o tempo não tenha apagado,
O registro da minha vivência mais bela,
Porque creio que do meu prazer adiado,
A maior satisfação desta vida virá dela.
O meu amor é como o galho ressecado,
De uma árvore que parece ter morrido
Por força de um estio cruel e alongado.
Mas enquanto ele permanece na espera
Vai ficando a cada dia mais fortalecido,
Para sua grande explosão da primavera.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 05/09/2015