Quando vejo que o sol está no seu poente,
Se preparando para o descanso merecido,
Eu fecho os olhos e ordeno á minha mente,
Que retorne, uma vez mais, ao tempo ido.
E ás vezes te recupero com toda inteireza,
Conseguindo até sentir tuas mãos de fada,
Tocando o meu corpo com asas de leveza
E ele levita como se o seu peso fosse nada.
Mas será sonho ou só um desejo ardente,
Que o teu retrato, de repente, ganhe vida,
E apareças uma vez mais na minha frente?
Nem que seja como viestes da última vez,
Somente para dar um beijo de despedida,
Não deixando nem a esperança do talvez.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 09/09/2015
Alterado em 09/09/2015