PROCURA-SE UM MACHO
Não. Não se trata de constatar o declínio do machismo, como o Fernando Gabeira já tentou fazer há algum tempo atrás. O Gabeira tinha razão em fazer isso porque com certeza ele estava pensando em si mesmo. Eu, com essa proposta, não estou trabalhando com a hipótese de uma diminuição na testosterona da população masculina brasileira, embora seja impossível não constatar que o número de homens vem diminuindo sensivelmente e que as mulheres já são maioria no país.
Acho que nasci na época errada. No meu tempo de juventude, eram dois machos, pelo menos, para cada fêmea. Isso, pelo menos era o que parecia, pois não tenho estatísticas para provar, mas lembro-me que cada garota no meu bairro era disputada pelo menos por dois rapazes. Razão pela qual a nossa iniciação sempre acontecia bem tardia e não era tão precoce como hoje.
Mas não é de sociologia da sexualidade que quero falar. É de política mesmo. Até quando vamos ter que aturar esse Cunha arrotando arrogância, desfaçatez, impunidade e desafios, enxovalhando o Congresso Nacional, envergonhando o país e agredindo a nossa nacionalidade, com a sua conduta desafiadora, indecente e criminosa? Será que não há mais nenhum macho nesse país que seja capaz de dar um grito de basta a essa gente que está fazendo do nosso país uma verdadeira Sodoma e Gomorra de promiscuidade política e corrupção generalizada?
Sei. Nós temos instituições e elas precisam ser preservadas. Até porque foi muito doloroso chegar a este estágio. Com certeza não queremos mais passar por outra quartelada igual á de 1964, que devia durar uma semana ou um mês e durou mais de vinte anos. Nem queremos um Hugo Chaves, embora tenhamos feito um como os nossos votos, que á semelhança do bolivariano caudilho venezuelano, também destroçou a economia do nosso país com seus “programas sociais” coronelistas e irresponsáveis, que só concorreu para formar mais coronéis por esse Brasil afora. E ainda tem a cara de pau de querer fazer acordo com o Cunha para tentar salvar o mandato da sua cupincha incompetente e conivente com a corrupção.
Precisamos de um verdadeiro macho. Um líder de fato, que com as armas da Justiça, das leis e da habilidade política dê um murro na mesa e diga: Vamos acabar com essa suruba que os nossos políticos e os nossos administradores armaram no país. Por esta sim, é uma suruba onde o povo só entra de português. Leva ferro de todo mundo e não pega ninguém.
Quem tiver esse perfil que se candidate. Já de saída tem o meu voto.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/10/2015