Aquele que sabe perguntas fazer,
Vai ter sempre uma boa resposta.
Mas quem procura só responder,
Pode ouvir coisas que não gosta.
E na vida nada é novo a cada dia,
Pois é sempre o mesmo impasse,
Só aprendemos o que já se sabia,
E esquecemos quando se nasce.
E tudo o que foi, é, ou ainda será,
Já estava pronto a partir do início;
Você e eu também estávamos lá,
Quando Deus começou no ofício.
O Ego é uma forma imensurável,
Ele é o infinito povoado com ser;
Sem limite que lhe seja aceitável,
Sempre haverá vazio a preencher.
E quantas vidas o homem já deu,
Na ilusão de que o mundo salvou.
Porém o mundo nunca se perdeu,
E sim o homem que se extraviou.
Não espere o Salvador que vai vir,
Ele já veio e nos mandou escolher.
Entre pegar a própria cruz e seguir,
Ou deitar-se na estrada e morrer.
Ciência sem a devida consciência,
Trás apenas angústia para a alma.
Não é sabedoria, e sim demência,
Tempestade que nunca se acalma.
E achar que o mundo é imperfeito,
É viver com a própria contradição.
Pois não sabe que o mundo é feito,
De imperfeição buscando perfeição.
E do egoísmo ninguém está imune,
Ele é próprio da terra e do homem.
Mas na mente cósmica tudo se une,
Pois lá não existem o ego e o nome.
Se não existem perguntas erradas,
Tudo aquilo que se pergunta cabe.
Quando há respostas inadequadas,
Quem as deu certamente não sabe.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/02/2016
Alterado em 25/02/2016