CIÚMES DO MORO
Quem tem um monte de gente com ciúmes do juiz Sérgio Moro, todo mundo sabe. O sucesso incomoda, principalmente quando é o sucesso dos outros e não o nosso.
Especialmente na comunidade jurídica e no meio dos magistrados das Cortes Superiores. Os advogados estão com raiva dele e alguns magistrados estão se comportando como verdadeiros Otelos ciumentos. Não perdoam o fato de um juiz de primeira instância posar na mídia nacional e internacional como verdadeiro herói nacional, protagonista de um filme cujos atores principais deveriam ser eles.
Ciúme de homem é pior que ciúme de mulher. Mulher ciumenta arranha o rosto da outra, arranca-lhe os olhos, puxa os cabelos, estapeia. Homem, quando não agride, calunia, desqualifica o outro, procura, de toda forma diminuir o rival. É um ciúme mais mesquinho e perigoso.
O Teori Zavasky já mostrou o ciúme dele tirando a investigação sobre o Lula das mãos do Moro e levando para as suas, em Brasília. Deu a esfarrapada desculpa que a presidente foi citada. Mas o investigado é o Lula, que não tem foro privilegiado ainda.
Agora vem o Marco Aurélio descer a bota no Sérgio Moro e na Operação Lava a Jato, dizendo que os erros cometidos pelos operadores dessa investigação desqualifica todo o trabalho feito pelos ágeis rapazes de Curitiba. Diz que nunca viu tantas delações premiadas e que é imoral segurar o sujeito na cadeia para que ele confesse.
O Dr. Marco Aurélio Mello devia ficar quieto no seu canto e não sair por aí a falar asneiras. Aliás, esse magistrado é pródigo nessas escorregadas. Não custa lembrar que ele chegou ao Supremo Tribunal Federal sem o menor mérito para isso, e que lá está apenas e tão somente por que é primo de Fernando Collor de Mello e foi por ele indicado e nomeado. Só o seu padrinho, notório vilão da vida pública, já seria suficiente para desqualificá-lo. Afora isso, são proverbiais as suas manifestações públicas desassisadas e os votos extravagantes que costuma dar nas decisões de plenário, geralmente desconformes com seus pares.
Ele está morrendo de ciúme do Dr. Moro. Não consegue conviver com o fato de um juiz de primeira instância ter assumido a tarefa de passar o Brasil a limpo, enquanto ele e seus pares do Supremo dormem sobre processos e levam anos e anos para prolatar uma simples decisão de alçada.
Não haveria tanta corrupção e impunidade no país se os demais membros do Judiciário fossem tão diligentes quanto do Dr. Moro. E se o próprio Supremo Tribunal Federal não fosse tão leniente com esses crimes. Vale lembrar que o Dr. Joaquim Barbosa se aposentou precocemente do seu cargo no Supremo ao ver que entre seus pares poucos compartilhavam da sua justa revolta contra corruptos e corruptores encastelados na máquina pública. Tanto é verdade que os punidos do Mensalão já estão todos na rua e alguns até já delinquindo de novo.
O Dr. Marco Aurélio não devia ficar tão incomodado com o sucesso do Dr. Moro. Devia sim, imitá-lo. Não é ilegal nem imoral manter na prisão um larápio quando há suficientes indícios de sua culpabilidade. Ilegal e imoral é deixá-lo solto para que ele continue delinquindo até que sua sentença passe em julgado, prejudicando a sociedade, o estado e as pessoas que ele defrauda. E ás vezes a punição nem o alcança porque os recursos são tantos e o crime acaba prescrevendo.
O Dr.Sérgio Moro não é um deus vivo, como ciumentamente comentou o despeitdo e invejoso Dr. Marco Aurélio Mello. Ele é apenas um magistrado corajoso que está cumprindo á risca, e com competência o seu dever. Tivesse o país mais um milhar de magistrados como ele e quem sabe, este país não precisaria sofrer a vergonha que está passando agora.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 05/04/2016
Alterado em 05/04/2016
