Eu não tenho orgulho das coisas que fiz,
E do que não fiz, nada há que faça falta;
Porque um homem, para ser muito feliz,
Não há que viver sob as luzes da ribalta;
Mas todos nós precisamos ter um ideal,
Pois que sem um não se vive realmente,
Se há uma coisa que de fato nos faz mal,
É deixar que ele se enterre com a gente.
O ideal é como o bastão de revezamento,
Que um corredor, numa pista de corrida,
Deve repassar quando chega o momento.
Então, outro atleta pega o bastão e corre.
E assim deveria ser a maratona desta vida:
Pois o ideal que se transmite nunca morre.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 11/04/2016