Para ver como são as coisas: Henrique Meirelles foi o principal sustentáculo da politica econômica no governo Lula, com sua gestão séria e competente do Banco Central. Não deixou a inflação disparar, geriu a politica monetária com mão firme e fez com que o governo Lula não cometesse as sandices que a Dilma cometeu. Até os petistas estão começando a reconhecer que a gestão Dilma foi um desastre e se alguém tem culpa pelo inferno que o partido está vivendo foi ela mesma. Arrogante, autoritária e vaidosa, ela não quis ouvir ninguém.
Nem o Lula. Ele cansou de dizer para ela chamar o Meirelles para o Ministério da Fazenda. Ela não quis. Achava que o atual ministro dividiria os holofotes. Daí escolheu o Levy. Que tinha a mesma cabeça do Meirelles e queria fazer a mesma coisa que ele está fazendo. O PT e seus aliados esquerdistas ─ sindicalistas inclusos ─ não deixaram. Se não fossem tão burros e teimosos e tivessem um único olho na cara para ver que sem reformas de base não há condições para superar a crise, nada do que aconteceu teria acontecido. A Dilma não seria impedida e todo esse circo que envergonha o país não precisaria ter sido montado.
Dilma, o PT os sindicatos e os líderes dos tais movimentos sociais são os principais culpados pelo que está acontecendo no Brasil. Dilma pelo seu temperamento. Os petistas pela arrogância intelectual e o apego ao poder.
Os sindicalistas querem conservar os anéis mesmo sabendo que podem perder os dedos. Combatem a reforma previdenciária, mas sabem que dentro de alguns anos não haverá previdência alguma. Só pensam neles mesmos. O futuro que se dane. Não estarão aqui para ver.
Se Meirelles está pensando em ajuste fiscal, sugiro a ele, que ao invés de ressuscitar a maligna CPMF, simplesmente reverta para a saúde, ou para a educação, o famigerado Imposto Sindical. Tenho certeza que esse dia de trabalho que os trabalhadores dão de graça para seus sindicatos será bem melhor aproveitado se revertido em prol de serviços efetivamente prestados ao povo. Hoje só serve para financiar campanhas políticas, a vida fácil de vagabundos travestidos de líderes sindicais e manifestações de fundo político. Sindicatos são instituições corporativas que devem viver da contribuição dos seus filiados e não de contribuições impositivas.
Se Meirelles tiver sucesso no que o Lula pediu para a Dilma fazer e ela não quis, será um paradoxo. Dilma e o PT deram um tiro no pé. Agora a reforma será um verdadeiro parto á forcéps. Seria de morrer de rir se a dores não tivessem que ser compartilhadas por todo o povo brasileiro.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 18/05/2016
