João Anatalino

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O HOMEM E A ÁRVORE DA VIDA
 
Árvore da Vida e Árvore do conhecimento
                                 
Cabe aqui fazer uma distinção que na tradição cabalística é muito importante para efeitos de compreensão. Trata-se da diferença entre Árvore da Vida e Árvore do Conhecimento. Esses dois termos aparecem na Bíblia, como símbolos, um (a Árvore da Vida) da própria Criação; o outro (a Árvore do Conhecimento) como símbolo da ciência do bem e do mal.
É o que se lê em Gênesis, 2:9: “E o eterno Deus fez brotar da terra toda árvore agradável á vista e boa para comer; e a árvore da vida estava no meio do jardim , assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal.” Eram, portanto, duas árvores: uma delas daria ao indivíduo que provasse o seu fruto o conhecimento do bem e do mal e a outra, cujos frutos lhe dariam a vida eterna.
A visão bíblica dessa simbologia parece sugerir que Deus pretendia manter o homem em uma feliz inocência da sua própria condição, pois ao advertir o casal humano sobre os perigos dos frutos do paraíso, Ele foi enfático quanto ao problema de comer do fruto do conhecimento, pois se o fizesse, morreria. “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, pois no dia em que dela comeres, morrerás” disse o Eterno. [1] E sua preocupação foi maior ainda com referência aos frutos da Árvore da Vida, pois ao ver que o casal humano havia provado da Árvore do Conhecimento, o Senhor disse: “Agora, talvez ele (o ser humano) estenda a mão e tome também da árvore da vida, coma e viva para sempre.” [2]
O cronista bíblico não registra se o homem comeu da Árvore da Vida, mas é evidente que não o fez, pois se ele antes era mortal, nessa condição continou depois de expulso do Éden. Uma coisa, porém, fica claro nessa curiosa metáfora do livro sagrado: o homem, ao comer do fruto da Árvore do Conhecimento tornou-se semelhante aos seres angélicos, pois é o próprio Elohim Criador que assim se manifesta ao saber da travessura cometida pelo casal humano: “Eis que o homem se tornou como um de Nós, para conhecer o bem e o mal.” [3]
Na doutrina cabalística a alegoria da Árvore da Vida integra os dois conceitos bíblicos. Nesse desenho mágico-filosófico do universo estão compreendidos, tanto a Árvore da Vida (aqui entendida como sendo o processo energético que gera e mantém toda a realidade universal) quanto a Árvore do Conhecimento (o processo energético que permite a evolução das espécies vivas, tendo como resultando a espécie humana e sua capacidade de refletir).  
A Cabala entende o processo de Criação do universo físico como se fosse um plano meticulosamente arquitetado pelo Criador. A cosmogonia cabalistica mostra como atua, em termos físico-químicos, a energia que sai do Criador para criar toda a realidade existente. E dentro dessa realidade, a própria vida que surgiu como um resultado natural da evolução da matéria universal. Esse processo é o que se descreve na Árvore da Vida, nos quatro mundos de formação, conhecidos como Atziloth, Briah, Yetzirah e Assiah..
Nessa visão unificada da estrutura do universo, a Cabala mostra que há um processo que se desenvolve no interior dele e que se refere á vida orgânica. Pois esta, como se vê, embora se desenvolva por meio de leis semelhantes ás que dão estrutura ao mundo físico, não obstante dele se diferencia em termos de qualidade e finalidade. Pois como diz o filósofo Teilhard de Chardin, o universo só ganhou identidade a partir do fenômeno humano.
De um grão de energia á um grão de sal; deste á uma semente e desta á uma formiga, até a fórmula que resultou no homem, quantas sínteses a natureza não precisou processar? Quantas fórmulas o Grande Arquiteto do Universo não precisou desenvolver para chegar a tal resultado? Por isso os pitagóricos intuiam que o universo se compunha através do número e a partir deste ganhava forma (a geometria). Essa era a matemática celeste que o Grande Arquiteto desenvolvia para desenhar os planos do edifício cósmico.
Assim, se a Bíblia distingue uma Árvore da outra a Cabala integra esses dois conceitos como complementares. Para os cabalistas o conhecimento é uma consequência natural do processo de desenvolvimento do fenômeno da vida. Deus fez todas as espécies, mas uma delas, em especial, atingiu um nível de complexidade orgânica diferenciada, de forma tal que elevou-se a um nível superior, destacando-se na Árvore da Vida como um ramo autônomo, do qual a própria Árvore hoje depende para continuar existindo. 
 
Comendo o fruto do conhecimento
 
De que outra forma se poderia entender a curiosa metáfora imaginada pelo cronista bíblico para figurar o nascimento da consciência no ser humano, senão pensando que o Eterno planejou a sua Criação de forma que ela pudesse evoluir, em diversos ramos distintos, como se ela fosse, de fato, uma Árvore? Constrói-se, dessa forma, uma biogênese, na qual é possivel seguir os filamentos que ela manifesta, verificando os graus de complexidade que cada espécie assume em cada momento específico de sua vida.
Teilhard de Chardin, cujo pensamento nos socorre em praticamente todos os enigmas em que os exegetas da Bíblia não o conseguem, nos dá uma boa compreensão desse tema. Ao se referir á Arvore da Vida, que na sua visão é o próprio fenômeno da Criação ─ nele compreendido todas as manifestações de existência orgânica, desde a primeira e indivisível célula até o organismo mais complexo que a Natureza engendrou, que é o ser humano ─ ele releva esse momento especial em que os “olhos do homem se abriram e ele se equiparou aos deuses, conhecendo o bem e o mal”. Em páginas de infinita beleza poética esse magistral filósofo nos mostra como esse “pecado”, ou seja, a aquisição do conhecimento ocorreu. “Do ponto de vista experimental, que é o nosso” escreve Teilhard, “a Reflexão, como a própria palavra o indica, é o poder adquirido por uma consciência de se dobrar sobre si mesma, e de tomar posse de si mesma como um objeto dotado de sua própria consistência e de seu próprio valor; não mais apenas conhecer ─ mas conhecer-se; não mais apenas saber, mas saber que sabe. Por essa individualização de si mesmo, no fundo de si mesmo, o elemento vivo, até aqui espalhado sobre um círculo difuso de percepções e de atividades, acha-se constituído, pela primeira vez, em centro punctiforme, onde todas as representações e experiências se entrelaçam e se consolidam num conjunto consciente de sua organização.”[4]
Nesse texto esse grande filósofo está a nos dizer que uma organização celular ocorrida no interior do organismo humano, mais propriamente uma concentração energética sobre um órgão do nosso corpo, o cérebro, nos fez diferenciar do ramo dos primatas, ao qual pertencemos como espécie. A vida interior, refletida sobre si mesma, nos proporcionou esse salto evolutivo que a Bíblia chama de “comer o fruto do conhecimento do bem e do mal”. O nascimento do Adão terrestre, como ser inteligente e “imagem” do seu Criador, deu-se, portanto, no momento em que ele capturou uma consciência, e o “pecado”, que na dicção bíblica se traduz por comer o fruto da Árvore do Conhecimento, foi o momento limite em que ele praticou a sua primeira reflexão, tomando conhecimento de que tinha um ego, um “self”, que o identificava e lhe dava a capacidade de classificar e entender os próprios pensamentos.
Modernas concepções científicas também chegaram ao mesmo patamar de entendimento. Eis como um discurso científico descreve esse momento singular, em que o homem dá o salto qualitativo que o distingue das demais espécies animais: “Há cerca de cem milhão de anos, o cérebro dos mamíferos deu um grande salto em termos de crescimento. Por cima do tênue córtex de duas camadas ─ às regiões que planejam, compreendem o que é sentido e coordenam o movimento ─, acrescentaram-se novas camadas de células cerebrais, formando o néocortex. Comparado com o antigo córtex de duas camadas, o neocórtex oferecia uma extraordinária vantagem intelectual.
O neocortéx do homo sapiens, muito maior do que o de qualquer outra espécie, acrescentou tudo que é distintamente humano (...).” [5]
 
A expulsão do Paraíso
 
Até esse momento, os hominídios, como diz Teilhard de Chardin, acompanhavam a filogênese da criação, apenas como mais um ramo da Árvore da Vida, em seu desenvolvimento normal. Mas a partir do momento em que adquiriu a capacidade de refletir, ele diferenciou-se entre todas as espécies criadas, passando, como diz a Bíblia, a ser “uma imagem de Deus”, aquele que Ele escolheu para subjugá-la e dominá-la. Quer dizer, o que faz o homem ser uma imagem do seu Criador não é o seu aspecto fisico, mas o seu carácter intelectual, pois é deste que transcende a sua parte espiritual.
Sim, porque a partir desse momento o homem adquiriu o livre arbitrio e a capacidade de fazer as próprias escolhas, dando um sentido á evolução. Isso, para uma sensibilidade inocente, que até então não tinha a consciência de um ego, deve mesmo ter significado a própria morte da inocência, a expulsão de um paraíso, onde, por não existir o exercício da escolha, também não existia ansiedade, culpa, estresse, cansaço e náusea da própria existência, por não saber a que ela se destina, nem qual é o seu propósito, como dizia um personagem de Sartre.[6]  Por isso, o sentimento de culpa do homem ao se ver nú e a sua vergonha por ter desobedecido á ordem do Senhor.[7]
Como salienta o cronista bíblico, o homem pagou caro por essa ação. Foi expulso do paraíso. Mas isso foi para que ele “não comesse também da Árvore da Vida”, pois esse fruto lhe daria a imortalidade. Quer dizer que se os homens tivessem, concomitantemente á aquisição do conhecimento, obtido o dom de viver para sempre, prejudicado estaria todo o projeto do Criador, que planejou a construção do universo de combinação em combinação, através de um plano de evolução, onde a energia que o formata sai do ínfimo (o núcleo atômico) e caminha para o imenso, no plano material, externo, e do simples (a célula) vai para o complexo (no plano espiritual, interno), como intui Teilhard de Chardin quando desenvolve a sua noção hiperfísica do universo.
 
Criacionismo versus Evolucionismo
 
A visão teilhardiana da Árvore da Vida contrasta com as visões literais dos criacionistas, que veem a espécie humana como nascida a partir de um casal feito á imagem e semelhança de Deus, ou seja, na sua forma orgânica e espiritual já perfeita e acabada. Ao revés ─ e isso significou para esse originalíssimo pensador jesuíta uma feroz repressão da sua própria Igreja ─, ela está muito mais para as teses defendidas pelos adeptos da seleção natural, embora destes Teilhard se afaste quando introduz nessa evolução um componente de espiritualidade, negado pelos evolucionistas. Pois aqui o homem é resultado de um longo processo de evolução, maturado no seio da matéria universal, mas dirigido por uma Vontade que nela atua e se cristaliza. Diferente, pois, do homem obtido simplesmente por seleção natural, que é produto apenas de sínteses químicas que vão se processando pela força das leis que regem a mecânica universal.                             .  
Nessa composição cabe um lugar inclusive para o próprio Mal, que na tradição bíblica é o diabo travestido de serpente. Pois não é ele que perverte a parte mais sensível da mente do homem (a sua parte feminina) com um discurso que estimula a sua vaidade? Que mais agradaria ao recém-nascido ego humano do que a ideia de tornar-se igual ao próprio Criador? É por isso que a Cabala ensina que “Satã é o nosso Ego, o nosso desejo de ser sempre mais. Ele é o desejo que queima, o egoísmo que exige cada vez maior prazer”.[8]
 
O que ensina a Cabala
 
A tradição cabalística sugere que Adão é o ser humano que “capturou” o sopro divino, quando desenvolveu a camada neural que lhe deu a capacidade de refletir. Esse sopro é, segundo a tradição cabalística, a Palavra Sagrada, ou a Sabedoria, que permitiu ao homem colocar “ordo ab chao”, ou seja, adquirir consciência de si mesmo e do mundo e organizá-lo de uma forma lógica.
No Sepher Há Dtzinioutha (O Livro do Mistério Oculto), essa imagem é descrita do seguinte modo: “ Quando o homem inferior descende (dentro deste mundo), do mesmo modo que quando entra na forma superior (nele mesmo), ao mesmo tempo isso lhe confere a base de suas almas ou dois espíritos.(Ou seja) ou homem está formado por dois lados, tem o direito ou reto e o esquerdo ou sinistro. E pode ser observado de ambos os lados. Em relação ao lado direito, ele tem NShMThA QDIShA, (Neschamotha Qadisha), as sagradas inteligências; enquanto em relação ao lado esquerdo, ele tem NPShChIH, (Nephesh Chia), a alma animal”.[9] 
Aqui, mais uma vez, conseguimos ver as estranhas imagens da inteligência cabalística cantando um dueto bem afinado com as teses dos modernos cientistas e teóricos do evolucionismo, que veem o homem como resultado de uma longa evolução que se processou no correr de milhares de anos e que foi conduzida pela sua necessidade de desenvolver meios cada vez mais eficazes de sobrevivência, em face de um ambiente hostil. Assim, o homem, á medida que ia descobrindo essas estratégias, que o fazia cada vez mais sábio, ia também adicionando novas camadas neurais á estrutura do seu cérebro, as quais foram também legadas aos seus descendentes como herança biológica. Por isso é que a interpretação cabalística desse fenômeno diz mais adiante que “O homem pecou, e por isso foi se expandindo até o lado esquerdo; e então, aqueles que carecem de forma também foram expandidos. Isso se refere aos espíritos da matéria, que receberam o domínio das sendas inferiores da Alma de Adão, e aí assentaram as bases da concupiscência). Quando (e portanto) foram unidos e ligados, (na base da concupiscência, juntos com a conexão, as duas almas do homem e o espirito animal), tiveram lugar, portanto, as gerações, como os animais dos quais muitas vidas são geradas, todas em uma mesma conexão.[10]
      Aqui se explica a notável dualidade que se encontra no homem, de um lado evoluindo na própria biogênese que conforma todas as espécies animais e por outro lado construindo um espírito, através da sua capacidade reflexiva. Um anjo-animal, que tem, por dentro a Neschamotha Qadisha (sagrada inteligência) e por fora a Nephesh Chia, a alma animal.[11]
      Destaque-se que as modernas teses evolucionistas identificam uma fase reptiliana, na mais primitiva das combinações cerebrais que a espécie humana já teve.[12] É por isso que Teilhard de Chardin ensina que as espécies vivas evoluem por aquisição de propriedades, as quais vão sendo adquiridas através das combinações celulares que se processam em níveis cada vez mais complexos. É o que ele chama de aditividade dirigida. Quer dizer, através do fenômeno da hereditariedade, cada geração acrescenta á espécie um grau maior de evolução, adquirido do aprendizado feito em cada experiência de vida. Usando suas próprias palavras, “Por acumulação contínua de propriedades (qualquer que seja o mecanismo dessa hereditariedade) a Vida faz como “bola de neve”. Ajunta caracteres sobre caracteres no seu protoplasma. Vai se complicando cada vez mais...)nós podemos ter uma compreensão mais clara desse processo.[13]
     Ou como diz Daniel Coleman, ao descrever a evolução do cérebro humano, desde o estágio reptiliano até a avançada conformação que ele tem hoje: “Ao longo de milhões de anos, o cérebro humano cresceu de baixo para cima, os centros superiores desenvolvendo-se como elaborações das partes inferiores, mais antigas (...)” [14]. Assim, a evolução foi seguindo um caminho mais ou menos semelhante ao próprio organismo humano, conforme se depreende do desenho da Árvore da Vida.
                                
O que diz a Maçonaria
 
     A Maçonaria enfrenta essa questão em um dos seus graus rituais quando fala dos “assassinos que matam o espírito humano”. “Matar o espírito humano” é uma metáfora que significa destruir a pureza inicial da alma humana através da inoculação do vício. Por isso o ensinamento maçônico concita a todos os seus membros que “cavem masmorras ao vício e levantem templos á virtude”. A inocência que existia na alma do homem, antes da queda, está morta. Com a aquisição do conhecimento do bem e do mal o homem tornou-se senhor do seu destino porque passou a ter livre arbítrio. Por isso é que em um dos seus graus rituais, diante da questão da morte, posta á frente dos homens, é feita a inevitável pergunta: “De onde viemos? Que somos? O que a morte fará de nós? Que é o homem? É apenas um átomo, aparecido no seio da mulher e que progressivamente se organiza, se harmoniza em suas inúmeras partes? Que cresce, pensa, cai, transforma-se e volta á causa primária, deixando apenas reminiscência de sua última forma ou conservando uma partícula essencial, mutável e mortal?
    Aqui temos o enfrentamento da questão metafísica que tem desafiado a mente humana através de sua história terrestre. Afinal, o homem é apenas uma sombra que passa, um acontecimento despregado de qualquer sentido, que um dia surgiu no universo por causas exclusivamente naturais, ou é ele o resultado de uma Vontade que se manifestou, ao cabo de um longo processo evolutivo que começou, um dia, num átomo que rompeu, por um processo ainda desconhecido, os limites da matéria inanimada?
    Um maçom não pode acreditar na primeira hipótese, por que então estaria negando qualquer virtude á prática que adotou. Por que se o homem fosse um acaso perpetrado por leis exclusivamente naturais, “um vírus” inoculado na corrente sanguínea do universo, como o definiu uma vez um romancista, então ele não teria um espírito, nem poderia acreditar na existência de um Criador.
    Nesse sentido, toda religião, bem como toda prática iniciática não passaria de uma distração infantil de mentes incapazes de conviver com a realidade. Mas, felizmente, temos razões para acreditar que as coisas não são assim, que nós não somos apenas matéria desprovida de espírito, nem seres organizados por leis naturais que só obedecem ao determinismo dos grandes números.
    Nem criacionismo nem evolucionismo. Ou por outro lado, ambas as correntes podem ter razão. Fomos feitos por um Criador, não a partir de um molde perfeito e acabado, como diz a Bíblia, mas sim como parte de um projeto que já estava delineado na Mente de Deus desde o início da Criação. Pois assim como o edifício universal ainda está em construção o homem também ainda não encontrou o seu perfeito acabamento.
    Por isso, na visão da Maçonaria Deus é o Grande Arquiteto do Universo. Ele traça os planos de construção do edifício cósmico e seus anjos, mestres da construção universal, com a ajuda dos homens, seus aprendizes e pedreiros, o constroem. É nesse sentido que toda vida posta no mundo encontra seu lugar e sua missão.
    Assim, não há nenhum pecado em comer o fruto do conhecimento. Nem deve essa ação ser objeto de vergonha ou de culpa. Mas quanto mais dele nós nos apropriamos, mais aumenta a nossa responsabilidade pelo cultivo e manutenção da Árvore que dá esses frutos.
    Que a perda da nossa pristina inocência seja compensada por razão e sensibilidade capazes de nos tornar verdadeiros obreiros do universo e competentes agricultores da Árvore da Vida. Essa é a função da Maçonaria.  

 
 
[1] Gênesis, 2: 17.
[2] Idem, 3: 22 .
[3] Ibidem, 3: 2.
[4] O Fenômeno Humano, op. Citado, pg. 186.
[5] Daniel Goleman, PHD- Inteligência Emocional- Ed. Objetiva, pg. 25.
[6] Jean Paul Sartre- A Náusea- Círculo do Livro, 1986. Essa “culpa”, essa fadiga, essa náusea de viver, segundo Sartre, é o reflexo do “castigo” dado ao homem pela desobediência. Ter consciência de si mesmo, e ao mesmo tempo sentir-se despregado de um todo, onde a vida lhe aparece como uma existência vazia e sem sentido, destinada apenas a preencher um espaço entre o ser e o nada. Essa é a verdadeira expressão da metáfora da expulsão do paraíso.
[7] Gênesis, 3:11
[8] A Sabedoria da Cabala, pg. 152.
[9] Knor Von Rosenroth- A Kabballah Revelada, Madras, 2011- pg. 110.
[10] Kabbalah Revelada, citada, pg. 110.
[11] Um dos significados da palavra nephesh, em hebraico, é serpente. Por isso, nas doutrinas místicas, a origem da sabedoria humana está ligada ao mito da serpente. Mas nephesh significa também sangue, espírito vital. Por isso em muitos cultos ofitas há o registro de sacrifícios de sangue, significando que a oferta do sangue á divindade é o mesmo que ofertar-lhe o espírito. vital.
[12] Inteligência Emocional, op. citado, pg.24.
[13] O Fenômeno Humano, citado, pg. 160.
[14] Inteligência Emocional, citado, pg. 25.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/05/2016


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