MOGI-BERTIOGA, 9 DE JUNHO DE 2016
Dessa serra, com suas matas tão bonitas,
Para as quais eu tinha um olhar tão terno,
Só vejo agora grotas profundas e malditas
Que me parecem a geografia do inferno.
Ali, na parte mais bonita daquela estrada,
Na moldura daquela mata verde e florida
A morte esperava, em uma curva fechada,
Dezoito jovens cheios de sonhos e de vida.
Ceifou-os como se fossem feixes de trigo,
Que uns ceifeiros descuidados e ansiosos,
Podaram, sem olhar se estavam maduros .
Que os braços de Deus seja deles o abrigo,
Esses jovens são agora espíritos luminosos,
Luzes no caminho dos colegas que ficaram.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 09/06/2016
Alterado em 10/06/2016