ROMPENDO AMARRAS
Existe um processo de aprendizagem que pode nos tornar competentes em qualquer coisa que precisamos aprender. Claro que não vamos encontrá-lo nos currículos universitários, nem em quaisquer outros cursos de aperfeiçoamento profissional, embora seja um aprendizado de fundamental importância para a nossa vida.
Esse programa diz que é possível a qualquer pessoa aprender a dominar suas emoções, combater as frustrações, responder com criatividade aos desafios da vida, manter bons relacionamentos, ser amoroso, tranquilo, motivado, tanto quanto é possível aprender a tocar piano, aprender matemática, história, engenharia, medicina, jogar tênis, guiar automóvel, etc.
Isso porque são os mesmos neurônios que processam um e outro aprendizado. A diferença está apenas no nome de cada um e nos métodos que empregamos para aprender um e outro. Ao primeiro damos o nome de habilidade neurológica, ao segundo inteligência emocional. Do primeiro podemos estudar as regras e princípios de funcionamento do cérebro, e praticar os exercícios necessários para adquirir a necessária competência inconsciente para nos tornarmos exímios nessa habilidade. Ao segundo, porém, esperamos que essa capacidade nos seja conferida por dádiva de Deus ou por acidente de nascimento.
No entanto, essas duas capacidades podem ser obtidas por força de uma educação orientada. É possível aprender inteligência emocional, da mesma forma que se pode aprender qualquer outra habilidade que se queira. Ambas são geradas em determinado local do cérebro e são executadas por atividade motora. Assim, é preciso educar a mente para projetá-la como representação mental, e ao mesmo tempo prover nosso equipamento motor (o nosso organismo) para executá-la.
Todos temos um grande e inesgotável tesouro dentro de nós, que funciona como uma cartola de mágico. Essa cartola é o nosso cérebro. Dela podemos tirar praticamente tudo, desde o pão de cada dia até a pedra filosofal dos alquimistas. Para encontrar esse tesouro, precisamos unicamente aprender a traçar mapas neurológicos os mais exatos possíveis. Com tais mapas é possível seguir as pistas neurais que nos conduzirão a esse tesouro maravilhoso, que seguramente, é mais rico que o de Aladim.
Estamos falando dos imensos recursos que Deus colocou à nossa disposição. Eles existem independente de acreditarmos neles ou não, mas só se manifestam se lhe dermos oportunidade para que aflorem. Ele é como a eletricidade. Ela existe, está presente em toda parte, está nas tomadas e nos fios da nossa casa. Mas é preciso que acionemos um interruptor, ou que coloquemos um plug na tomada para que ela se manifeste e comece a fazer o serviço requerido.
Todos já ouvimos falar de pessoas pacatas, inexpressivas, que de repente se tornam verdadeiros heróis, grandes realizadores. Muitas vezes elas são premidas pelos fatos, que deles exigem que tomem atitudes. Mas ninguém precisa esperar que um acontecimento fortuito venha a exigir isso de nós. Podemos começar a fazer isso agora mesmo. Nós podemos ser comparados a metais pesados, em cujo núcleo se armazena energia suficiente para explodir uma cidade inteira, ou então iluminá-la e movimentar todas suas máquinas.
Acreditar que certos amuletos dão sorte e outros dão azar é uma crença inútil. Agora, acreditar que a nossa vida é pura energia concentrada em uma forma material, essa sim, é uma crença útil. Acreditar nisso pode fazer a diferença entre uma vida produtiva ou uma existência sem sentido. A boa crença rompe amarras; a má crença nos mantém prisioneiros da mediocridade.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 26/07/2016
Alterado em 26/07/2016