Velhos casarões
Quantas almas não dormem
Em seus porões?
A igreja, a praça,
O pecado e o perdão,
Dados de graça.
As pernas cansadas,
Descascando as pedras
Nas madrugadas.
O muro riscado
O coração rabiscado
Foi abandonado.
A beleza do mar
Afugenta a tristeza
É só não pensar.
Ruas de Paraty:
O tempo cansou de passar
E parou por aqui.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 10/09/2016
Alterado em 12/09/2016