Alguns dias sem ver tua face tão bonita,
São como séculos de sofrida abstinência,
De tudo aquilo que meu corpo necessita
Para garantir minha própria subsistência.
Uma semana sem o alimento do teu beijo,
São como anos de um involuntário jejum.
De outros lábios os meus não tem desejo,
E além dos teus eu já quero mais nenhum.
Um mês apenas decorre daquele instante;
Vejo agora que a saudade alonga o tempo
Transformando em milênios uma só hora;
Porque o coração, este relógio do amante,
A cada dia vai batendo sempre mais lento,
Se a pessoa que lhe dá a corda foi embora.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 23/12/2016
Alterado em 23/12/2016