Se quiser, pode apagar-me da memória;
Só quero que você, de vez em quando,
Se lembre que eu ainda estou morando
Nos registros que contam nossa história.
Prometo até não ficar muito aborrecido,
Por não ter sido preferido como amante;
Desde que você me conserve na estante,
Como livro que gostou muito de ter lido.
E ao sentir que está lhe faltando poesia,
Será bastante pegar o volume e folhear,
Aquelas páginas que você já leu um dia.
E nesse instante você irá compreender,
Que quem gasta pouco tempo em amar,
Vai levar a vida inteira para esquecer.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 20/02/2017
Alterado em 05/05/2017