Inocente Temer não é nesse caso dos irmãos Batista. Nem o Lula. Afinal, há muito que se falava que o filho do Lula era dono da Friboi.O povo aumenta mas não inventa. Sabemos agora como os Irmãos Batista se tornaram os maiores produtores de proteína animal do mundo. Foi com o dinheiro do BNDS. O nosso dinheiro, que deveria ser usado para construir estradas, usinas, hospitais, escolas. Esse é o socialismo do petistas, dos tucanos e dos peemedebistas e outros, que botam o S de socialismo nas siglas dos seus partidos, mas o que querem mesmo é privatizar os recursos do Estado para si mesmos. Distribuem esmolas para o povo na forma de cestas básicas, bolsas isso, bolsas aquilo, vale isso, vale aquilo, cotas isso, cota aquilo, mas o grosso dos recursos do Estado, esses vão parar no bolso de alguns "sócios" escolhidos a dedo por eles. Eike Batista, Os Odebrecht, os Irmãos Batista etc.
O caso dos Irmãos Batista começou a drenar a podridão desse pântano fétido que o sistema financeiro brasileiro se tornou, principalmente depois que o PT conquistou o poder. Os monstros que vão sair desse lamaçal só o diabo poderia prever. Por isso todos estão tremendo na base com a ameaça de delação premiada do Palocci.
Em qualquer país sério um presidente que fosse flagrado em uma conversa como essa com um empresário saqueador dos cofres públicos já teria sido defenestrado sumariamente. Aqui, como soi acontecer em todos os casos duvidosos em que políticos e pessoas ricas e influentes estão envolvidas, sempre se concede uma larga margem para dúvidas, explicações, justificativas. O Brasil é o país da liberdade permissiva e o paraíso da chicana jurídica. Seria cômico se não fosse trágico ouvir a estória que o advogado do Aécio Neves inventou para justificar a “mordida” que o senador deu na JBS. Simplesmente o neto do Tancredo Neves pediu um “empréstimo” de dois milhões ao mega-empresário que drenou para os seus ativos mais de dez bilhões do BNDS nos últimos dez anos, e este, espontaneamente o concedeu, levando essa grana toda em maletas que foram repassadas a terceiros, da forma mais suspeita, em estacionamentos.
O velho Tancredo e a Dona Risoleta devem estar se virando no túmulo uma hora destas ao ver o lamaçal em que seus netos estão jogando o nome da família Neves. E se as justificativas do advogado do Aécio são ridículas e soam até como uma desfaçatez, as apresentadas pelo presidente Temer não são melhores. No mínimo mostram que ele também pensa que todo mundo neste país é idiota o suficiente para acreditar que ele não sabe, nem tem nada a ver com toda a bandalheira que está envergonhando o Brasil perante o mundo. Pois como é que um presidente, o cargo mais alto do país, consente em manter uma conversa como essa, com um empresário que está sendo investigado por crimes tão graves contra a ordem econômica, e fica trocando confidências, ouvindo “gabolices” como ele definiu as confissões do Joesley Batista? E como justificar tanta intimidade e conivência com as práticas confessadas pelo empresário, que diz, com todas as letras, que “engraxa” ministros, deputados, juízes, procuradores, para “ficar bem” com o sistema? No mínimo, se o Michel Temer fosse um funcionário público sério e honesto teria chamado imediatamente a polícia e tomaria a termo essas declarações para abrir um inquérito contra esse falastrão, pois o lobby criminoso que ele confessa nas tais gravações já justificaria tal medida. E essa de que a JBS queria ajudar a família do pobre Eduardo Cunha e por isso lhe dava uma mesada, é o fim de todas as picadas. Michel Temer, jurista dos mais conceituados do país, poderia ter inventado uma mentira mais consistente. Essa ofende a inteligência do mais idiota dos brasileiros, que aliás, ele parece pensar que todos somos.
Resumo: a vaca afundou de vez no brejo e agora, para tirá-la de lá não será qualquer trator que o fará. Nem o Meirelles. E ficará mais difícil ainda se o Temer insistir em continuar a ser o piloto desse trator. Bom seria se ele tivesse a grandeza de sair logo e deixar o povo, que afinal é o titular desse direito, tomar conta dessa tarefa.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 19/05/2017