O POVO AUMENTA, MAS NÃO INVENTA
O povo aumenta, mas não inventa. Alguém já disse que o Lula era dono da Havan e que seus filhos eram sócios da Friboi.São mentiras, mas agora, com esse escândalo da JBS já se sabe de onde veio essa fumaça. O Lula e a Dilma, socialistas por convicção, levaram a sério suas ideologias e “socializaram” os cofres públicos com alguns parceiros escolhidos a dedo. A família Batista, os Odebrecht, o Eike Batista e outros empresários amigos, com a ajuda do PT, dividiram “territórios” no mercado de obras públicas no país, como fazem os grupos mafiosos em relação ao mercado de distribuição de drogas. Eles, como outros mega-empresários, beberam fartamente na fonte dos erário público para construir seus impérios. A ideia de Lula era prover alicerces para sustentar um projeto de poder que deveria durar algumas décadas, por isso despejaram em alguns “sócios” da iniciativa privada uma verdadeira fortuna, para que eles, em contra partida, fornecessem sustentação financeira para esse projeto. E de quebra para suas famílias, parentes, amigos e aliados para o resto de suas vidas.
Com certeza Lula não leu Maquiavel, pois é sabido que ele não gosta de ler. Mas é bem provável que alguém, entre seus mentores, deve ter enfiado na cabeça dele um pouco da filosofia do mestre florentino, pois no seu comportamento político e no seu modo de agir o maquiavelismo é uma influência que salta aos olhos logo na primeira análise. Pois, para manter-se no poder Lula adotou de pleno o pressuposto de que os fins justificam os meios e baniu da atividade política toda noção de ética e moral, que no fim das contas, ainda é o único freio que pode segurar a mão dos políticos que, por desvarios do destino, ou pela incúria de um povo, recebem a chave dos cofres públicos.
Lula aplicou bem os preceitos do sábio mentor de Lourenço, o Magnífico, e granjeou os aplausos que o filosofo garantiu que seriam dados a todos os governantes que aplicassem suas teorias. Só se esqueceu de um único preceito e foi justamente esse que o perdeu. Maquiavel foi enfático ao aconselhar a escolha cuidadosa dos parceiros. E que eles fossem eliminados sem piedade quando virassem inimigos. Pois ele sabia que o poder corrompe mais o caráter das pessoas do que a ferrugem faz com os metais. E quando o butim é grande sempre os bandidos acabam brigando entre si.
Lula, ao fazer suas alianças, cooptou o que havia de pior nos quadros políticos da nação e no rol do empresariado. E foram exatamente esses “sócios” da sua iniqüidade que o botaram no inferno que ele está vivendo hoje.
Afinal, há pouco mais de um ano os Odebrecht, os Camargo Correia, Os irmãos Batista, Léo Pinheiro,os executivos da Petrobrás e outros, eram amigos do peito de Lula de Dilma, e outros como Temer, Eduardo Cunha, Delcidio Amaral, Renan Calheiros etc. foram admitidos como tripulantes da nau petista, para ajudá-los nessa aventura de pirataria pelos mares dos cofres públicos do país. Foi quando começaram a brigar entre eles que a derrocada começou. É a história de toda a bandidagem do mundo.
Como sou adepto da Cabala acredito que tudo que acontece no mundo, seja bom ou ruim (ou seja, trás bom ou mau resultado) tem um propósito pedagógico para o individuo e para a própria humanidade como um todo. Assim, acho que poderemos emergir destas dores que os políticos nos estão causando com uma nova perspectiva de cidadania e moralidade para a causa pública.
Como disse Konrad Adenauer, primeiro chanceler alemão após a derrota na segunda guerra mundial, foi preciso a tragédia nazista para que o povo alemão pudesse amadurecer de vez e construir uma nação de verdade, consciente de suas virtudes e fraquezas. A tragédia que o mau caráter dos nossos políticos estão fazendo desabar sobre o país não se compara á que os nazistas trouxeram para a Alemanha. Menos mal. Vamos pedir a Deus que ela fique apenas no terreno político e econômico, e que nós tomemos consciência de todo efeito tem uma causa que o precede. Esta crise é muito mais moral do que outra coisa. E com um pouco de juízo e vergonha na cara poderemos sair dela. Só não podemos continuar a nos enganar com essa gente.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 22/05/2017
Alterado em 23/05/2017
