Na noite densaOs moradores de rua:
Indiferença.
Bêbados tardios,
Prostitutas seminuas
Nos bares vazios.
Um cão sem dono
Cobertores puídos
Só abandono.
A vida cansada
Desabou na sarjeta
De madrugada.
A morte não falha,
Toda a cidade dorme
Só ela trabalha.
Constrangimento:
Um corpo atrapalha
O movimento.
Espetáculo.
Rabecão removendo
Um obstáculo.
Desponta o dia.Outro mendigo ocupa
A marquise vazia.
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João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 27/05/2017
Alterado em 27/05/2017