Ao meu amor, eu sei que devo tanto,
Que pagaria com um canto diferente,
Se eu fosse aquele poeta competente,
Que sabe dar melodia ao seu encanto.
Mas talvez por ser tanto o sentimento,
Espaço no meu cérebro não me sobra,
Para que eu me ocupe com outra obra,
Já que ela consome todo o meu alento.
Fixados, meu coração e o pensamento,
Obcecados, fizeram dela o único tema
E dele não se afastam um só momento.
E até quando durmo e estou sonhando,
A minha mente é como tela de cinema,
Onde ela é o filme que está passando.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 07/06/2019
Alterado em 07/06/2019