AS SETE FACES DA ESPERANÇA
Nas águas que o rio do tempo já levou,
Eu sei que não posso mais me banhar.
Mas nas que‘inda vem eu também vou,
Não há ninguém que possa me segurar.
So se pode recuperar o tempo perdido
Não se perdendo um só minuto mais.
Andando somente num único sentido:
O futuro. O resto que fique para trás.
Pois o tempo é uma régua de ilusões,
Que a gente cria para ter uma medida
Qye nos ensine a contar as estações,
Ao longo desta estrada chamada vida.
Memória é biblioteca de experiências
Que se usa para guardar aprendizado.
Não é no purgatório da consciência
Que pagamos o que se fez de errado.
Quero dormir como se meu destino
Fosse uma obra que acabei de fazer,
E acordar como se fosse um menino,
Na maternidade acabando de nascer.
Meu sono é como a necessária morte,
Que só existe para eu ser reencarnado.
Meu karma é bússola que só tem norte,
E minha vida é calendário sem passado.
Deixemos o antigo para a arqueologia,
E para o novo reservemos nossa mente,
Como se a vida durasse apenas um dia,
Mas um dia que vai durar para sempre.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 18/02/2020
Alterado em 18/02/2020