Os sóis que brilham nesse seu olhar profundo
São como cristais refletindo a luz da sedução
Que é projetada na profundeza de um mundo,
Pela alma dos deuses incandecidos de paixão.
Nos seus cabelos, estrelas doidas de ciúmes,
Para ofuscar essa luz que o seu olhar captura,
Transformam-se num batalhão de vagalumes,
Pirilampos bêbados vagando em noite escura.
Mas é nas mãos que um deus artista esculpiu,
No toque mágico neste meu rosto afogueado,
Que eu bebo a água da verdadeira redenção.
Sou agora como aquele Lázaro que ressurgiu
De um escuro túmulo onde estava sepultado,
Para a luz da vida, a verdadeira ressurreição.
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 13/02/2021